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Sistema dos Poços de Tupanatinga leva segurança hídrica para sete municípios do Agreste  

Cidades

Sistema dos Poços de Tupanatinga leva segurança hídrica para sete municípios do Agreste  

Depois das Adutoras do Pirangi e Moxotó entrarem em operação e as obras para construção dos Sistemas Adutor de Serro Azul e do Alto Capibaribe estarem em andamento, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) inicia os serviços para implantação do Sistema Produtor dos Poços de Tupanatinga. Esta é a última obra estruturadora pensada pelo Governo do Estado para dar funcionalidade às tubulações já assentadas da Adutora do Agreste a sair do papel. Os cinco empreendimentos juntos levarão segurança hídrica a 23 municípios da região Agreste que sofrem com ciclos de seca severa e que, se não fosse o esforço do Governo de Pernambuco, ainda estariam sem previsão da chegada da água – já que o Ramal do Agreste, obra já iniciada pelo governo federal mas sem prazo efetivo de conclusão, é que faria a conexão da Adutora do Agreste ao Canal do Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco.

O novo sistema contará com uma bateria de 20 poços tubulares, dos quais quatro já foram perfurados, para a extração da água a partir do Aquífero Tacaratu, que fica situado na BaciaSedimentar de Jatobá, no município de Ibimirim, Sertão do Moxotó. A projeção é que, juntos, os poços respondam pela produção de 200 litros de água, por segundo, volume que será destinado para abastecer 215 mil pessoas nas cidades de Venturosa, Pedra, Buíque, Tupanatinga, Itaíba, Águas Belas e Iati, localizadas no Agreste Meridional. A obra está prevista para ser concluída em maio de 2020 e recebe o investimento de R$ 54 milhões, recursos do Ministério da Integração Regional. “Essa obra é importantíssima, representa segurança hídrica para o atendimento dessas sete cidades que sofrem com oferta de água sempre que os mananciais locais secam. Venturosa, Pedra e Buíque, inclusive, têm histórico de colapso do abastecimento nos últimos sete anos”, informa o presidente da Compesa,Roberto Tavares.

Além da perfuração dos poços, a obra ainda contempla a implantação de cerca de 60 quilômetros de adutoras, com diâmetros que variam entre 100 e 500 milímetros, seis estações elevatórias e dois stand-pipes – espécie de reservatório elevado que possibilita transportar a água por gravidade. A adutora terá a função de interligar o Sistema Adutor dos Poços de Tupanatinga à Adutora do Agreste, sendo o ponto de interligação no município de Tupanatinga. “Essa obra é bem peculiar e apresenta algumas dificuldades de execução, pois as unidades que compõem o sistema serão implantadas em lugares ermos, no meio do nada. Por isso, estamos realizando simultaneamente a construção das estradas de acesso”, explica Roberto Tavares. Hoje, a obra está com três frentes de serviços, em Tupanatinga, sendo uma para assentamento das tubulações e duas para construção das estações elevatórias.

De acordo com o presidente da Compesa, a exploração de recursos hídricos subterrâneos, na forma de poços tubulares, é estratégica e suplementar para o abastecimento da população, representando 5% de todo volume de água ofertado pela companhia no Estado. A Compesa opera 298 poços profundos em Pernambuco, que produzem uma vazão de 3.000 litros de água, por segundo.

 

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