Turismo
Coluna JPS Turismo & Eventos
Edição 38 – Sábado, 13 de novembro de 2021.
NO BRASIL, TURISMO SEGUE COM VIÉS DE ALTA!
Na coluna de hoje vamos dar andamento a um assunto que iniciamos na edição nº 36, publicada em 30 de outubro, que deu destaque à dados do Novo Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Previdência (criado em janeiro de 2020, objetivando gerar estatísticas sobre empregos formais através de informações captadas junto aos sistemas eSocial, Caged e Empregador Web), informando sobre a geração, no mês de setembro deste ano, de mais de 38 mil novos empregos formais apenas no setor de TURISMO. Os dados, publicados no portal do Diário do Turismo, mostrava ainda que esse índice de crescimento representava cerca de 12,5% do total de vagas criadas em todo o país (313.902) no período e os segmentos de hospedagem e alimentação que, juntos, geraram mais de 80% dos empregos do setor, foram, à época, considerados como os que mais cresceram. O levantamento mostrava ainda que o Sudeste e o Nordeste foram os que mais geraram empregos em setembro: 20,3 mil e 8,1 mil, respectivamente, e, juntos, eles foram responsáveis por mais da metade do total de ocupações no setor de turismo.
Desta feita, uma nova pesquisa que também confirma o viés de crescimento da atividade turística no Brasil, foi realizada pela CNC – Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, e amplamente divulgada pelo portal da EBC (www.agenciabrasil.ebc.com.br), gerando repercussão positiva na imprensa brasileira e internacional. Na pesquisa da CNC, fica demonstrado que o turismo brasileiro voltou a crescer e deverá gerar até fevereiro de 2022 em torno de 480 mil novos empregos no setor. Desse total, cerca de 82 mil deverão ser temporários voltados, especificamente, para atender à demanda da alta temporada. Outro índice importante de atividades turísticas, este apurado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), também constatou que o volume de receitas do setor avançou 49,1% desde o fim da segunda onda da pandemia no Brasil. E, embora ainda esteja 20,7% abaixo do nível registrado antes do início da crise sanitária, já é o melhor resultado desde fevereiro de 2020.
Caso esse viés de crescimento permaneça e possíveis novas ondas de contaminação pela covid-19 e suas variantes não grassem mais em terras tupiniquins, a CNC projeta que as atividades turísticas faturem cerca de R$ 172 bilhões ao longo da próxima alta temporada o que contribuiria para levar o nível de volume de receitas ao patamar registrado imediatamente antes do início da pandemia. E o fato deixou otimista o presidente da CNC, José Roberto Tadros (foto), que ver esta projeção como um claro sinal da reativação das atividades mesmo que em caráter parcial e também levando em consideração um comportamento ainda de instabilidade nos preços setoriais. “Embora, durante a primeira onda da pandemia de covid-19, os serviços turísticos tenham ficado mais baratos, apresentando reduções de 6,3% nas diárias de hotéis e pousadas e de 28,5% nas passagens aéreas, por exemplo, nos últimos meses, a retomada da demanda e, principalmente, a evolução de tarifas, como a energia elétrica, vêm pressionando praticamente todos os preços da economia”, avaliou.
De acordo com a entidade, apenas em 2021, a energia elétrica acumulou alta de 24,97% e os gastos com energia representam, em média, 19% dos custos nos serviços de hospedagem e 15% em bares e restaurantes. “Ainda assim, de março de 2020 a outubro de 2021, a variação média dos preços dos serviços turísticos (+7,8%) se deu abaixo da inflação medida pelo IPCA-15 (+11,8%) e alguns serviços típicos do setor ainda apresentaram preços inferiores aos praticados antes do início da crise sanitária, como hospedagem (-5,7%), transporte por aplicativo (-6,7%) e passagens rodoviárias intermunicipais (-10,7%)”, informou a CNC. Em relação às ocupações de mão-de-obra, os principais profissionais demandados pelo setor ao longo da próxima alta temporada deverão ser recepcionistas (14,49 mil vagas); cozinheiros e auxiliares (8,09 mil); camareiros (7,30 mil); garçons e auxiliares (4,76 mil); e auxiliares de lavanderia (7,76 mil). A expectativa é que São Paulo (23,49 mil vagas), Rio de Janeiro (10,34 mil) e Minas Gerais (7,43 mil) ofereçam metade do total de vagas.
Em 2020, quando o setor apresentou retração de 36% no volume de receitas, a diferença entre o número de admissões (897,51 mil) e desligamentos (1,13 milhão) produziu um saldo negativo anual de 238,68 mil vagas, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Entre janeiro e setembro de 2021, antes do início do período de contratações para a alta temporada, as empresas já haviam registrado um saldo positivo de 167,53 mil postos formais. A maior parte dessas vagas (126,8 mil) foi gerada a partir de maio, com o avanço da vacinação. O economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes, analisa que, tradicionalmente, o segmento que mais oferece oportunidades temporárias nessa época do ano é o de bares e restaurantes. “Para a temporada iniciada este ano, o ramo deverá responder por 77,5% ou 63,4 mil vagas. Outro ramo que costuma se destacar é o de hospedagem, que, historicamente, oferece durante o período a quase totalidade (97,2%) das suas vagas temporárias ao longo de doze meses. Para a alta temporada 2021/2022, esse segmento deverá responder por 13,8% (11,2 mil) do total de empregos criados no turismo”, concluiu o responsável pela pesquisa da CNC.
E todos estes dados positivos sobre o futuro do turismo no Brasil animou as autoridades, profissionais e empresários do setor que preveem que o país – pelas potencialidades e atrativos que possui – possa se transformar num dos principais destinos turísticos do mundo do pós-pandemia. E esse fato ficou bem evidente durante a entrevista que o Ministro do Turismo, o Pernambucano Gilson Machado Neto (foto), concedeu ao emblemático Programa Voz do Brasil, na última segunda-feira (08/11), onde garantiu que com o avanço da vacinação no pais e com todo o serviço de planejamento e estruturação que vem sendo realizado, tudo leva a crer que já a partir de 2022 o Brasil possa se tornar num dos destinos mais procurados por turistas do mundo todo.
Durante a entrevista, o ministro falou da participação do Brasil na Expo Dubai (primeiro evento mundial após o início da flexibilização, que reúne mais de 190 países e que está sendo realizado na capital dos Emirados Árabes Unidos), cujo pavilhão é um dos mais visitados da exposição, com informações dos diversos destinos turísticos do pais e, dentre eles, Porto de Galinhas (PE), Jericoacoara (CE) e, claro, a região da Amazônia brasileira. E, embora não pareça muito real, o ministro sempre reitera, em suas declarações, que o país está sendo destaque num dos atuais segmentos mais demandados da atividade: o Turismo Verde. Para o ministro, não há como dissociar turismo de preservação ambiental. Acreditemos!
Por fim, o ministro Gilson Machado falou sobre a retomada de cruzeiros marítimos no Brasil, do forte e diversificado potencial turístico e, também, da recuperação do setor no pós-pandemia. De acordo com ele, dos cerca de 320 mil empregos gerados no mês de agosto, aproximadamente 180 mil estão relacionados ao setor de serviços que, de alguma forma, têm ligação com o turismo. Destacou ainda que o setor de aviação também está se recuperando. “Hoje nós temos mais de 85% da nossa malha aérea recuperada”, disse. O ministro do turismo acredita que as restrições impostas por outros países nesse momento estão fazendo com que os brasileiros busquem mais os destinos dentro do país. “O turismo brasileiro está bombando”, declarou em tom de animação e otimismo, no encerramento da entrevista à Voz do Brasil. Diante de tanto entusiasmo e confiança no próprio “taco”, seria o ministro Gilson Neto candidato ao Governo do Estado? Aguardemos!
RIQUEZA DA GASTRONOMIA – Matéria de responsabilidade do Banco Santander e publicada com exclusividade nas páginas do site do Jornal O Globo (www.oglobo.globo.com) em 08 de novembro deste ano, destaca o Nordeste como o terceiro polo gastronômico brasileiro e em franca evolução. De acordo com o texto, a gastronomia regional nordestina é uma cadeia de oportunidades que enaltece os pequenos produtores, valorizados e redescobertos durante o período da pandemia e ganhando, inclusive, cada vez mais espaço no cenário de reabertura econômica. E Justamente para incentivar esses pequenos produtores por todo o Brasil e a gastronomia regional, o Banco Santander acaba de anunciar investimentos em iniciativas que ajudam micro empreendedores a transformarem sonhos em realidade. É o caso do programa Prospera, que injeta R$ 170 milhões somente no setor gastronômico. “É a maior operação de microcrédito privado do país. Alcança desde a vendedora de coxinha na comunidade até um pequeno bar, que vende marmita. Esse incentivo faz uma diferença enorme para esses empreendedores. É preciso ter um olhar cuidadoso e qualificado para toda a cadeia, que vai desde o pequeno até a alta gastronomia”, analisa a vice-presidente do Santander, Patrícia Audi.
Pensar em novas formas de incentivar virou até o slogan do banco. “É essa ideia, a gente não vai errar, a gente vai acertar, mas parado a gente não vai ficar. Durante a pandemia, mantivemos os festivais on-line inclusive o Rio Gastronomia. Com o fechamento das atividades, notamos que, de repente, esses empreendedores da gastronomia não teriam mais fluxo de caixa. Então procuramos ser ainda mais criativos. De imediato, demos um aumento no limite do cartão de crédito para que empreendedores individuais tivessem um capital de giro. Demos prazo, demos fôlego ao empresário”, lembra Patrícia. “Agora, os empreendedores precisam adequar seu negócio ao modelo híbrido, até porque hoje o público ficou mais exigente. A gastronomia em um curto período de tempo passou por provações, adaptações e continuará sobrevivendo com novas receitas de sucesso”, finaliza a vice-presidente do Santander.
RECIFE CRIATIVA – A bela capital de Pernambuco acaba de receber mais um título: o de Cidade Criativa na categoria Música. Honraria concedida pela Unesco (agência da ONU destinada ao fomento da educação, ciência e cultura, com sede em Paris), apenas Recife e Capina Grande, na Paraíba, tiveram suas candidaturas aprovadas entre as diversas cidades brasileiras que também concorreram. Com isso, a capital pernambucana passa a integrar a Rede de Cidades Criativas da Unesco, formada por 295 cidades em 90 países, que tem por objetivo favorecer a cooperação e o fortalecimento da criatividade como fator estratégico de desenvolvimento sustentável, nos aspectos econômico, social, cultural ou ambiental.
“Esse título, que coloca o Recife na Rede de Cidades Criativas, grupo internacional de intercâmbio e construção de caminhos conjuntos, é um reconhecimento à riqueza e à pluralidade da música recifense, parte de uma grande diversidade de expressões e manifestações, fortes em todos os campos culturais. Isso reforça a importância de assegurarmos, cada vez mais, o papel da cultura como estratégico, no fortalecimento e no desenvolvimento da cidade. Integrar essa Rede é mais uma demonstração da nossa força cultural. O Recife é Cidade Criativa. Sabemos e vivemos isso no nosso cotidiano. Agora temos o reconhecimento de uma entidade internacional, que articula e promove o intercâmbio entre cidades do mundo todo. A cultura recifense se reafirma nas suas tradições e também se reinventa. Ela liga nossa história e memória com o nosso futuro, apontando para novos caminhos”, afirmou Ricardo Mello, secretário de Cultura do Recife.
Recife, em Pernambuco, e Campina Grande, na Paraíba, foram as duas únicas candidaturas brasileiras confirmadas entre as 49 cidades que passaram a integrar a Rede. O título é resultado de um intenso trabalho de escuta de representantes da cena musical recifense e seus variados estilos, ritmos e vocações sonoras, que embasou a candidatura apresentada à Unesco pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, com chancela da Comissão Nacional, no último mês de junho. “São 295 cidades no mundo que integram a rede, 12 delas brasileiras. O Recife agora entra neste circuito, estamos conectados. Essa chancela internacional da Unesco foi um passo muito importante. Significa assumir um compromisso com o papel que a cultura tem na vida da cidade, como força transformadora e catalisadora de nossa criatividade e dos passos que ainda vamos dar”, completou o secretário.
O título de Cidade Criativa, criado em 2004, havia sido concedido até hoje a apenas dez cidades brasileiras: Belém (PA), Florianópolis (SC), Paraty (RJ) e Belo Horizonte (MG), no campo da gastronomia; Brasília (DF), Curitiba (PR) e Fortaleza (CE), em design; João Pessoa (PB), em artesanato e artes populares; Salvador (BA), na música; e Santos (SP), no cinema. As cidades que passam a integrar a Rede assumem o compromisso de compartilhar boas práticas, estruturando parcerias para promover desenvolvimento urbano a partir das indústrias da cultura e da criatividade. (Com informações de Wanderson Pontes, da redação do Portal de Prefeitura – www.portaldeprefeitura.com.br).
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ARCOVERDE NA FENEARTE – O Prefeito de Arcoverde, Wellington Maciel, confirmou a participação do município portal do sertão pernambucano na 21ª edição da FENEART – Feira Nacional dos Negócios do Artesanato, que acontece no Pavilhão de Feiras do Centro de Convenções de Pernambuco (CECON), em Olinda, no período de 10 a 19 de dezembro deste ano.
Neste sentido, o Prefeito firmou convênio com a Diretoria Geral de Promoções da Economia Criativa da ADEPE – Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (antiga AD-DIPER), que possibilitou a aquisição, por parte do município de Arcoverde, de espaço referente a um estande (o de nº 320) de 9 m², que será utilizado pelas(os) artesãs(sãos) que integram o núcleo de artesanato coordenado pela ACA – Associação Comercial e Industrial de Arcoverde.
Para o Secretário de Desenvolvimento Econômico de Arcoverde, Antônio Gibson de Siqueira (Bibo Baiaca), esta é uma excelente oportunidade para que os artesãos e artesãs de Arcoverde possam divulgar e promover seus trabalhos, atualmente disponíveis na Casa do Artesão de Arcoverde e no Centro de Gastronomia e Artesanato (CGA). “Fico feliz com a decisão do Prefeito Wellington Maciel de manter essa tradição de adquirir e repassar o estande aos núcleos de artesanato existentes no município. Dessa forma, todos podem participar enviando suas peças para exposição e venda durante o período da feira. Vamos, portanto, seguir nesse trabalho de prestigiar o artesanato produzido em nossa cidade, pois, é muito importante que baseado em nossas características históricas, artísticas e culturais, Arcoverde possa mostrar ao Brasil, através da Fenearte, um artesanato pra chamar de seu”, concluiu o Secretário.
A Fenearte é uma realização do Governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDEC) e da Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (ADEPE). Participam da feira, além das artesãs e artesãos de Pernambuco, expositores de outros estados e países. Em 2021, excepcionalmente (normalmente o evento acontece no mês de julho), a Fenearte será realizada entre 10 e 19 de dezembro. (Com informações da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico).
VACINAÇÃO ESTIMULA O TURISMO – Com avanço da vacinação o setor de turismo está atravessando um momento de retomada das atividades, conforme destaca matéria divulgada nas redes sociais da EBC (www.agenciabrasil.ebc.com.br). De acordo com a matéria, aproximadamente 150 milhões de brasileiros já foram vacinados com pelo menos uma dose do imunizante contra a covid-19. Nesse cenário, o setor do turismo encontrou estímulo e segurança para os viajantes voltarem a movimentar o mecanismo do segmento do turismo brasileiro.
Durante a pandemia o real se desvalorizou como moeda. Mesmo assim o cenário é favorável para viajar, principalmente dentro do país. A expectativa, segundo a matéria, é que a economia volte a crescer e gerar emprego e renda, pois, o resultado da avaliação indica tendência à viagens domésticas e de proximidade no Brasil, com 26% dos entrevistados manifestando interesse de viajar pelo país. Desses, 25% planejam fazer a próxima viagem de carro e 45% querem usar o avião como meio de transporte. À todas e todos, boa viagem!
CUMPRIU A PROMESSA – No início de agosto deste ano a LATAM Linhas Aéreas anunciou que a partir de novembro iniciaria uma nova rota entre Guarulhos (SP) e PETROLINA (PE), a princípio com passagens em torno de R$ 620,00. Promessa feita, promessa cumprida! Na manhã de 08 de novembro (segunda-feira), foi iniciado voo regular para Petrolina, no caso, o 47º destino da LATAM no Brasil. O primeiro voo da nova rota a partir do aeroporto de São Paulo/Guarulhos decolou com 81,5% de ocupação e deu sequência ao crescimento da malha aérea da empresa, que aposta no Nordeste para voltar a crescer no mercado brasileiro.
Neste semestre, a LATAM já inaugurou operações em Comandatuba (BA) e Juazeiro do Norte (CE), e se prepara para iniciar em dezembro os voos para Jericoacoara (CE) e Vitória da Conquista (BA). Petrolina é o segundo destino da LATAM em Pernambuco. Em seu primeiro mês de operação, os voos já registram ocupação média de 75%. A partir de Recife, a empresa opera atualmente outras cinco rotas dentro do Brasil. A nova rota São Paulo/Guarulhos-Petrolina foi iniciada com 4 voos semanais em aeronaves Airbus A320, com capacidade para 162 passageiros em classe Economy e 8 em Premium Economy. A partir de dezembro, será ampliada para 5 voos semanais. (Com informações de Carlos Ferreira para o portal Aeroin – www.aeroin.net).
SAINDO DO FORNO…
O RECONHECIMENTO DO REPENTE
E de repente não mais que de repente, o Repente se fez presente e, reconhecido, fez o tristeza se tornar contente. Finalmente alçado à categoria de PATRIMÔNIO CULTURAL DO BRASIL, a partir de agora o Repente está definitivamente inscrito no “Livro de Registro das Formas de Expressões”, onde já estão a Roda de Capoeira, o Maracatu de Pernambuco, o Carimbó do Pará e a Literatura de Cordel. Desta forma o Repente passa a ser alvo de políticas públicas para a salvaguardar a manifestação, que devem incidir ainda sobre um universo de bens associados como a Embolada, o Aboio, a Glosa e a Poesia de Bancada e Declamação.
Para a presidente do Iphan, Larissa Peixoto, esta manifestação cultural vai muito além do Nordeste brasileiro e também ocupa importantes espaços em outras regiões do país. “É motivo de grande alegria ter as rimas e os versos do Repente adentrando o rol do Patrimônio Cultural do Brasil, tanto por sua importância histórica quanto pela beleza da poesia e da música da manifestação. O Repente tem seu lar na Região Nordeste e, também, em outras capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, para onde as migrações nordestinas levaram essa arte. É uma manifestação que se tornou uma das faces do Brasil”. Afirmou a presidente da Iphan.
Já para o Ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, esse registro reconhece a relevância do Repente em âmbito nacional, uma vez que aporta elementos importantes para a memória e identidade do nosso país. “Eu, como nordestino e pernambucano, estou muito feliz com mais essa expressão cultural em nosso rol de patrimônios”, disse o ministro do Turismo.
Os primeiros registros do Repente remontam ao século 19 nos estados de Pernambuco e Paraíba. As ocorrências mais antigas têm origem na Serra do Teixeira, na Paraíba. No início do século 20, a manifestação teve importante papel na difusão do rádio na região. A maior parte dos repentistas tinha origem rural e cantava para plateias camponesas. Os repentistas se apresentam acompanhados de violas e a expressão costuma ser dividida em baiões, sequências em que as estrofes são cantadas alternadamente pelos poetas, mantendo a modalidade de estrofe, a mesma toada e o mesmo assunto. A cada baião, os repentistas respondem a provocações e desafios do parceiro e a demandas e reações da plateia, que propõe temas e modalidades a serem desenvolvidos pela dupla. (Com informações do Portal do Diário do Turismo – www.diariodoturismo.com.br, em 12 de novembro de 2021).
O que dizem os especialistas?
“O turismo brasileiro está bombando”. (Do otimista Ministro do Turismo do Brasil, o Pernambucano Gilson Machado Neto, durante entrevista ao programa “Voz do Brasil” na última segunda-feira dia 08/11).
Sobre o autor da coluna:
- ALBÉRICO PACHECO DE ALBUQUERQUE é formado em Administração de Empresas e pós-graduado em Planejamento Estratégico do Turismo. Trabalhou no Cinema Bandeirante (o saudoso Gigante da Praça da Bandeira) de 1975 a 1977; no Banco do Estado de Pernambuco (BANDEPE) entre 1977 e 1996 e na Prefeitura de Arcoverde entre 1997 e 2020, onde ocupou os cargos de Secretário de Finanças, de Finanças e Administração, de Desenvolvimento Econômico e Turismo, de Diretor de Turismo e Eventos e de Secretário de Turismo e Eventos, durante as gestões Rosa Barros, Zeca Cavalcanti e Madalena Britto.