Saúde
Setembro também é mês de de falar sobre Alzheimer
No dia mundial do Alzheimer, é importante chamar atenção para cuidados e prevenção da doença
Segundo projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira com mais de 60 anos deve mais que duplicar até 2060. Hoje ela representa 13% do total de brasileiros e pode chegar até 32%. Com o envelhecimento da população, entidades estão reforçando a importância para discussão sobre o mal de Alzheimer, doença degenerativa do cérebro que atinge pessoas com mais de 70 anos. É por isso que a Associação Brasileira de Alzheimer faz do dia mundial da doença de Alzheimer, comemorado hoje (21 de setembro), momento para conscientizar a população, entidades públicas e privadas de saúde, para os cuidados e prevenção da doença.
O diagnóstico não é simples, é preciso descartar diagnóstico de outros tipos de demência, nome dado para as síndromes cerebrais degenerativas progressivas. A doença de Alzheimer está entre os tipos mais comuns de demência. “É preciso fazer uma série de avaliações para ter o diagnóstico. É preciso ser também responsável para dar o diagnóstico porque a doença não tem cura”, disse o neurologista Paulo Henrique Fonseca. Ele explicou que a medicação vai tratar de sintomas específicos, uma equipe multidisciplinar ajuda na qualidade de vida do paciente, mas o amor e o afeto são fundamentais para tornar mais lento o avanço da doença.
A doença de Alzheimer apresenta três fases: inicial, moderada e avançada. Alteração na memória recente, sintomas depressivos são alguns sintomas do primeiro momento. A medida que a doença evolui, as perdas cognitivas aumentam e há a possibilidade de alterações no comportamento e piora na linguagem. Na fase avançada, o paciente já não reconhece as pessoas, não consegue andar ou se alimentar.
Sobre prevenção, o neurologista Paulo Henrique Fonseca explicou que a doença de Alzheimer é causada por uma interação de fatores genéticos e do ambiente. As pessoas que têm parente de primeiro grau doente, têm mais chances de desenvolver a doença, mas os fatores ambientais são fundamentais, ou seja, “ ter estilo de vida mais saudável no que come, reduzindo o nível de estresse, praticando atividade física, tudo isso reduz, substancialmente, o risco de desenvolver a doença”, reforçou