Coluna JPS Turismo & Eventos

Edição 18 – Sábado, 26 de junho de 2021.

Saudade, o meu remédio é cantar – Parte II

– Na edição anterior (nº 17) desta Coluna JPS Turismo & Eventos publicada em 19 de junho nas plataformas digitais do Jornal Portal do Sertão, abordamos, no contexto da matéria âncora (de abertura), como se deu o resgate das festas juninas de rua de Arcoverde, no final dos anos 90 com a chegada ao poder da Professora Rosa Barros, eleita Prefeita de Arcoverde nas eleições de 1996. Até então as mesmas se resumiam às tradicionais fogueiras de rua, as festas familiares e algumas palhoças existentes, de forma pontual, em algumas ruas de bairros da cidade. Rosa, a partir de 1997, fez com que a festa ganhasse contornos de um evento de rua, organizado, criativo e bem estruturado em polos centralizados na Praça da Bandeira, sob o comando da Diretoria de Cultura da Secretaria Municipal de Educação Cultura e Esportes. E foi assim até o final da sua primeira gestão no ano 2000. Reeleita e empossada para novo mandato (2001/2004) a Prefeita Rosa Barros criou a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo, assumida por mim que, na primeira gestão, havia ocupado a Secretaria de Finanças. Com o apoio da Diretoria de Cultura e das demais secretarias municipais, ampliamos o conceito da festa – de cultural para multicultural – e passamos a adotar temas para cada versão a partir daí.

Com a chegada da nova administração municipal (Prefeito Zeca Cavalcanti – 2005/2012), adotamos um novo conceito de festa de rua, especialmente para a gestão, mantendo seu caráter multicultural, e tornando-a ainda mais criativa e inovadora no sertão de Pernambuco. A partir de 2005, os novos temas juninos foram desenvolvidos sob o título de Arcoverde, o São João dos Sertões.

Oito anos se passaram e a chegada da nova gestão, agora sob o comanda da Prefeita Madalena Britto (2013/2020), nos desafiou a fazer uma nova mudança de conceito na festa, transformando-a de “SÃO JOÃO DOS SERTÕES” em “CAPITAL DO SÃO JOÃO”. E, claro, isso não se deu ao mero acaso. Fomos em busca de novos temas e de novas versões que pudessem se enquadrar nesse novo conceito de sempre retratar a efervescência artística, histórica e cultural do povo nordestino e sertanejo. E o primeiro tema (2013), fazia alusão ao título da festa – Arcoverde Capital do São João – “resgatando” a estória de uma “carta” que Lampião teria enviado ao Governador de Pernambuco Sergio Loreto, no início da segunda metade da década de 1920, propondo a divisão de Pernambuco: “até os trilhos de Rio Branco (Arcoverde) ficaria sob o comando dele, que seria aclamado “Governador do Sertão”, enquanto que, dali até a ‘batida do mar’, poderia ficar sob a governança de Sergio Loreto”. Com a devida “licença poética” a estória deu “vida” ao primeiro tema do São João da era Madalena Britto, tema que, com base na estória da “carta”, poderia ter transformado o Capitão Virgulo Ferreira em Governador do Sertão, com sua capital em Rio Branco (atualmente Arcoverde) e cujo primeiro decreto seria o de transformar Arcoverde, sede de sua intendência, em CAPITAL DO SÃO JOÃO.
Nos anos seguintes da gestão Madalena Britto, a festa junina de Arcoverde, com o título de Capital do São João, protagonizou os seguintes temas:

– Em 2014 a festa homenageou, com grande sucesso de público e de crítica o cinema mais antigo em funcionamento no Brasil e na América La????na – o Cinema Rio Branco – com o tema: LUZ, CÂMERA, AÇÃO… O CINEMA VA PASSAR NA TELA DO MELHOR SÃO JOÃO!

– Em 2015 a festa maior da Capital do São João voltou seus holofotes para os poetas forrozeiros na????vos de Arcoverde e – através de ícones como Mazinho de Arcoverde, Paulinho Leite, Wagner de Carvalho e George Silva, sob o tema O REINO DO BAIÃO NA CAPITAL DO SÃO JOÃO -, homenageou os artistas forrozeiros que fizerem e fazem de Arcoverde uma cidade expoente da cultura musical nordestina e sertaneja.

– Em 2016 a versão da festa prestou grande e justa homenagem aos 100 anos do surgimento do SAMBA DE COCO em Arcoverde, com o tema SAMBA DE COCO COM HISTÓRIA E TRADIÇÃO… COMEMORA 100 ANOS NA CAPITAL DO SÃO JOÃO.

– Em 2017 a festa retratou toda arte e tradição do emblemático REISADO DE CARAÍBAS e suas cantoras tradicionais que, no contexto do tema “Com História, Arte e Tradição, em 2017, as Rainhas do Reisado são as homenageadas da Capital do São João”, foram reconhecidas e aclamadas por tudo que representam como verdadeiras e genuínas representantes da cultura popular.

– Na versão de 2018 a CAPITAL DO SÃO JOÃO rendeu justa homenagem à história do mais antigo grupo de Pífanos de Arcoverde – a BANDA DE PÍFANOS SANTA LUZIA – através do tema “PÍFANO É ARTE, PÍFANO É EMOÇÃO… EM 2018, O SOM DO PÍFANO FAZ A FESTA DA CAPITAL DO SÃO JOÃO”. Uma tradição que passa de pai para filho a quatro gerações que, chegando aos 75 nos de existência, à época da homenagem, continua sua saga para preservar o legado do patriarca da família Santana – Romão Batista de Santana, o lendário “Mestre Batista”.

– Em 2019, mais um tema especial e criativo foi desenvolvido e homenageou “OS MESTRES DA SANFONA DA CAPITAL DO SÃO JOÃO” que, pela sua importância histórica, artística e cultural, acabou se constituindo num importante e decisivo componente na captação de turistas e visitantes interessados em conhecer a diversidade cultural nordestina, tão bem representada pela arte da sanfona e dos mestres sanfoneiros que fazem de Arcoverde – a CAPITAL DO SÃO JOÃO – um celeiro de grandes artistas e a cidade mais cosmopolita e multicultural do interior de Pernambuco.

– A Versão 2020, que não aconteceu devido aos efeitos da pandemia da covid-19, trazia a temática “HISTÓRIA, ARTE E TRADIÇÃO DO TEATRO POPULAR DA CAPITAL DO SÃO JOÃO”, tendo como referência a importância do Teatro Popular para o desenvolvimento da arte e cultura em Arcoverde e sua trajetória histórica nos anos 70, 80 e 90, com seus personagens que, apesar dos percalços e alienação social, encontraram motivação para manter a resistência para seguir promovendo o autoconhecimento e a diversão através de um trabalho sempre feito em busca da identidade cultural do povo. E nessa trajetória de luta, o tema destacava o trabalho do MCA – Movimento Cultural de Arcoverde, através de artistas e produtores talentosos e altruístas como o saudoso Geraldo Barros, além de Miro Carvalho, Paulo Lima, Romualdo Freitas, Joselito Arcanjo, Pedro Gilberto e tantos outros que encabeçaram a luta do movimento teatral organizado de Arcoverde, principalmente, por reconhecimento e por espaços para suas apresentações. Portanto, nada mais justo do que reconhecer, durante o que seria a versão 2020 do São João de Arcoverde, a importância histórica e cultural do TEATRO POPULAR DE ARCOVERDE e de seus artistas idealistas e abnegados, sempre movidos por uma paixão que manteve a arte teatral popular viva e atuante até os dias atuais.

A maldita pandemia obstaculizou a festa de rua a partir de 2020 e, desde então, já são dois anos sem que o povo de Arcoverde, turistas e visitantes possam brincar na festa mais criativa, popular e multicultural do Nordeste do Brasil. Resta-nos a “frieza” das lives virtuais que, pelo menos atenuam o sentimento inexorável de perda. Porém, não nos avexemos que 2022 é logo ali; a pandemia vai passar e o atual Prefeito de Arcoverde, Wellington Maciel, vai, com certeza, trazer de volta a tradição da CAPITAL DO SÃO JOÃO. E, enquanto isso, ficamos com a certeza que nos traz a candura dos belos versos da última estrofe de “qui nem jiló” (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira): “Ai que me dera voltar pros braços do meu xodó, saudade assim faz doer e amarga qui nem jiló… mas ninguém pode dizer que me viu triste a chorar, SAUDADE O MEU REMÉDIO É CANTAR”!
VIVA ARCOVERDE – A ETERNA, INIGUALÁVEL, INCOMPARÁVEL E INIMITÁVAL CAPITAL DO SÃO JOÃO!
(Com fotos de PC Cavalcanti e Benise Rodrigues e artes de Robson Lima)

PÚBLICO LIBERADO – Depois de muito suspense, o Comitê Organizador dos JOGOS OLIMÍPICOS DE TÓQUIO, anunciou na segunda-feira (21/06) que a Olimpíada, um dos mais importantes e prestigiados atrativos de turismo esportivo, contará com a presença de público. As instalações esportivas poderão receber 50% da sua capacidade ou um máximo de até 10 mil torcedores nos eventos. Diversas medidas preventivas, porém, ainda serão necessárias para conter a disseminação da Covid-19 e apenas residentes no Japão serão aptos a ir às arenas.

Desde que os Jogos foram adiados no ano passado, por conta da pandemia, havia muita expectativa em relação à definição sobre a questão do público nos eventos. No início deste ano, os organizadores já haviam determinado que os torcedores estrangeiros seriam barrados da Olimpíada, mas uma decisão final sobre a participação ou não dos japoneses nas instalações esportivas foi adiada diversas vezes.

Os torcedores serão obrigados a usar máscaras durante todo o momento e serão proibidos a falar em voz alta ou gritar. A fim de evitar aglomerações, filas serão proibidas e os espectadores serão instruídos a deixar os locais de competição de maneira escalonada. Todas as medidas anunciadas são válidas apenas para a Olimpíada, que terá início em 23 de julho. Uma decisão a respeito da Paraolimpíada, marcada para começar em 24 de agosto, será tomada somente em 16 de julho. Vale lembrar que atletas, comissões técnicas e demais credenciados estão sendo vacinados contra a Covid-19 para garantir ainda mais segurança durante os Jogos. (Com informações do site: www.surtoolimpico.com.br).

LIBERANDO AOS POUCOS – O mais recente Decreto do Governo de Pernambuco acerca do retorno gradual das atividades econômicas e sociais no Estado, devido aos efeitos da pandemia do coronavírus, começa a liberar o acesso aos equipamentos turísticos e culturais, animando o setor e criando a expectativa que – com o aceleramento do processo de vacinação e da manutenção dos cuidados de proteção e higienização como uso de máscaras, álcool em gel e distanciamento social -, a atividade turística possa voltar, em médio prazo, aos patamares de antes da pandemia.

Diante do fato, de acordo com o último Decreto, várias atividades já estão sendo liberadas na capital e região metropolitana e, dentre elas, a visitação aos atrativos turísticos, fundamentais na captação de turistas e consequente aquecimento do setor de serviços turísticos como hotelaria, gastronomia e outros.

Veja, de acordo com o Decreto, alguns atrativos que voltam a funcionar plenamente em Recife, com seus respectivos dias e horários para visitação: EMBAIXADA DOS BONECOS GIGANTES (todos os dias das 08 às 17hs – entrada: R$ 15); CATAMARAN TOURS (passeios às 09h30, 11hs, 14h30 e 19hs – ingresso: R$ 65); INSTITUTO RICARDO BRENNAND (terça a domingo, das 13 às 17hs – ingressos: terça a sexta R$ 30 e sábado, domingo e feriado – R$ 40); MUSEU MILITAR – FORTE DO BRUM (terça a sexta, de 09 às 12hs e de 13 às 17hs – ingresso: R$ 5); OFICINA FRANCISCO BRENNAND (terça a domingo, das 10 às 17hs – ingresso: R$ 30); PAÇO DO FREVO (quarta a sexta, das 10 às 16h / sábado e domingo, das 11 às 17hs – ingresso R$ 10) e CASA DA CULTURA (segunda a sábado das 09 às 17hs e domingo das 09 às 14hs – gratuito); MUSEU CAIS DO SERTÃO (segunda à sexta, de 09 às 17hs / Sábado e domingo, de 13 às 17h – ingresso: R$ 10); CENTRO CULTURAL JUDAICO DE PE – Sinagoga Kahal Zur Israel (terça a sexta, de 09 às 16h30 e domingo, de 14 às 17h30 – entrada: 10). Para maiores detalhes (endereços, mobilidade, mapas, etc.) acesse os sites dos atrativos acima citados e bom turismo!

MAIS …

POUSADAS DOMICILIARES – Terça-feira (22/06) tive a satisfação de participar de mais uma edição dos CASOS DE SUCESSO do Programa Bora Pernambucar (Secretaria Estadual de Turismo e Lazer – SETUR-PE e Empresa de Turismo de Pernambuco – EMPETUR). A atração dessa edição foi a experiência do Arquipélago de FERNANDO DE NORONHA (parte do Estado de Pernambuco é composto por 21 ilhas, ilhotas e rochedos de origem vulcânica, ocupa uma área total de 26 km² – dos quais 17 km² são da ilha principal – e se situa no Oceano Atlântico a nordeste do Brasil continental, distando 545 km da capital pernambucana, Recife) em relação às “POUSADAS DOMICILIARES”, atividade turística de sucesso na ilha e que pode se transformar numa ótima oportunidade para outras regiões onde o turista, além da rede hoteleira tradicional, tem a possibilidade de se hospedar em “residências”.

Ancorado por Graça Novaes (Coordenadora do Programa Bora Pernambucar), com apoio de Ceci Amorim (da equipe do programa), coube a Simone Jar (servidora da EMPETUR e atualmente atuando como Coordenadora de Turismo da Administração de Fernando de Noronha) fazer a apresentação do PowerPoint com todas as informações sobre o êxito da experiência na ilha, inclusive, detalhando o Decreto nº 063/2012, que normatiza a atividade com relação às posturas legais e documentação necessária ao funcionamento desse nicho de hospedagem. Segundo Simone, “utilizar residências de moradores para recepção e acolhimento dos turistas, propicia uma perfeita interação e troca de vivências entre eles”. Prosseguindo, esclareceu que o “processo de certificação das ‘hospedagens domiciliares’ em Fernando de Noronha teve início em 2004, com aplicação da primeira matriz de classificação”. Ainda segundo ela, “à época foram criadas categorias cujo símbolo, ao invés das tradicionais estrelas, destaca o ‘golfinho’, podendo a classificação atingir, no máximo, três golfinhos”.

Mais um CASO DE SUCESSO do Bora Pernambucar, esclarecedor e muito interessante, cuja experiência exitosa de Fernando de Noronha pode ser aplicada em outras localidades onde existam carências de meios de hospedagens, como também em localidades com boa estrutura hoteleira, porém, não suficiente para atender a demanda em períodos específicos como o carnaval, São João, festas de turismo religioso e datas de alta demanda como a semana santa e de final de ano (natal e ano novo), dentre outras.

OTIMISMO DA BRAZTOA – Apesar do volume de faturamento ainda estar aquém do praticado antes da pandemia, na média dos 25%, uma percepção com viés mais positivo começa a ganhar força entre as operadoras de turismo, principalmente por conta do maior interesse do consumidor em adquirir ou planejar viagens. Uma expectativa de melhora no ambiente de negócios do turismo, para o segundo semestre de 2021, foi percebida em uma pesquisa recente realizada pela BRAZTOA (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo).

Segundo matéria divulgada no site do DIÁRIO DO TURISMO (diariodoturismo.com.br), 71% das operadoras relataram que foram procurados por turistas vacinados, sendo que 29% das viagens comercializadas para esse público ocorrerão já em julho e 47% estão programadas para o segundo semestre deste ano. Outro fato que merece destaque é que 82% das operadoras acreditam que a aprovação da Coroava pela OMS trará efeitos positivos para o turismo já no segundo semestre de 2021. “O mercado ganhou novos contornos neste período pós-pandemia e a noção do quanto somos interdependentes ficou ainda mais perceptível. Os destinos e os empreendimentos investiram em equipamentos, processos e treinamentos para receber bem os viajantes e estes, sabem que a segurança deles e das pessoas locais dependem de sua atitude de respeito aos protocolos sanitários também”, afirma Roberto Nedelciu (foto), presidente da BRAZTOA.

SÃO JOÃO EM CASA – O Prefeito de Arcoverde, Wellington Maciel, anunciou nesta quinta-feira (24/06), ao lado dos Secretários Municipais de Desenvolvimento Econômico Turismo e Eventos (Antônio Gibson Siqueira – Bibo Baiaca) e de Cultura e Comunicação (Juliana Aguiar), a lista com os artistas e grupos selecionados no Edital de Credenciamento e a Programação das apresentações artísticas virtuais do São João On-line de Arcoverde 2021. Ao todo, foram classificados 13 grupos culturais, 23 cantores e cantoras, além de 24 selecionados envolvendo as categorias de poetas e músicos instrumentistas do município.

As lives começaram sexta-feira (25) e seguem até o domingo (27), com transmissões pelo canal da Prefeitura de Arcoverde, disponível no YouTube: http://youtube.com/channel/UCGe3pqIRsy3yiimm7jNuUhg.

De acordo com os organizadores (SEDETE e SECULT), a programação acontece ao vivo, diretamente de pontos como a Estação da Cultura, SESC Arcoverde, Centro de Gastronomia e Artesanato (CGA) e o Cecora. Para o Prefeito Wellington Maciel, “esse evento no formato on-line pretende divulgar as manifestações culturais e, de forma especial, a cultura popular de Arcoverde, adaptando o ciclo junino ao distanciamento social, face à pandemia da covid-19”. Ainda segundo Wellington, “também se trata de uma forma de prestigiar os artistas e grupos locais neste período tão desafiador, aproveitando a oportunidade para mostrar a beleza artística e cultual de Arcoverde para os turistas, excursionistas e visitantes que, com certeza, ano que vem, sem pandemia se Deus assim o permitir, voltará a lotar as ruas e os polos da melhor e mais criativa festa junina do Nordeste, incrementado a atividade turística e aquecendo a economia de nossa cidade”, concluiu o Prefeito. (Artes e fotos das redes sociais da Prefeitura de Arcoverde).

SAINDO DO FORNO…
BRASIL REELEITO

Saindo do forno a informação do Ministério do Turismo (MTur), de que o Brasil foi reeleito para representar a região das Américas no Conselho Executivo da OMT (Organização Mundial do Turismo). Com isso, o país continua a integrar um seleto grupo de nações que conquistaram uma cadeira na direção da entidade, podendo liderar a agenda da recuperação do setor no pós-pandemia.

A Organização Mundial de Turismo (OMT) é uma agência especializada das Nações Unidas responsável pela promoção do turismo. Com isso, o Brasil, através do Ministério do Turismo (MTur), participa das discussões e da definição dos planos de recuperação e retomada do turismo mundial, liderando a agenda na região das Américas até 2025. A indicação foi anunciada nesta sexta-feira dia 25/06, após uma votação com 24 países durante a 66ª Reunião da Comissão Regional da OMT para as Américas.

“Acredito que é um reconhecimento às políticas adotadas pelo nosso Governo em apoio ao setor de turismo para reduzir os efeitos da Covid-19. As ações envolveram desde a flexibilização de salários e jornadas de trabalho (MP 936); à regulamentação das relações de consumo no segmento (MP 948) e à garantia de R$ 5 bilhões para capitalizar empreendimentos do setor com taxas e prazos diferenciados (MP 963) por meio do Fungetur”, exemplificou o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto.

O Conselho Executivo da OMT se reúne duas vezes por ano e é integrado por ministros das seis comissões regionais da OMT (Américas, Europa, África, Oriente Médio, Ásia-Pacífico e Sul da Ásia) em que se dividem os 159 Estados-membros. (Com informações da SECOM do Ministério do Turismo)

O que dizem os especialistas?
“O mercado ganhou novos contornos neste período pós-pandemia e a noção do quanto somos interdependentes ficou ainda mais perceptível”. (Por Roberto Nedelciu presidente da BRAZTOA – Associação Brasileira das Operadoras de Turismo).

– Sobre o autor da coluna:
– ALBÉRICO PACHECO DE ALBUQUERQUE é formado em Administração de Empresas e pós-graduado em Planejamento Estratégico do Turismo. Trabalhou no Cinema Bandeirante (o saudoso Gigante da Praça da Bandeira) de 1975 a 1977; no Banco do Estado de Pernambuco (BANDEPE) entre 1977 e 1996 e na Prefeitura de Arcoverde entre 1997 e 2020, onde ocupou os cargos de Secretário de Finanças, de Finanças e Administração, de Desenvolvimento Econômico e Turismo, de Diretor de Turismo e Eventos e de Secretário de Turismo e Eventos, durante as gestões Rosa Barros, Zeca Cavalcanti e Madalena Britto.