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Emendas de R$ 200 mil de Zeca para a cultura de Arcoverde com destino misterioso

Política

Emendas de R$ 200 mil de Zeca para a cultura de Arcoverde com destino misterioso

Quando deputado federal ainda em 2017, penúltimo ano de seu mandato já que não fora reeleito no pleito de 2018, Zeca Cavalcanti destinou R$ 100 mil (Emenda parlamentar nº 201737820010) para serem investidos na cultura de Arcoverde, mas até hoje ninguém sabe como esse dinheiro foi parar em Recife, numa entidade chamada de “Centro de Atitudes” e não nas contas da Prefeitura. Foram dois repasses de R$ 50 mil destinados a esse tal centro, segundo os números dos documentos de pagamento nº 2018OB800771 e 2018OB800772 realizados em 21 de março de 2018.

Segundo os dados revelados pelo Portal da Transparência do Governo Federal, os recursos teriam sido utilizados na “realização de oficinas de iniciação, formação e capacitação em expressões diversas da arte da música, teatro e dança”. Procurada a Secretaria de Cultura na época sobre tais oficinas, disse que não tinha conhecimento nem dos recursos e muito menos das tais oficinas.

Já em 2018, coincidentemente, o mesmo “Centro de Atitudes” foi contemplado com outra emenda no valor de R$ 100 mil (Emenda nº 201837820003) para “realizar 12 oficinas culturais com 80 horas cada para atender entre 20 a 25 alunos por oficina. Como instrumento de disseminação de expressões culturais que formam o acervo cultural da cidade de Arcoverde, formando novos agentes cultuais e público para as expressões locais”, paga em 15 de maio de 2019. A Secretaria de Cultura na época também não tomou conhecimento das tais oficinas e nem dos recursos.

O Centro de Atitudes é uma OSC, Organização da Sociedade Civil, voltada para a criação, elaboração e execução de projetos de interesse público e social. Qualificado como OSCIP, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, o Centro de Atitudes tem sede em Recife, na Rua das Pernambucana, no bairro das Graças.

Representantes do segmento cultural da cidade disseram nunca terem visto esses recursos e muito menos onde, com quem e quando foram feitas essas oficinas. “São recursos volumosos que poderia ter ajudado e muito as pessoas que fazem a cultura de Arcoverde, mas não se sabe que destino tomou. A sociedade tem direito de saber o que foi feito com tanto dinheiro”, disse um artista local que não quis se identificar para evitar perseguições políticas, principalmente nas redes sociais onde o discurso de ódio tem imperado em Arcoverde.

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