Felipe Carreras condena guerra entre organizadas, mas pede revisão de decisão do governo que afeta o torcedor de bem

O deputado federal Felipe Carreras (PSB/PE) utilizou suas redes sociais para questionar a decisão do Governo de Pernambuco de proibir a presença das torcidas de Santa Cruz e Sport por cinco partidas, após os atos criminosos registrados no último sábado (01). Para o parlamentar, a medida pune de forma equivocada o torcedor de bem, enquanto os verdadeiros responsáveis continuam impunes.

Carreras ressaltou que a violência entre torcidas não é um problema recente e que amedronta a população há anos. Ele defende que o Estado deve agir com rigor para punir os criminosos, sem prejudicar quem acompanha o futebol de maneira pacífica. “O uso de biometria e reconhecimento facial dentro dos estádios para fiscalização é uma medida louvável, mas é importante ressaltar que os crimes estão acontecendo fora das arenas. A punição tem que atingir os vândalos e marginais, não o torcedor de bem”, afirmou.

O deputado também destacou que existem ferramentas tecnológicas que podem ser utilizadas para monitoramento e ação preventiva da polícia, sem que seja necessário recorrer a punições generalizadas.

Projeto de Lei para punição mais severa
Felipe Carreras, que preside a Frente Parlamentar em Defesa do Esporte, tem um projeto de lei em tramitação para endurecer as penalidades contra torcedores envolvidos em atos de violência. O PL 297/2020 propõe alterar o Estatuto do Torcedor para tornar possível a prisão de indivíduos que participem de agressões, perseguições ou depredação de patrimônio público ou privado, independentemente de ocorrerem dentro ou fora dos estádios.

Atualmente, a legislação prevê apenas o banimento desses torcedores das arenas esportivas por até cinco anos. O projeto do deputado aumenta a punição para reclusão de três a seis anos, além da aplicação de multa determinada pela Justiça.

“Não podemos aceitar que criminosos travestidos de torcedores sigam aterrorizando as pessoas. Quem comete esse tipo de crime deve ser punido com prisão, não apenas afastado dos jogos”, concluiu.