Saúde
VIRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO, PRINCIPAL CAUSA DE DOENÇA RESPIRATÓRIA EM BEBÊS, JÁ CIRCULA NA REGIÃO NORDESTE
Este vírus é um dos principais responsáveis por problemas respiratórios em bebês de zero a 2 anos. Em prematuros pode ser fatal.
A Sociedade Brasileira de Imunização e o Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam imunização preventiva de bebês prematuros (nascidos na “estação do vírus”) e cardiopatas ou broncodisplásicos, por sofrerem mais o impacto da infecção pelo VSR.
A imunização contra VSR em bebês prematuros ou cardiopatas é fornecida pelo SUS e faz parte dos novos procedimentos aprovados pela ANS e que devem ser fornecidos por planos de saúde particulares.
É temporada de circulação de VSR – Vírus Sincicial Respiratório na região Nordeste do Brasil. O VSR, um vírus de caráter sazonal – circula em cada região numa determinada época do ano – é a principal causa de infecções respiratórias graves e hospitalizações recorrentes: em crianças acima de dois anos e adultos saudáveis, causa sintomas semelhantes aos de um simples resfriado, mas pode ser fatal em bebês prematuros ou com fatores de risco associados. Bebês prematuros, nascidos com menos de 29 semanas, portadores de cardiopatia congênita, podem receber a imunização contra o VSR pelo SUS – a época e os critérios de imunização podem variar de Estado para Estado. A imunização contra VSR também passou a ser incluída nos procedimentos obrigatórios oferecidos por planos de saúde privados, segundo atualização da ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar (http://www.ans.gov.br/aans/noticias-ans/consumidor/4279-novo-rol-de-cobertura-dos-planos-de-saude-entra-em-vigor)
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, o Brasil está entre os 10 países com maior número de nascimento de bebês prematuros, índice que coloca o país em posição semelhante aos países de baixa renda. O VSR é duas vezes mais comum que o rinovírus, segundo dados do estudo BREVI que acompanhou, por um ano, 303 bebês nascidos com ou abaixo de 35 semanas de gestação, em três centros de pesquisa (Porto Alegre, Curitiba e Ribeirão Preto). Já o estudo Previne (Prevalência, Fatores de Risco, Índices de Codetecção e Sazonalidade de Vírus Respiratórios em Crianças com Infecções no Trato Respiratório Inferior no NE do Brasil) realizado nas cidades do Nordeste identificou que o VSR é 40% mais comum entre bebes com infecções graves.
O Vírus Sincicial Respiratório, ou VSR, é de caráter sazonal e geralmente circula nas estações de outono e inverno nos países de estações bem definidas, apesar de não estar relacionado a baixas temperaturas. Para bebês prematuros, pode causar infecções respiratórias graves, hospitalizações recorrentes, com necessidade de ventilação mecânica; em crianças acima de dois anos e adultos saudáveis causa sintomas semelhantes aos de um simples resfriado, mas pode ser fatal em caso de bebês prematuros ou com fatores de risco associados.
Bronquiolite e pneumonia são suas formas frequentes de manifestação de infecção causada por VSR. A longo prazo, uma das suas consequências mais comuns é o chiado recorrente no peito, que pode perdurar até os 13 anos de idade. Não há tratamento específico para a infecção por VSR e, por isso, medidas profiláticas para evitar o contágio e a transmissão do vírus são essenciais.
O calendário de imunizações para bebês prematuros pode ser consultado no site da Sociedade Brasileira de Imunizações, em https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-prematuro.pdf
Outras Medidas preventivas – Entre as medidas preventivas incluem-se lavar as mãos frequentemente e sempre antes de tocar no bebê (o vírus permanece vivo nas mãos por mais de uma hora), evitar aglomerações; higienizar sempre os objetos do bebê (em superfícies não porosas, o VSR pode sobreviver por mais de 24 horas), evitar o contato do bebê com crianças mais velhas e adultos com sintomas de resfriados ou gripes e também evitar contato com fumantes e ambientes poluídos.