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Serra Telhada recorda 80 anos da morte de Lampião

Cultura

Serra Telhada recorda 80 anos da morte de Lampião

Música, teatro, literatura e gastronomia fazem parte do “Tributo a Virgulino – A Celebração do Cangaço” entre os dias 25 e 29. As atividades ocorrerão na Estação do Forró, na Área de Alimentação da Feira Livre, dentro das escolas, no Museu do Cangaço e no Sítio Passagem das Pedras – localidade onde nasceu Lampião

O “Tributo a Virgolino – A Celebração do Cangaço”, promovido pela Fundação Cabras de Lampião, ocorrerá em Serra Talhada entre os próximos dias 25 e 29 de julho. O evento, que recorda os 80 anos da morte de Lampião, o cangaceiro mais famoso, é gratuito e aberto ao público. Lampião foi morto em 28 de julho.

Para recordar a data histórica de forma marcante, a Fundação Cabras de Lampião traz muitas novidades no “Tributo a Virgolino – A Celebração do Cangaço”, que será realizado, principalmente, na Estação do Forró e no Museu do Cangaço, em Serra Talhada (PE), Sertão do Pajeú, terra onde o líder cangaceiro nasceu. O evento vai reunir grupos musicais, folclóricos, violeiros repentistas, cantores, poetas, historiadores e pesquisadores do cangaço. Na ocasião, também serão promovidos pontos de cultura e feiras de artesanatos, tudo para celebrar a cultura de raiz. A proposta é integrar música, teatro, dança, fotografia, cultura popular, literatura, artesanato e gastronomia.

Durante a programação do Tributo a Virgolino, haverá ainda apresentações musicais com trios e grupos de forró pé de serra, danças populares, área de alimentação com comidas típicas da região, além da realização da celebração do cangaço, um momento em que todos os grupos e artistas convidados se reúnem para afirmarem a importância do cangaço na identidade cultural do povo sertanejo. Também será realizado o espetáculo “O Massacre de Angico – A Morte de Lampião”. As atividades ocorrerão na Estação do Forró, na Área de Alimentação da Feira Livre, dentro das escolas, no Museu do Cangaço e no Sítio Passagem das Pedras – localidade onde nasceu Lampião, utilizando-se diversos espaços e palcos paralelos.

Massacre de Angico – A Morte de Lampião – Trata-se do maior espetáculo teatral ao ar livre dos sertões que conta uma história ocorrida há 80 anos – o terrível encontro entre militares do Governo Getulista e os cangaceiros liderados por Lampião e sua esposa, Maria Bonita. Eles foram pegos de surpresa e quase sem nenhuma reação na madrugada do dia 28 de julho de 1938, na grota de Angico, em Sergipe. O massacre praticamente pôs fim à chamada Era do Cangaço. Em meio àquelas árvores retorcidas da caatinga e resultando num verdadeiro banho de sangue no sertão nordestino, 11 integrantes do afamado bando, incluindo o casal líder, foram mortos e tiveram suas cabeças decepadas. O espetáculo foi concebido a partir do até então único texto dramatúrgico escrito pelo pesquisador do cangaço, Anildomá Willans de Souza, natural de Serra Talhada.

De acordo com Anildomá, o “molho” que rege toda esta história é o perfil apresentado deste homem símbolo do cangaço, visto por um outro viés, bem mais humano. “Mostraremos ao público um Lampião apaixonado, que sente medo, que é afetuoso; não somente aquele da guerra travada contra os coronéis e fazendeiros, contra a polícia e toda estrutura de poder, mas um homem que amava as poesias e sua gente”, revela o autor.

O espetáculo reúne 50 atores e 70 figurantes, além de 40 profissionais na equipe técnica e administrativa, comandada pelo ator e dramaturgo José Pimentel. No elenco, atores da própria Serra Talhada, mas também do Recife e Olinda, além da atriz e cantora Roberta Aureliano, que interpreta Maria Bonita. Ela é natural de Maceió (AL) mas passou toda a infância em Serra Talhada.

O ator e dançarino Karl Marx, de apenas 27 anos, vive o protagonista. Integrante do Grupo de Xaxado Cabras de Lampião, ele comemora 13 anos à frente do mesmo papel, em outras montagens. “A responsabilidade é grande porque trata-se de uma personagem que mexe com a imaginação das pessoas, que influenciou a cultura popular sertaneja, os valores morais e até o modo de viver do nosso povo. Este trabalho é mais do que um desafio profissional, é quase uma missão de vida”, declara o ator. O espetáculo “Massacre de Angico” é ambientado em cima de uma ribanceira de terra batida durante 1h30.

O projeto “Tributo a Virgolino – A Celebração do Cangaço” conta com o incentivo cultural do Funcultura; Fundarpe; Secretaria de Cultura de Serra Talhada e Governo de Pernambuco, e ainda com a Prefeitura Municipal e Secretaria de Cultura de Serra Talhada; Sesc/PE e comerciantes locais. Veja a programação completa no site: www.cabrasdelampiao.com.br

Serviço:

TRIBUTO A VIRGOLINO – 80 ANOS DA MORTE DE LAMPIÃO

Local: Estação do Forró (antiga Estação Ferroviária) e no Museu do Cangaço (Vila Ferroviária, S/Nº – Centro – Serra Talhada)
Horário: 20h

Entrada Gratuita

 

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