Concurso
Três falsos candidatos são detidos com equipamentos eletrônicos no concurso da Semob
Após sinalização do sistema de segurança, banca acionou a polícia
A. F. da S. foi flagrado com um telefone celular escondido dentro da roupa íntima quando tentava participar do concurso da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de João Pessoa (Semob-JP), na escola Papa Paulo VI, em Cruz das Almas. Já na escola Presidente João Goulart, no Castelo Branco, L. A. de O. C. foi pego com um fone de ouvido que funcionaria como um ponto eletrônico. Enquanto isso, na escola João Pereira Gomes Filho, no Portal do Sol, mais um inscrito, Maurício Pereira Calado, foi descoberto com outro ponto eletrônico.
Os três foram flagrados a tarde desse domingo, na capital da Paraíba, quando pretendiam entrar nas salas de aplicação de provas, mas foram submetidos aos testes obrigatórios de detectores de metais, biometria digital e facial, que constam do sistema antifraude do Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional (Idecan), banca organizadora do certame. Assim que os equipamentos de segurança deram os alertas, os funcionários da banca chamaram a Polícia Militar que levaram os suspeitos para a Central de Flagrantes, no bairro João Paulo II.
Diversos candidatos, quando perceberam que seriam submetidos ao detector de metais, desistiram de fazer a prova e foram embora. As provas do concurso da Semob estão sendo realizadas hoje em 69 locais em João Pessoa, com total segurança e tranquilidade. O certame oferece 100 vagas para agente de mobilidade urbana – cargos de nível médio. O último concurso para a instituição foi há 20 anos.
Sobre o sistema antifraude
Na busca por eficiência e segurança, o Idecan investe em tecnologia de ponta nos seus processos seletivos. A instituição é pioneira – entre as bancas organizadoras de concursos – na utilização de biometria facial e digital para inibir irregularidades, em especial o crime de falsidade ideológica quando outra pessoa tenta se passar pelo candidato para fazer prova.
Os sistemas identificam os candidatos ainda no processo de inscrição. As imagens e dados coletados são confrontados previamente com órgãos de controle e segurança, para garantir a integralidade da imagem do candidato quando comparada aos dados pessoais.
No dia da prova, os dados são coletados novamente para confrontos futuros, como na validação de autenticidade no ato de posse, em caso de aprovação do candidato em todo o processo seletivo.
Para preservar o sigilo do conteúdo das provas, o transporte dos malotes é feito com escolta armada, além de serem equipados com dispositivos digitais.
Todas as conversas que ocorrem nas proximidades dos malotes são salvas em um espaço virtual (nuvem). Se houver mudança da rota, a central de monitoramento recebe um aviso de quebra do itinerário em tempo real.
Fonte: MPF Comunicação – Midiática: Palavra & Foco