Política
Pesquisas X movimentos políticos. Há algo estranho no ar.
Por Djnaldo Galindo
Ao analisar os resultados das últimas três pesquisas realizadas aqui em Arcoverde mês passado, fui um dos poucos a expôr publicamente alguns questionamentos dada a discrepância nos números entre elas, que haviam sido realizadas praticamente no mesmo intervalo de tempo, sem que houvesse algum fato político justificasse tamanhas diferenças.
Em política os gestos valem mais que as palavras e no teatro da campanha que se aproxima, assistimos a suposta liderança folgada de Zeca diluir a partir da análise da lógica mais elementar. É sabido do meio político que grande parte dessas lideranças que a partir de desistência de LW, também entraram em negociações com Dona Madalena, onde os termos, ou melhor a fatura, não chegou a termo por se entender que a entrega não valeria ao ônus aos riscos envolvidos de uma associação ao atual prefeito.
Sem nenhuma surpresa, não sendo atendidos na maioria das suas pré condições, caíram nos braços do ex-deputado. Mais uma vez o movimento daquele que supostamente lidera com folga as pesquisas entra em contradição em si mesmo, afinal, cooptar novas adesões de figuras conhecidas no meio político pelo alto grau fisiologismo e pragmatismo não é a estratégia ideal para aquele que está na frente e com “folga”. Receber adesões nessas condições é abdicar de uma perspectiva futura de poder e de poder não se abdica, ao menos que todo o poder esteja em risco ou se na realidade ele não seja tão factível assim a três meses das eleições. Pelo amplo leque de alianças que está fazendo e uma vez saindo vencedor nas eleições de outubro, que poder ainda restará a Zeca?