Política
Santa Maria da Boa Vista: A Perseguição Política Renascida
Santa Maria da Boa Vista, outrora pacata e idílica, agora é palco de um drama político de dar inveja às novelas mexicanas. Os moradores estão denunciando uma antiga conhecida: a perseguição política no processo seletivo da prefeitura.
Rodrigo Gilberto, um dos protagonistas dessa tragédia moderna, utilizou suas redes sociais para revelar que, apesar de aprovado no processo seletivo da Prefeitura Municipal, foi designado para trabalhar a estonteantes 50 km de distância de sua residência. Para os desavisados, isso pode parecer apenas um inconveniente, mas o enredo é mais intrincado.
Segundo Rodrigo, há vagas na escola de sua comunidade. No entanto, esses cargos são ocupados por indivíduos indicados politicamente. Meritocracia? Parece que em Santa Maria é um conceito tão raro quanto neve no sertão.
Essa prática de perseguição política não é novidade por lá. No passado, a transferência forçada era a arma preferida dos poderosos para punir os dissidentes. Esse ciclo de vingança política era quase uma tradição, até que Humberto Mendes assumiu a gestão em 2017. Mendes, com um sopro de modernidade, aboliu essas táticas arcaicas, ganhando o respeito dos concursados e promovendo uma democracia mais saudável.
Mas, como em todo bom filme de terror, o monstro parece estar de volta. Redes sociais estão fervilhando com denúncias de perseguições contra aqueles que se declaram eleitores de candidatos de oposição. Incluindo, claro, Humberto, agora opositor e candidato novamente, que enfrenta as mesmas práticas que um dia ele baniu.
E o drama não para por aí. Fernanda Rodrigues, outra aprovada no processo seletivo, foi designada para trabalhar no Projeto Frugêncio, a 60 km de onde mora. Coincidência? Ou mais um capítulo dessa novela de intriga política?
Os aprovados, indignados, usam as redes sociais para denunciar essas práticas mesquinhas, ressuscitadas dos tempos dos antigos coronéis. A política de Santa Maria da Boa Vista está tão acirrada que só falta um narrador com voz grave para contar esta história de poder e vingança.
Será que a democracia pode sobreviver a mais esse golpe?