Campanha de Berg Gomes em Carnaíba é Acusada de Discriminação de Gênero Contra Ilma Valério

Em uma representação especial apresentada na 98ª Zona Eleitoral de Carnaíba, a coligação “Todos por Carnaíba”, denunciou um caso de violência política de gênero e disseminação de fake news contra a candidata à prefeitura, Ilma Valéri. A denúncia é centralizada em eventos que ocorreram no dia 2 de outubro de 2024, durante um comício organizado pelo candidato Berg Gomes.

De acordo com a representação, uma boneca infantil foi exibida nas ruas da cidade por apoiadores de Wamberg, em um ato de zombaria que visava desqualificar e ridicularizar a candidata. A boneca foi utilizada para associar características de fragilidade à imagem de Ilma, reforçando estereótipos negativos sobre a presença de mulheres na política. O documento destaca que essa ação foi parte de uma estratégia contínua de descredibilização da candidata, baseada exclusivamente em sua condição de mulher, configurando um claro caso de discriminação de gênero.

A violência política de gênero contra Ilma não teria se limitado a essa única encenação. A campanha adversária também foi acusada de utilizar jingles ofensivos e disseminar fake news, alegando falsamente o envolvimento da candidata em escândalos de corrupção e fraudes. A representação afirma que tais ações visam influenciar negativamente a percepção pública sobre Ilma, sem qualquer respaldo jurídico, violando assim a legislação eleitoral.

A discriminação de gênero no contexto político é uma questão grave, especialmente em pequenas localidades como Carnaíba, onde a estrutura social tradicional torna ainda mais difícil a inserção de mulheres no espaço público. A candidatura de Ilma, a primeira mulher a concorrer à prefeitura em 70 anos de emancipação política do município, é um marco de renovação e igualdade de gênero. Entretanto, a representação enfatiza que o ambiente hostil criado por esses ataques misóginos reforça barreiras estruturais e desincentiva a participação feminina na política.

A defesa de Ilma alega que as práticas de Berg Gomes e sua coligação extrapolam o campo de disputa democrática, utilizando de ataques pessoais e campanhas de difamação. O processo pede que a Justiça Eleitoral atue com firmeza, aplicando as devidas sanções para garantir um pleito justo e que respeite a dignidade de todos os candidatos, independentemente de seu gênero.