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Coluna JPS POLITICANDO – Cenas lamentáveis na Casa James Pacheco

Política

Coluna JPS POLITICANDO – Cenas lamentáveis na Casa James Pacheco

Edição n°08, sábado 18 de dezembro de 2021

No rígido código ético moral sertanejo, só existem dois motivos para briga entre os homens: ouro ou saia. Ao que se sabe até agora, nenhum destes dois motivos foi a causa do agudo pugilato verbal ocorrido entre o Presidente da Câmara e o Líder do Governo durante a última sessão. Para efeito de justiça, fatos como aqueles não são privilégios do legislativo aqui de Arcoverde, mas, infelizmente comuns em muitas casas legislativas por aí a fora e até mesmo na nossa Câmara Alta. Também não será justo resumir e apequenar a vida parlamentar dos dois principais envolvidos considerando apenas esse ato, afinal, até o mais brilhante dos homens tem lá os seus dias de escuridão.

Porém, aqui vai um alerta para o cuidado com a imagem deste Poder e não é todo sem sentido a grande indisposição do eleitorado em votar em vereadores, isso a cada ano demonstrado explicitamente através do enorme índice de abstenção ou mesmo na inapetência de bons cidadãos em colocarem o seu nome como opção no pleito. Se reparos não forem feitos, não tardará o dia que o contribuinte se dará conta que a Câmara de Vereadores não compensa o gasto, então, meus queridos vereadores, cuidado.

Nas imagens premeditadamente editadas ou na integra, duas palavras se destacam: “ciúme” e “mestiço”. Ora, quem faz política o sabe muito bem que a acusação de ciúmes no microcosmo político não tem nenhuma correlação com o ciúme comum das relações de afeto entre um homem e uma mulher. Atribui-se ao ex Presidente do PT José Eduardo Dutra a famosa e assertiva frase “Na política, todo mundo é ciumento.

Aliás, ciúme de politico é pior que ciúme de mulher”, logo, sofrer a acusação de enciumado na política não é motivo de desonra a ninguém. Sobre o vocábulo “mestiço”, segundo os melhores dicionários significa: 1. diz-se de ou pessoa que descende de pais de etnias diferentes; 2. diz-se de ou animal nascido do cruzamento de espécies diferentes. Vê-se logo que a acusação de homofobia a que tentam impingir ao líder do governo não encontra amparo no vernáculo e nem tão pouco na história de militância política de Luciano Pacheco, onde por diversas vezes atuou em favor não apenas da comunidade homoafetiva, mas também de diversas outras minorias. Se os detratores de Luciano tivessem ido ao Aurélio, teriam se apercebido que a acusação de racista, seria mais próxima que a de homofobia, mas, como vemos o horror aos dicionários só não é maior que a ignorância.

No pano de fundo desta querela há os movimentos erráticos do Presidente da Câmara que na mesma quinzena em que visita o prefeito na sede da prefeitura acompanhado de um vereador da bancada de oposição, sob a justificativa de estreitar as relações afim de uma pauta comum entre os dois poderes no interesse da cidade e na sessão seguinte cria entraves ao encaminhamento desta mesma pauta, isso, convenhamos é não é lá muito apaziguador.

Vai aqui mais um conselho ao nosso querido prefeito: nem toda reunião necessita de registro fotográfico. Pode até não parecer mas a política tem um ritual próprio e toda uma regra de etiqueta, com adversários e com aliados. Para os dois principais envolvidos vai aqui um lembrete importante: ambos descendem de ex vereadores e ninguém aqui em Arcoverde recorda de haver assistido uma única vez alguma cena de tamanha destemperança protagonizadas pelo Sargento Siqueira ou do saudoso Jairo Pacheco. Então, meus nobres vereadores, exemplos em casa é o que não lhes faltam. Olha o decoro!

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