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Disco relíquia do Coco Raízes de Arcoverde está disponível nas plataformas digitais

Cultura

Disco relíquia do Coco Raízes de Arcoverde está disponível nas plataformas digitais

Primeiro CD que leva o nome do grupo foi gravado nos anos 2000, composto por 11 faixas

O primeiro disco da história do Coco Raízes de Arcoverde, do Sertão de Pernambuco, está disponível nas plataformas digitais. Relíquia da cultura popular, o CD homônimo foi lançado nos anos 2000 pelo grupo, com 11 faixas, todas elas no mundo digital (OUÇA AGORA – bit.ly/3kf8Dd2).

“Esse disco é dedicado à memória de Lula Calixto que, com serenidade diante da vida e do amor à arte, criou morada para alegria em todos e todas que fazem e acompanham o Samba de Coco Raízes de Arcoverde”, lembra o mestre Assis Calixto, patrimônio vivo de Pernambuco.

Gravado em abril de 2000, no estúdio Luthier, o disco conta com a produção executiva da África Produções, direção musical de Tony Dias, mixagem de Corona e Tony Dias, assistente de gravação Téo Ottoni, além de Edmar, Pavão e Corona à frente da técnica de gravação. A equipe também foi formada por Afonso Oliveira, Carlos de Arcoverde, Marcelo Pedroso, Sérgio Figueiredo e Valéria Vicente, todos na fotografia, Valéria Vicente nos textos, Severino Vicente na revisão textual, Henrique Pereira como produtor de Arcoverde e Amauri Cunha como design gráfico.

A ideia de distribuir as músicas do CD no streaming surgiu na turnê nacional mais recente do Coco Raízes de Arcoverde, realizada no estado de São Paulo, em setembro de 2022. Passou por Pinheiros e Itaquera, na capital paulista, e pela cidade de Sorocaba, no interior.

Na ocasião, além da realização dos shows e oficinas, o grupo se juntou com o produtor cultural Leandro Toledo, de Sorocaba/SP, para elaborar o planejamento de organização do perfil oficial nas plataformas digitais.

“Em um dos nossos encontros, o mestre Assis Calixto mostrou que o Coco Raízes de Arcoverde não tinha perfil oficial nas plataformas de streaming, então foi aí que decidi ajudar nesse processo. Daí pra frente, a gente começou a fazer a programação de montagem. Juntei as informações e programei a arrumação do perfil do Coco Raízes”, conta Leandro Toledo.

Formado em 1992 pelas famílias Calixto Lopes e Gomes, o Samba de Coco Raízes de Arcoverde tem influência das culturas indígena e negra. Com trabalhos autorais, o grupo já rodou não só o Brasil como o mundo, com apresentações em países da Europa – Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Holanda, Itália e Noruega.

“O objetivo é fazer toda divulgação do perfil oficial, que agora está todo configurado, para que o grupo tenha um retorno merecido pelo que desenvolve”, acrescenta Leandro.

Damião e Assis Calixto, que fazem parte do grupo até hoje, são irmãos do falecido Lula Calixto. O trupé foi desenvolvido pelo próprio Lula a partir de suas vivências musicais, caracterizado por uma rápida e forte batida dos pés no chão com tamancos de madeira, que resulta numa sonoridade percussiva. O samba e o folguedo são manifestações muito presentes na dança e na música do grupo, sempre marcados pelos ritmos do triângulo, pandeiro, surdo e ganzá, que dão destaque aos ritmos do Coco Raízes de Arcoverde.

Nas letras das canções, a simplicidade e as mensagens positivas embalam, de maneira divertida, o som frenético do coco ritmado. O recorte cultural do trabalho autoral é original, uma vez que o som produzido e divulgado pelo grupo foge dos padrões estilizados de coco e música nordestina em geral.

Ficha técnica do 1º disco

Formação: Damião, Lourdes, Iuma, Irã, Idaiane, Damares, Danilo, Ítalo, Ianara, Ikeângelo, Fernando, David, Assis, Neguinho, Mamulengo, Igor, Gisele, Washington, Charles, Maria do Carmo, François, Expedida, Ciço Gomes, D. Maria José, Biu Neguinho, Fagner, Lola, Romualdo e Mingo.

Músicos: Cícero Gomes (coro e voz), Ilma Calixto (coro e voz), Irã Calixto (coro e voz), Mamulengo (coro e ganzá), Assis Calixto (coro, triângulo e voz), Damião Calixto (coro, pandeiro e voz), Lourdes Calixto (coro e triângulo), Biu Neguinho (surdo), François Gomes (trupé/tamanco), Idaiane Calixto (trupé/tamanco)

Gravação: Estúdio Luthier (abril de 2000)

Produção executiva: África Produções

Direção musical: Tony Dias

Técnicos de gravação: Edmar, Pavão e Corona

Mixagem: Corona e Tony Dias

Assistente de gravação: Téo Ottoni

Fotos: Afonso Oliveira, Carlos de Arcoverde, Marcelo Pedroso, Sérgio Figueiredo e Valéria Vicente

Textos: Valéria Vicente

Revisão de texto: Severino Vicente da Silva

Produção em Arcoverde: Henry Pereira

Design gráfico: Amauri Cunha

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