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Ex-Candidata a vereadora do PP diz que sofreu “violência política de gênero” em Arcoverde

Política

Ex-Candidata a vereadora do PP diz que sofreu “violência política de gênero” em Arcoverde

Uma das duas mulheres do Partido Progressista que renunciaram à sua candidatura a vereadora na última sexta-feira (20) em Arcoverde, Nayara Siqueira, revelou que sua saída é fruto da violência psicológica que sofreu nos últimos meses dos dirigentes do PP e do prefeito Wellington Maciel (MDB) para manter a sua candidatura. Ela revela que foi ameaçada em não permanecer no emprego devido a desistência feita na semana passada.

“Eu nunca quis ser candidata. Meses atrás fui convidada pelo presidente do partido, Paulinho; e o prefeito Wellington, pra ser candidata do PP. Daí eles me prometeram a permanência no meu cargo, a permanência no meu emprego, e o apoio, a verba partidária. Daí então se passou e não recebi nem apoio, nem a verba partidária. Tentei várias vezes conversar com o prefeito e com o presidente do partido, Paulinho, e cheguei a ser ameaçada pra não permanecer no meu emprego por causa da minha desistência”, revela ela em vídeo postado em suas redes sociais.


Nayara Siqueira revela ainda em seu post que diante dos fatos, apresentou denúncia no Ministério Público com o n. 1383506, com o fim de que os “fatos sejam devidamente apurados e esclarecidos e seja feita a justiça a todas as mulheres que igual a mim estão sofrendo violência política de gênero”.

Na última sexta-feira (20), renunciaram às candidaturas o ex-secretário de Saúde, Isaac Sales; a ex-secretária Executiva de Saúde, Telma Jeane; Junior Mendes e Nayara Siqueira. Todos disputavam uma vaga na Casa James Pacheco pela legenda progressista, mas alegaram falta de apoio partidário para prosseguirem com a campanha. A renúncia não tem volta legal, é fato consumado.

Após a renúncia, a ex-candidata recebeu inúmeras ligações dos dirigentes do PP Arcoverde, além de pressão por parte do governo municipal que hoje apoia a candidatura do ex-deputado federal Zeca Cavalcanti, do Podemos. Antes de registrar a candidatura e abrir dissidência, Nayara e os demais candidatos do PP estavam sendo pressionados a apoiar a candidatura de Zeca e Siqueirinha. A questão do emprego era a principal forma de assédio moral e político que vinha sendo praticado.

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