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Sonora Coletiva convida o artista Lirinha para conversar sobre literatura, música e teatro

Cultura

Sonora Coletiva convida o artista Lirinha para conversar sobre literatura, música e teatro

O músico, escritor, compositor e cantor Lirinha é o convidado do Sonora Coletiva no Canal multiHlab, do ProfSocio/Fundaj, na próxima quinta (dia 25), às 19h

 

Oriundo do sertão pernambucano, ainda criança, José Paes de Lira, mais conhecido como Lirinha, presenciou repentistas e cantadores nordestinos recitando versos e desfilando canções. Não tardou e o adolescente foi convidado para participar de recitais pelo estado, impressionando todos os que o ouviam declamar e cantar aquelas rimas registradas em sua pródiga memória.

Interessado em teatro, literatura e música, Lirinha logo deu início à formação da banda Cordel do Fogo Encantado. Assim começava uma das mais originais, diversificadas e brilhantes carreiras de um artista contemporâneo pernambucano. Mas Lirinha foi além. Quando partiu para a carreira solo, já em seu primeiro álbum, ampliou sua proposta musical criando um psicodelismo elétrico construído com guitarras, teclados, sintetizadores retrô, percussão e bateria.

Com o segundo álbum, aprofundou ainda mais ao experimentar o uso de instrumentos da música clássica, numa estrutura rítmica comandada por um standup drums desenvolvido por Pupillo, que assinou a produção musical dos dois álbuns. Atualmente, prepara o seu novo trabalho solo a  sair no segundo semestre deste ano. Mas a sua trajetória e obra artística envolve ainda poesia, teatro e cinema. Tudo isso será tema do próximo Sonora Coletiva.

O bate-papo com Lirinha acontecerá na quinta-feira (dia 25), às 19h, e será transmitido pelo Canal multiHlab, no YouTube, como parte das atividades do Sonora Coletiva, vinculado à Revista Coletiva, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Participarão dessa conversa os pesquisadores Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto. Os pesquisadores vêm desenvolvendo atividades no âmbito do Núcleo de Imagem, Memória e História Oral (NIMHO), do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra), coordenado por pesquisadores da Fundaj, entre eles Sylvia Couceiro e Cristiano Borba, registrando depoimentos de personagens que fizeram trabalharam com música em Pernambuco entre 1970 e 2000.

Originalmente um podcast, no atual formato transmitido pelo Youtube, o Sonora Coletiva tem a música e a poesia como dois de seus temas centrais. Como explica o pesquisador Túlio Velho Barreto, “a participação de Lirinha dá continuidade à série do Sonora iniciada no bate-papo sobre a chamada ‘cena psicodélica pernambucana’ com o jornalista e pesquisador Bento Araújo. Essa perspectiva foi ampliada com os compositores, músicos e cantores Romulo Fróes e José Miguel Wisnik, tendo o último tratado ainda de nossa identidade nacional. Após a participação de três paulistas passamos a focar as trajetórias e obras de artistas pernambucanos, ou que aqui iniciaram sua carreira, como Cannibal, Karina Buhr e Antonio Nóbrega. E seguimos ampliando, agora, com Lirinha batendo um papo que inclui repentes e suas cantorias, poesia, música, teatro e cinema”.

Além de álbuns e DVDs com o Cordel do Fogo Encantado, lançados entre 2001 e 2006, o primeiro produzido por ninguém menos que Naná Vasconcelos, e de seus dois trabalhos solos, de 2011 e 2015, Lirinha compôs e participou de várias trilhas sonoras de filmes, como o Lisbela e o Prisoneiro (2004), dirigido por Guel Arraes. Desde 2004, atuou, escreveu e dirigiu várias peças de teatro. E também atuou em filmes, como Deus é Brasileiro, dirigido por Cacá Diegues (2002), e Árido Movie, de Lírio Ferreira, em 2006. Nesse mesmo ano, recebeu o prêmio da Associação

Paulista de Críticos de Arte (APCA) de melhor compositor de MPB, a mesma entidade que consagrou o Cordel do Fogo Encantado como a revelação de 2001, sendo este apenas um entre os vários prêmios conquistados pela banda e por ele em sua carreira solo. Além de ter excursionado no exterior, seu primeiro álbum solo foi destaque no jornal inglês The Guardian, que incluiu sua música entre as 30 melhores do mundo, além de sua obra musical e poética ter sido tema de um programa especial na rádio alemã Darmstadt.

No teatro, fez a direção musical de A Luta, da peça Os Sertões, dirigida por José Celso Martinez, e colaborou na trilha sonora e declamou versos em Cão Sem Plumas, espetáculo de Deborah Colker, adaptação do poema homônimo de João Cabral de Melo Neto. Já sua obra literária inclui os livros Garoto Cósmico: Uma Aventura que Gira Mundos! (Editora FTD, 2006) e Mercadorias e Futuro, (Editora Ateliê, 2008).

 

Saiba mais

SONORA COLETIVA​ é o canal experimental da revista eletrônica de divulgação científica COLETIVA, publicada pela Fundaj. Sediada no Recife, a revista disponibiliza dossiês temáticos com uma perspectiva de diálogo entre saberes acadêmicos e outras formas de conhecimento, prezando pela diversidade sociocultural e liberdade de expressão. É voltada para um público amplo, curioso e crítico. O projeto integra o ProfSocio, o multiHlab e a Villa Digital, envolvendo as diversas diretorias da Fundaj.

 

Serviço

SONORA COLETIVA conversa com Lirinha

Participantes: Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto

Data: 25 de março de 2021 (quinta-feira)

Horário: 19h

Transmissão: Canal multiHlab | Sonora Coletiva

 

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