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Coluna JPS Turismo & Eventos

Turismo

Coluna JPS Turismo & Eventos

Edição 56 – Ano II – Sábado, 02 de abril de 2022.

Deus ainda é brasileiro, apesar de tudo!

O Turismo Cinematográfico é um dos segmentos mais importantes da atividade turística e um atrativo muito demandado por turistas do mundo inteiro, que viajam em busca de cidades e/ou regiões que se tornaram ícones da cinematografia – a exemplo de Hollywood (Los Angelis-Califórnia-USA), aclamada como a capital mundial do cinema, de Cannes (França), Barcelona (Espanha), Sidney (Austrália) e Hong Kong (China), dentre outras – ávidos por conhecer estúdios e/ou sets onde filmes históricos e emblemáticos foram produzidos, além das cidades, regiões e fatos marcantes neles narrados. No Brasil um dos filmes que marcou história foi DEUS É BRASILEIRO, do cineasta Cacá Diegues, filmado em 2003 e tendo como cenário belas regiões do Estado de Alagoas, dentre elas a da foz do Velho Chico, local onde o combalido curso d’água do maltratado “rio da integração nacional” tenta embrenhar-se – e praticamente é barrado – na imensidão do Oceano Atlântico. E este fato veio-me à memória no exato momento em que me deparei com a excelente entrevista realizada pelo jornalista e escritor alagoano Carlos Nealdo (dentre suas obras está o livro “O Pianista do Silencioso”. Veja detalhes no final desta matéria), publicada nas páginas do Jornal Gazeta de Alagoas (www.d.gazetadealagoas.com.br/caderno-b), com o cineasta Cacá Diegues, sobre os preparativos para o novo filme e espécie de Spin-Off (filme saído dos mesmos personagens, das mesmas situações, mas que não é uma continuação) de “Deus é Brasileiro” e que será intitulado de “DEUS AINDA É BRASILEIRO”. E considerando o excelente conteúdo e importante contribuição da entrevista para o turismo cinematográfico, resolvi aproveitar este espaço e publicá-la na integra. Veja:

“Em 2003, quando lançou Deus é Brasileiro, seu 16º longa-metragem, o cineasta alagoano Carlos Diegues retratou um Brasil feliz. Éramos a quinta maior economia do mundo e ainda nos orgulhávamos de ser o País do Futebol. Nem passava pela cabeça do mais pessimista dos brasileiros que seríamos derrotados pela Alemanha numa Copa do Mundo — disputada em casa — por um placar tão elástico. Tanta felicidade fez com que Deus escolhesse o País para encontrar um substituto. Afinal, ele queria tirar férias, e desejava que um brasileiro ocupasse seu lugar. O tempo passou, as coisas mudaram, o cineasta tocou outros projetos — entre eles O Grande Circo Místico, seu último filme, baseado em um poema do também alagoano Jorge de Lima — e Deus parece ter dado um tempo nas questões bazucas. Até que, quase vinte anos depois, Diegues olhou para trás e decidiu se reencontrar com o Todo Poderoso. Surgiu a ideia de fazer uma continuação de Deus é Brasileiro, que ele prefere chamar de Spin-Off, termo utilizado para designar aquilo que foi derivado de algo, sem necessariamente ser uma continuação dele. “Não sei explicar direito porque quero fazer o filme”, diz o cineasta, prestes a fazer 82 anos, sobre Deus Ainda é Brasileiro, seu novo projeto. O filme, que está em fase de pré-produção e deverá ser rodado em Alagoas a partir de outubro, tentará mostrar o que aconteceu com a civilização brasileira nas últimas duas décadas. A ideia para o longa surgiu durante a pandemia de Covid-19. Nesse período, o cineasta trabalhou o roteiro, que está no quarto tratamento — jargão utilizado no cinema para designar uma nova versão, no caso, a quarta. “Terminei o roteiro em plena pandemia, mas não tinha como filmar, porque poderia matar toda a minha equipe”, diz.

Para contar a história de Deus Ainda é Brasileiro, Carlos Diegues convidou o amigo de infância e escritor alagoano Carlito Lima, que assina o filme como co-roteirista. “Ele foi muito útil porque me ajudou muito no roteiro, me deu muitas ideias de personagens”, diz sobre o amigo, que flagrou o primeiro beijo da vida do cineasta, dado numa moça que ele não lembra o nome, no coreto da Avenida da Paz. “Até hoje o Carlito me sacaneia com essa história”, brinca. Nesta entrevista, concedida na quinta-feira (23/03), no Teatro Deodoro, antes do cineasta ser homenageado com o lançamento do livro O Imaginário de Cacá Diegues na Construção de uma Estética Alagoana, de Edson Bezerra e Luiz Fernando Guimarães, ele fala do que mudou nesses últimos vinte anos, como Deus enxerga o futuro do País e o porquê de Deus ainda insistir em ser brasileiro:

CADERNO B — Quase 20 anos depois, você revisita Deus é Brasileiro, num período completamente diferente do que era o País em 2003, quando o filme foi lançado. Qual o motivo de fazer esse retorno à obra?

CACÁ DIEGUES — Não sei explicar direito porque quero fazer o filme. Para mim é muito difícil explicar. Mas eu posso dizer o que o filme é. Vinte anos antes, Deus visitou um País que tinha a quinta maior economia do Ocidente, era pentacampeão mundial de futebol, e as pessoas estavam felizes. De repente, ficou todo mundo triste, desempregado, sem dinheiro. Depois que o Brasil perdeu de 7 a 1 para a Alemanha [em partida válida pelas semifinais da Copa do Mundo de 2014], o que houve? Então, vinte anos depois, Deus vem ver o que aconteceu. Essa é a ideia do filme. Na verdade, costumo dizer que o filme é uma comédia cívica. Não se trata de uma continuação de Deus é Brasileiro, mas de um Spin-Off. É um filme saído daqueles personagens, daquelas situações, mas que não é uma continuação.

Por quê?

Porque é um filme que fala da situação que o Brasil vive hoje, do que vai acontecer e do que pode acontecer. Em Deus é Brasileiro, Taoca, o personagem de Wagner Moura, era uma espécie de anti-herói picaresco, como o Lazarillo de Tormes, Dom Quixote e, trazendo para o cenário nacional, o João Grilo de Ariano Suassuna.

Taoca sobreviveria nesse Brasil atual?

Não. Tanto que ele não está no filme. O filme começa justamente com o funeral dele. Acho que Taoca é um personagem daquele tempo, de vinte anos atrás. Hoje em dia o Taoca não cabe mais porque a gente não pode mais brincar com o que está acontecendo. O Brasil está sendo destruído, não é verdade? E o Taoca é um personagem que serve para um momento de alegria, de entusiasmo, embora esse filme não seja um filme triste. Ele traz uma perspectiva de esperança na civilização brasileira. Na verdade, Deus quando volta para o Brasil, está em dúvida se vale a pena insistir na civilização humana. E ele chega à conclusão de que vale a pena sim, justamente por causa do Brasil. Então trata-se de um filme positivo, cheio de esperança. Mas não é um filme para o Taoca.

A ingenuidade dele não tem espaço no cenário atual?

Hoje não dá mais. Infelizmente, hoje não dá mais. No filme de 2003, Deus estava cansado da humanidade, daí a necessidade de tirar férias. Deus suportaria a humanidade atual, com tantos haters tendo poder de fala graças às redes sociais? Essa é uma questão que o filme trata. Claro que hoje Deus tem dificuldade de conviver com a civilização humana. Até pra Deus está difícil. Mas, de qualquer maneira, esse é um dos temas do filme: será que ele aguenta? Eu acho que ele vai aguentar, porque vai tentar resolver o problema. Quer dizer, não é tentar resolver o problema, porque ele sabe que não conseguirá, mas ele vai perceber que criou uma humanidade que é feita a sua imagem e semelhança e ele tem certa instabilidade com o personagem.

E por que Deus ainda não desistiu do Brasil?

Deus não desistiu não Brasil porque eu ainda não desisti. No fundo [o filme] é o meu interesse pelo Brasil, minha vontade de que o País dê certo.

Você diz que Deus Ainda é Brasileiro não é uma continuação, mas um Spin-Off. Entretanto, esta é a primeira vez que você revisita uma obra sua. Por que escolheu exatamente Deus é Brasileiro?

Não sei te dizer. Hoje você não se sabe como um filme nasce. São tantas ideias que surgem que você acaba escolhendo uma. Por que você escolheu exatamente essa? Não sei.

Você convidou o escritor alagoano Carlito Lima para escrever o roteiro de Deus Ainda é Brasileiro com você. Como surgiu essa parceria?

Carlito é meu amigo de infância. Vivemos nossa infância juntos, na Avenida da Paz. A gente jogava futebol na praia. Outro dia me lembrei que passei com ele pelo Coreto [da Avenida da Paz] e me lembrei que o primeiro beijo que eu dei na minha vida foi ali. Não me lembro mais em quem foi, não sei o nome da moça, mas o Carlito até hoje me sacaneia com essa história. Ele foi muito útil porque me ajudou muito no roteiro, me deu muitas ideias de personagens. Deus Ainda é Brasileiro é um desses filmes de viagem, na verdade, porque o filme não para em um determinado lugar. Deus passa por vários lugares. E nesses vários lugares se fala de várias coisas. Cada lugar que ele passa é um problema diferente. Em um tem uma pessoa que está triste, abandonada; noutro tem um revolucionário; noutro tem um inconformista. Então essa viagem é que faz a ideia do filme.

Deus acredita em terraplanismo?

Não (risos). Ainda não. Deus é um pouco mais malandro e mais esperto do que isso.

Talvez você seja hoje o maior representante vivo da cultura alagoana no Brasil e no mundo. Alagoas está muito presente nos seus filmes, seja nos temas ou nas locações. Isso vem desde Ganga Zumba, passado por Joanna Francesa e se estendendo até O Grande Circo Místico, seu último trabalho, baseado no poema do alagoano Jorge de Lima. Como é essa relação com Alagoas?

É muito profunda. Eu não sei explicar direito, porque eu saí daqui com seis anos de idade. Fui com meu pai, que ia trabalhar no Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo, meus pais odiavam o Rio, achavam a cidade horrível, então todo verão nós voltávamos para Maceió. Chegava antes do Natal e só voltava para o Rio depois do carnaval. Então passei minha infância e adolescência toda ainda em Maceió. O Rio era o lugar do trabalho, e Maceió o lugar do prazer, da diversão, da cultura. Isso é indispensável na minha vida. Tudo o que eu sei de cultura, de prazer de viver, eu conheci em Maceió. Eu dei sorte, porque minha mulher [a produtora Renata Almeida Magalhães] adora Maceió. Eu brinco dizendo que que ela gosta mais da cidade do que eu. Então eu volto pelo menos uma vez por ano a Maceió. Posso te dizer que não tenho mais nada a ver com a cidade, mas ao mesmo tempo tenho. Porque também aconteceu o seguinte: a casa dos meus pais no Rio era uma espécie de embaixada de Alagoas. Todos os alagoanos que iam para o Rio de Janeiro passavam por lá, ou para almoçar ou até para se hospedar. Eu posso dizer que minha vida sempre esteve cercada de Alagoas, sobretudo pela cultura alagoana.

Qual é a relação da sua obra com a política?

Eu já disse isso e vou repetir: o artista tem sempre problema com o poder político, porque a política é aquela coisa de acomodação, e a arte não é. Pelo contrário: a arte é a criação de um mundo novo. Na política nem sempre é um mundo novo que você está criando. Política é sempre uma maneira de você arranjar as coisas. Tanto que o político discursa para o público dele, enquanto o artista cria para que o público não goste e reaja de uma maneira que faça ele pensar. Acontece que até hoje, eu nunca tive uma experiência com o poder brasileiro — seja em qualquer governo — que fosse fácil. Tem sempre uma disputa. Mas você sempre encontra um jeito de chegar a um acordo. Com esse governo não, porque ele não quer que a cultura exista. Então você está lutando contra algo que quer acabar com você, e isso é muito difícil. Acho que a diferença básica é essa: enquanto nos outros governos você tinha certa dificuldade, mas acabava encontrando um jeito de contentar as duas partes, esse não tem jeito. Estamos vivendo uma tragédia.

E por que Deus Ainda é Brasileiro?

Porque é o lado otimista do filme. Porque, apesar de tudo, Deus ainda é brasileiro, ou seja, as coisas ainda podem acontecer. Que é o que acontece no filme. O filme não é pessimista. Como falei, trata-se de uma comédia cívica, é algo que você trata com uma certa graça, com certo humor aquilo que é uma tragédia. E é isso o que está acontecendo no Brasil. Mas você pode sair disso. E o filme pretende dar esperança às pessoas, para elas saberem que podem sair disso. Uma das hipóteses de Deus estar no Brasil e não na Inglaterra ou em outro planeta, por exemplo, é que ele está de saco cheio da civilização humana, ele acha que errou. De repente ele descobre que não errou, e quem dá essa pista a ele é o Brasil, que tem um potencial bacana para a criação de uma civilização muito mais humana, muito mais criativa. Não sei se isso vai acontecer, porque depende muito da política, dessa coisa toda que não sei como vai ficar”.

CARLOS NEALDO (foto) nasceu em Arapiraca, interior de Alagoas, em agosto de 1970. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas, vive em Maceió desde 1991, onde exerce com competência e reconhecimento sua profissão. Como profissional de jornalismo já passou por várias editorias, entre elas: Cultura, Política e Polícia. Como milhares de pessoas em todo o mundo, escolheu a literatura para reverenciar a sétima arte e o “Pianista do Silencioso” foi seu primeiro livro. O livro narra um período que vai de 1917 (quando é inaugurado o Cinema Rio Branco, no interior de Pernambuco) a 1934 (ano que o primeiro filme falado é exibido na então cidade de Rio Branco, atualmente Arcoverde). Nesse período, segundo Carlos Nealdo, “a magia de uma arte que tem mais de 100 anos serve para traduzir as emoções, conflitos e histórias de uma gente simples que se identifica como os dramas e comédias de astros consagrados pela sétima arte. Uma arte que ainda hoje é utilizada como instrumento de sonhos, afinal, é para isso que existe e serve o cinema”. O Livro Pianista do Silencioso teve a primeira edição publicada em 2007, pela Editora UFAL, com prefácio do cineasta alagoano Cacá Diegues.

LOLLAPALOOZA – Primeiro grande evento após a retirada da obrigatoriedade do uso de máscaras em São Paulo, o festival de música Lollapalooza Brasil, realizado no último fim de semana (entre 25 e 27/03), movimentou cerca de R$ 421,8 milhões na economia da cidade de São Paulo. Cerca de 302 mil pessoas participaram do evento no Autódromo de Interlagos durante o seu período de realização. O valor calcula o total gasto com despesas de produção, montagem, patrocínios e gastos como alimentação, hospedagem, transporte, compras de artistas e turistas. Só os turistas gastaram R$ 123 milhões durante o período de evento.

Os dados divulgados na terça-feira (29) pelo OBSERVATÓRIO DE TURISMO E EVENTOS da São Paulo Turismo (SPTuris) – órgão da Prefeitura da cidade de São Paulo – ressalta a importância de eventos de entretenimento para a capital paulista. Também foi traçado um perfil daqueles que compareceram ao festival: 53,2% dos frequentadores são de fora da cidade, sendo a maioria do interior de São Paulo, seguido do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. Os turistas ficaram, em média, 4,2 dias na cidade. O impacto foi positivo para a cidade e 97% do público apoia que a Prefeitura continue dando suporte ao evento. Nesta edição, artistas como Miley Cyrus, Dokas Cat, The Srokes, Anitta, Alessia Cara, Mano Brown, Pablo Vittar e Alok estiveram presentes. (Com informações do Portal da Rádio Bandnews – www.band.uol.com.br).

MELHORES DO MUNDO – A TripAdvisor lançou recentemente o ranking com as melhores praias do mundo. O Brasil encontra-se em três posições na lista das 10 melhores. Aliás, é o único país que aparece mais de uma vez entre todos os participantes. Vale destacar que a eleição se baseou na impressão dada pelos próprios turistas. Ou seja, quem usa as praias pelo mundo inteiro fornece a avaliação para a plataforma de turismo. De acordo com o site de viagens, os critérios analisados envolvem a quantidade e a qualidade das avaliações dos próprios turistas. No caso, trata-se dos usuários da plataforma que ficaram ativos entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2021. Portanto, o top 10 das melhores praias do mundo diz respeito às avaliações acumuladas durante o ano passado.

Vale destacar que as avaliações acabam interferindo diretamente no turismo litorâneo mundial. Afinal de contas, o TripAdvisor é uma das plataformas mais acessadas quando o assunto é a busca por passagens e hospedagem. No caso, as avaliações são consideradas imparciais, já que o serviço propriamente dito não é prestado pelo site. Ele apenas aglutina as ofertas em um único lugar para facilitar a vida do turista. Diante disso, já há algum tempo a plataforma é reconhecida como confiável em suas avaliações. Embora o Brasil apareça em três posições de respeito, o país não está presente no Top 3, ou seja, no pódio. O primeiro lugar vai para as Ilhas Turcas e Caicos, o segundo ficou com Cuba, enquanto a terceira posição é da Austrália. Por sua vez, o litoral brasileiro ocupa a 4ª, a 7ª e a 9ª posição na lista.

Confira todas a lista das “10 mais” TripAdvisor: 1 – Grace Bay Beach – Ilhas Turcas e Caicos; 2 – Playa de Varadero – Cuba; 3 – Turquoise Bay – Austrália; 4 – Quarta Praia – Morro de São Paulo, Bahia; 5 – Eagle Beach – Aruba; 6 – Radhanagar Beach – Índia; 7 – Baía do Sancho – Fernando de Noronha, Pernambuco (foto); 8 – Trunk Bay Beach – Ilhas Virgens Americanas; 9 – Baía dos Golfinhos – Praia da Pipa, Rio Grande do Norte; e 10 – Spiaggia dei Conigli – Itália. (Com informações do Portal de Notícias – www.editalconcursosbrasil.com.br).

MAIS …

PÁSCOA – Em nota enviada à redação do DT (Diário do Turismo) a CNC (Confederação Nacional do Comercio de Bens, Serviços e Turismo) adianta que as vendas no setor voltadas para o período da Páscoa deverão totalizar R$ 2,16 bilhões este ano, representando um aumento de 1,9% em comparação a 2021. Ainda assim, caso seja confirmada a previsão, o resultado ficará 5,7% abaixo do alcançado antes do início da pandemia de covid-19, em 2019 (R$ 2,29 bilhões). Ainda segundo a análise, a valorização do real viabilizou o aumento do volume de importação de chocolates, que avançou 8% (1,43 mil toneladas) em relação ao ano passado. A taxa de câmbio do produto mais consumido na data, que há poucos dias estava em 5,70 R$/US$, atualmente se encontra próxima aos 5,00 R$/US$, um recuo de mais de 12%. E, apesar de o número ainda estar aquém das 1,87 mil toneladas de chocolates importadas em 2019, antes da pandemia, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, avalia o avanço como positivo. “O volume de importação de produtos típicos costuma ser um importante indicativo da expectativa do varejo para a data. Ainda não alcançamos a recuperação plena, mas o crescimento mostra que seguimos no processo de retomada”.

Menos bacalhau e itens mais caros: outro item muito procurado nos dias que antecedem a Páscoa, o bacalhau, por outro lado, teve retração de 17% no volume de importações. Para o economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes, o recuo é uma estratégia do varejo. “É um indício de que o setor está apostando na melhor saída de produtos mais baratos a partir da aceleração dos índices gerais de preços”, avalia. Ainda assim, a cesta de bens e serviços, composta por oito itens tipicamente consumidos durante a celebração, deverá ficar 7,0% mais cara do que no mesmo período de 2021 (na média, para um IPCA-15 na casa de 10,5%), representando a maior alta desde 2016, quando a variação foi de +10,3%. Entre os produtos, bolos e azeite de oliva se destacam, tendo apresentado tendência de avanço de 15,1% e 12,6%, respectivamente, nos últimos 12 meses. “O reajuste da cotação de commodities, como o trigo, tende a afetar o preço de alguns alimentos, entre eles alguns típicos da Páscoa”, lembra o economista da CNC. (Com informações da Redação do DT – www.diariodoturismo.com.br).

PROJETO CULTURAL – De 02 (hoje) a 09 (próximo sábado) de abril, a cidade de Arcoverde, no Sertão do Moxotó, realiza a primeira edição do Projeto Arcoverde Arte em Toda Parte – Conhecendo Territórios. O projeto é uma produção da blogueira Amannda Oliveira e da Associação Cultural ComunicArte e tem o objetivo destacar os territórios culturais através de ações envolvendo os grupos, associações, coletivos culturais e pontos de cultura, além de artistas e projetos realizados nos mais diversos bairros da cidade. “O projeto vai acontecer em sete bairros da cidade de Arcoverde nas sedes dos grupos, associações, coletivos e projetos culturais, mostrando a riqueza cultural presente nos territórios. Existe muita arte sendo produzida nos bairros o ano inteiro, mais para conhecer essa riqueza, é preciso estar presente.”, destacou Amannda Oliveira.

A programação contará com exposições, rodas de conversa, oficinas, ações na feira livre, exibição de filmes de produtores arcoverdenses, vivências, feira de artesanato e empreendedorismo e apresentações musicais e culturais. O evento conta com o patrocínio da Secretaria de Cultura de Pernambuco, Prefeitura de Arcoverde, Sesc, Iluminar Produções, Zoom Personalizados Mãe e Filha Papelaria, dentre outros. A programação – muito bem elaborada, bastante diversificada e com viés multicultural – pode ser conferida nas redes sociais da Associação Cultural ComunicArte Arcoverde e no Blog Falando Francamente (by Amannda Oliveira).

DE BEM COM O TURISMO – A efetiva, eficiente e eficaz gestão do turismo no Município de Arcoverde, alinhada ao célere atendimento de todas as exigências do Ministério do Turismo no que se referem aos critérios, orientações e procedimentos para atualização do município no Mapa do Turismo Brasileiro (MTB) do Programa de Regionalização do Turismo (PRT), confirmou o que já era esperado: ARCOVERDE permanece no Mapa em 2022 e mantém sua destacada posição de município categorização B, ao lado de apenas outros 12 municípios dentre os 85 selecionados em Pernambuco para permanência e/ou inclusão nas 15 regiões Turísticas do Mapa no Estado. Uma posição relevante se observarmos que apenas dois municípios – Recife (Capital do Estado) e Ipojuca (Praia de Porto de Galinhas) – mantem-se na categoria A.

O processo de preenchimento do SisMapa (sistema online de envio de informações) teve início em fevereiro e se estendeu até os primeiros dias de março, com demandas que exigiam a comprovação da existência de órgão ou entidade municipal responsável pela pasta de turismo e existência de dotação orçamentária destinada ao turismo, por meio da apresentação da Lei Orçamentária Anual – LOA e do Quadro de Detalhamento de Despesa – QDD vigentes; além da comprovação da existência, no âmbito do município, de prestadores de serviços turísticos de cadastrados no Cadastur do MTur e do Conselho Municipal de Turismo (COMTUR), ativo e mediante a apresentação do ato normativo que o instituiu; da ata de posse de sua atual diretoria; e das atas das últimas reuniões realizadas, dentre outras exigências constantes da Portaria nº 41, emitida em 24 de novembro de 2021 pelo Ministério do Turismo (MTur)

O novo Mapa do Turismo Brasileiro, versão 2022, anunciado formalmente nesta segunda-feira dia 27 de março, no site oficial do Ministério do Turismo, registrou ao todo 2.542 municípios e 322 regiões turísticas. No Nordeste foram selecionados 585 municípios para 91 regiões turísticas e, em Pernambuco, 85 municípios foram ratificados e/ou incluídos para integrarem as 15 regiões turísticas. Segundo o site do Ministério do Turismo, entre fevereiro e março a plataforma SISMAPA recebeu 2.822 solicitações de atualização de dados ou de novos cadastros, efetuados por gestores municipais. Esses registros foram homologados pelos gestores estaduais de turismo e, posteriormente, validados pelo Ministério do Turismo. Assim, os 280 municípios que não foram incluídos nesta primeira etapa, ainda podem ajustar procedimentos ou complementar informações e integrar o Mapa do Turismo Brasileiro.

O MAPA DO TURISMO BRASILEIRO é um instrumento no âmbito do Programa de Regionalização do Turismo que define a área – recorte territorial – a ser trabalhada prioritariamente pelo Ministério do Turismo no âmbito do desenvolvimento das políticas públicas. Além disso, os municípios são categorizados no intuito de identificar o desempenho da economia do setor nos municípios a partir de cinco variáveis cruzadas em uma análise de cluster. Elas deram origem a cinco categorias (A, B, C, D e E) diretamente relacionadas à economia do turismo, sendo: a) Quantidade de Estabelecimentos de Hospedagem; b) Quantidade de Empregos em Estabelecimentos de Hospedagem; c) Quantidade Estimada de Visitantes Domésticos; d) Quantidade Estimada de Visitantes Internacionais; e) Arrecadação de Impostos Federais a partir dos Meios de Hospedagem. Informações sobre o MTB estão disponíveis no sitio eletrônico – www.mapa.turismo.gov.br. (Com informações da Secretaria de Turismo e Eventos de Arcoverde e artes 1 – Rafael Patrício e 2 – Internet).

SAINDO DO FORNO…

O MAIS NOVO TRABALH0 AUTORAL DO POETA FORROZEIRO GEORGE SILVA

O cantor, compositor, poeta e ator George Silva está em estúdio gravando o seu mais novo disco autoral. Viabilizado através da Lei Aldir Blanc, o disco Intitulado “Território Junino”, contará com 10 canções autorais inéditas e a produção do projetista Jean Carlos Farias. “Eu estou muito feliz em poder entrar em um estúdio depois desse período tão difícil de pandemia que todos vivermos e produzir um trabalho como este repleto da nossa identidade e com o nosso autêntico forró. E esse lançamento não poderia ser mais propício, onde temos a esperança da volta dos festejos juninos e dos eventos.”, comemorou George Silva.

George Silva tem origem Xucuru de Timbres, em Pesqueira, de onde vem grande influência na sua carreira, após vivências de vários anos nas atividades de teatro, na cultura popular e em programas de rádio AM no início da década de 1980 com o apoio do rádio de cabeceira de seu Pai, seu Bié. Têm parcerias com o mestre Cícero Gomes do Coco Trupe de Arcoverde, Assis Calixto do Coco Raízes de Arcoverde, Lirinha Cordel do Fogo encantado, Kleber Araújo, Betinho da Orquestra Oasis, Noé Lira e etc. Na bagagem o artista traz referências como Dominguinhos, Marines, João Silva, Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Trio nordestino, Assisam, Azulão, a embolada, a literatura de cordel e a cultura popular. O disco chega em breve através das principais plataformas digitais. Vale a pena conferir!

SERVIÇO:
Gravado no T.d. Studio Arcoverde,
Produção Musical: Daniel Melo
Técnico de gravação Thiago Araújo.
(Com informações e Imagem do Blog Falando Francamente – Amanda Oliveira).

O que dizem os especialistas…

“O volume de importação de produtos típicos costuma ser um importante indicativo da expectativa do varejo para período da Páscoa. Ainda não alcançamos a recuperação plena, mas o crescimento mostra que seguimos no processo de retomada”. (Do presidente da CNC, José Roberto Tardos, avaliando a expectativa de avanço positivo da atividade econômica e turística durante o período da Páscoa de 2022).

Sobre o autor da coluna:

  • ALBÉRICO PACHECO DE ALBUQUERQUE é formado em Administração de Empresas e pós-graduado em Planejamento Estratégico do Turismo. Trabalhou no Cinema Bandeirante (o saudoso Gigante da Praça da Bandeira) de 1975 a 1977; no Banco do Estado de Pernambuco (BANDEPE) entre 1977 e 1996 e na Prefeitura de Arcoverde entre 1997 e 2020, onde ocupou os cargos de Secretário de Finanças, de Finanças e Administração, de Desenvolvimento Econômico e Turismo, de Diretor de Turismo e Eventos e de Secretário de Turismo e Eventos, durante as gestões Rosa Barros, Zeca Cavalcanti e Madalena Britto.
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