Política
“DIREITA” EM PERNAMBUCO: SEM DIÁLOGO E SEM RUMO
Por Rodrigo Melo – Jornal Portal do Sertão
A política pernambucana vive um cenário de desajuste nas fileiras do espectro à direita, que parece estar mais preocupada em se pendurar na figura do ex-presidente Jair Bolsonaro do que em construir um projeto sólido e viável para o estado. Sem um serviço ou programa claro para oferecer à população, esse grupo busca se afirmar em uma retórica polarizada, que, ao invés de apresentar soluções, só exacerba as divisões internas.
Recentemente, a ideia de lançar comunicador Cardinot, como nome para a disputa ao governo de Pernambuco em 2026 foi ventilada. No entanto, essa sugestão revela a incapacidade da direita local em criar um discurso coeso, além da falta de capacidade de diálogo interno, onde predomina a vaidade e o ego. As relações entre as figuras de direita no estado, como Gilson Machado e Anderson Ferreira, estão longe de ser saudáveis, com críticas mútuas e disputas por protagonismo, o que só enfraquece a possibilidade de um projeto mais robusto e estruturado.
Cardinot, em declarações recentes, afirmou que não é filiado a nenhum partido político e que seu papel é contribuir com a sociedade através do jornalismo sério e imparcial, uma forma mais eficaz, em sua visão, de servir à população.
Enquanto isso, a direita, sem um líder consolidado ou uma proposta concreta, parece estar à deriva, sem conseguir se firmar como uma alternativa viável. A polarização entre João e Raquel para 2026 está tomando proporções cada vez mais intensas, deixando em segundo plano as possibilidades de um diálogo mais produtivo e unido em torno de um projeto de governo que realmente atenda às necessidades da população pernambucana.
