Conectar com

Jornal Portal do Sertão

Bem Vindo! Hoje é Sexta-Feira, dia 22 de Novembro de 2024

Coluna JPS Turismo & Eventos

Turismo

Coluna JPS Turismo & Eventos

Edição 53 – Ano II – Sábado, 12 de março de 2022.

O BRASIL NO RELATÓRIO DO IPCC:
O QUE ESPERAR DO FUTURO DO ECOTURISMO NUM CENÁRIO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Ondas de calor, secas extremas, enchentes, perda de produtividade humana e agrícola, extinção de espécies e deslocamentos humanos forçados. O cardápio de impactos das mudanças climáticas no mundo – presentes e futuros – é extenso e preocupante. Com o Brasil não será diferente. A segunda parte do 6º Relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), divulgado na última semana, dedica grande espaço às regiões tropicais onde a prática do turismo ecológico está em franca ascensão e tem sido uma alternativa de geração de emprego e renda, atualmente. O relatório alerta: “a Amazônia e o Nordeste brasileiro são altamente vulneráveis às mudanças no clima”. Esta segunda parte do novo Relatório do IPCC trouxe não só o cenário de vulnerabilidades e consequências das mudanças climáticas para ecossistemas e pessoas, mas também as opções de adaptação a essas mudanças.

Para fazer a avaliação, o grupo de pesquisadores responsável pelo documento utilizou os diferentes cenários climáticos do IPCC, que incluem reduções drásticas de emissões, limitando a alta na temperatura global a 1,5°C ao longo deste século, até a manutenção das emissões nos níveis atuais, o que levaria a um aquecimento médio de 3,5°C ao redor do globo. Atualmente, o planeta já está 1,1°C mais quente e, segundo a primeira parte do Relatório, divulgada em agosto do ano passado, o aquecimento de 1,5°C será alcançado já na próxima década. Diante do fato o Portal ((o))eco (www.oeco.org.br), através da Jornalista, Professora e Pesquisadora CRISTIANE PRIZIBISCZKI (veja referências no final da matéria), fez um compilado dos principais impactos esperados para o Brasil, com base no relatório do Grupo II, entrevistas com autores e nos materiais divulgados sobre o assunto pelo Instituto Climainfo e Observatório do Clima. Veja um resumo:

Ondas de calor: O aumento da temperatura, associado à alta umidade, poderá ultrapassar os limites de sobrevivência. Se as emissões continuarem a aumentar, as mortes por calor no Brasil vão aumentar em 3% até 2050, e em 8% até 2090. Se as emissões de gases estufa forem rapidamente reduzidas, o aumento da mortalidade cai para 2%. Habitantes de grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, serão particularmente expostos a níveis perigosos de temperatura, devido aos efeitos da chamada ilha de calor.


Secas: No Nordeste, a redução de chuva, que já é pouca, pode chegar a 22%. Esse cenário de seca, combinado com aumento de temperatura de 3°C a 4°C, pode tornar a região semidesértica, caso os níveis de emissões se mantenham em patamares elevados. “Hoje já existem regiões no Nordeste onde a precipitação já caiu 20% e a temperatura média já subiu 2,4°C. Ao agravar a situação das mudanças climáticas, este quadro pode se tornar muito mais crítico para a sustentação de populações no nordeste brasileiro. O Brasil vai ter que pensar aonde e o que vamos fazer com os milhões de brasileiros que vivem no agreste nordestino e que pode ter sua capacidade de sobrevivência prejudicada naquela região”, explicou a portal ((o)) eco o pesquisador Paulo Artaxo, professor da Universidade de São Paulo (USP) e autor de um dos capítulos do relatório do IPCC.

O cenário de seca também vai afetar áreas maiores no sul da Amazônia. Até 2100, o aquecimento pode reduzir em 27% a vazão na bacia do Tapajós e em 53% na bacia do Araguaia-Tocantins. As secas na região amazônica, associadas ao desmatamento e queimadas, poderão transformar a floresta úmida em regiões de savana. A redução da precipitação nessas condições pode chegar a 40%, impactando de sobremaneira a circulação dos chamados rios-voadores, que levam umidade e chuvas da Amazônia para a região central e sudeste do país, diminuindo a pluviosidade geral de grande parte do Brasil. Além disso, a floresta Amazônica, o maior reservatório de carbono do mundo, pode se tornar um vertedouro, lançando parte dos 120 bilhões de toneladas de carbono contidas no bioma, o que agravaria ainda mais o efeito estufa. Tal situação já é verificada em porções do sudeste do bioma.

Enchentes: O IPCC também projeta um aumento no número de eventos de chuvas extremas, o que implica aumento na probabilidade de enchentes e deslizamentos de terra, como os verificados em Petrópolis no início de 2022. Os estados do Acre, Rondônia, Pará e o sul do Amazonas são citados como regiões que devem sofrer com aumento do risco de inundações mais frequentes e extremas. No país como um todo, a projeção é que a população afetada pelas enchentes dobre ou até triplique até o final do século, mesmo com o corte rápido de emissões.


Produção e economia: O IPCC projeta que a redução da capacidade de trabalho no Brasil será de 24%, principalmente na agricultura e também em setores como o do turismo ecológico, caso as emissões aumentem rapidamente. Se as emissões forem reduzidas rapidamente, essa redução na capacidade de trabalho cai para 9%. A renda média no Brasil também poderá ser 83% menor em 2100, do que seria sem a crise climática.

Impactos vindos de fora: Além dos impactos que as mudanças climáticas trazem dentro de seu território, o Brasil também será muito afetado pelos eventos extremos que acontecem em outros países. A crise climática vai atingir cadeias de abastecimento, mercados, finanças, o turismo e o comércio global, reduzindo assim a disponibilidade de bens no Brasil e aumentando seus preços, além de prejudicar os mercados das exportações do país.


Lições para o Brasil: O relatório traz duas grandes mensagens ao Brasil: A primeira delas é que é fundamental tratar a questão da mitigação das mudanças climáticas junto com a preservação da biodiversidade e também com a redução das desigualdades socioeconômicas. O relatório deixa claro que se deve tratar os três tópicos de maneira integrada para que sua chance de sucesso possa ser mais elevada. A segunda mensagem é que muito do relatório foca na produção de alimentos, da qual o Brasil tem uma dependência econômica enorme e o relatório deixa claro que a produção de alimentos pode estar muito comprometida com as mudanças climáticas, em particular nas regiões tropicais, como o Brasil. E isto implica em ter que pensar qual é o modelo de desenvolvimento econômico o Brasil quer implementar, porque a dependência extrema como se tem atualmente do agronegócio pode ser um tiro no pé da economia brasileira. A terceira e última parte do novo Relatório do IPCC, focada nas soluções para enfrentar as mudanças no clima, está prevista para ser publicada no começo de abril. A publicação final do 6º Relatório de Avaliação do Painel deve ocorrer no segundo semestre de 2022. Aguardemos, pois!

CRISTIANE PRIZIBISCZKI é Alumni do Wolfson College – Universidade de Cambridge (Reino Unido), onde participou do Press Fellowship Programme (2011), com o artigo “(Mis) Informed Cities? – The urban level of climate change as reported on the pages of UK prestige press: a case study of the websites of BBC News and the Guardian”. Já trabalhou para veículos como Valor Econômico e revistas da Editora Abril (freelancer) e desde 2007 colabora para ((o)) eco. Foi vencedora do Earth Journalism Awards (2009) em três categorias internacionais e do Prêmio Embrapa de Reportagem (2014).

CURSO DE INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS – Nossa amiga e colaboradora da coluna, Gigi Santos, nos envia matéria publicada no portal da CNM (Confederação Nacional de Municípios), informando que estão abertas as inscrições para o curso básico de Indicações Geográficas. A capacitação, segundo o texto da matéria, será uma oportunidade para compreender os conceitos das Indicações Geográficas, sua base legal enquanto ativo de Propriedade Intelectual, características e o potencial como instrumento de desenvolvimento territorial no contexto dos produtos agropecuários produzidos e comercializados nos Municípios. A abertura de novas vagas atende ao pleito apresentado pela CNM ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) durante reunião com integrantes do Conselho Deliberativo da Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo, antigo Instituto Brasileiro de Turismo). Podem participar do curso profissionais, estudantes, gestores públicos e fomentadores de ações de desenvolvimento rural no país, além de interessados nos assuntos de Indicação Geográfica e Marcas Coletivas.

A área técnica de TURISMO da CNM enfatiza que o curso corrobora com as questões pertinentes às atividades de turismo rural. Elas dinamizam economicamente os espaços rurais, favorecendo a venda dos produtos da agricultura familiar aos turistas. Também são consideradas atividades sustentáveis para o resgate e a valorização sociocultural das comunidades e famílias rurais. As Indicações Geográficas remetem aos produtos e/ou serviços que tenham uma origem geográfica específica. Seu registro reconhece a reputação, as qualidades específicas e as características que estão vinculadas ao local. Como resultado, elas disseminam ao mundo a informação de que determinada região se especializou e tem capacidade de produzir um artigo ou prestar um serviço diferenciado e de excelência. Quando qualidade e tradição se unem em determinado espaço físico, a indicação geográfica surge como um fator decisivo que garante a diferenciação do produto. Para realizar inscrição e obter mais informações acesse o site: www.sistemasweb.agricultura.gov.br. (Da Agência CNM de Notícias – www.cnm.org.br).

PROTAGONISTAS – No mês de mulher, cada vez mais Elas estão se tornando protagonistas do seu próprio roteiro turístico e embarcando em aventuras pelo Brasil. Seja sozinha, acompanhada, em busca de diversão, paz ou autoconhecimento, todas as mulheres têm motivos para desbravar novas experiências. E nas comemorações do Dia Internacional da Mulher (08/03), a Agência de Notícias do Turismo apresentou ainda mais razões para que elas se joguem no turismo, porque lugar de mulher é aonde ela quiser ir.
Portanto, no clima da comemoração, o Ministério do Turismo divulgou a Revista Tendências do Turismo que indicou os destinos da vez no Brasil para 2022. Muitos deles já estão na mira do desejo das mulheres como a cidade do Rio de Janeiro-RJ, Alter do Chão-PA, Jericoacoara-CE, Jalapão-TO, Caraíva-BA (foto) e Chapada dos Veadeiros-GO, dentre outros. Na edição comemorativa, a Revista Tendências do Turismo revelou que destinos dentro do Brasil e que proporcionem experiências únicas, de preferência em meio à natureza, são a bola da vez. Formas diferentes de viajar, como o caravanismo, também estão ganhando visibilidade e as mulheres estão embarcando cada vez mais nessas tendências. (Com informações do Portal Brasil Travel News – www.brasiltravelnews.com.br).

MAIS …

ENSAIO ABERTO – O Calendário de Eventos da Prefeitura de Arcoverde – que será lançado oficialmente no próximo dia 17/02, às 19h, em solenidade pública no Sesc Arcoverde -, destaca o segundo Ensaio Aberto de 2022 da Rota dos Cocos de Arcoverde e a bola da vez será o florescente Grupo de Coco Fulô do Barro, um dos caçulas da Terra do Samba de Coco. A sambada está programada para o próximo dia 20 de março (domingo) na Sede do Grupo, localizada na Travessa Nilo Felipe Claudino, nº 58 no bairro de São Cristóvão, zona oeste de Arcoverde.

A Rota dos Cocos de Arcoverde é um produto do Festival de Economia Criativa do Sesc Arcoverde – realizada com apoio da Prefeitura de Arcoverde e parceiros – e tem como objetivo levar a cultura do samba de coco ao público da cidade, visitantes e TURISTAS, com apresentação de muita dança e venda de souvenires (camisas, tamancos, chaveiros, canecas e outras lembranças produzidas pela comunidade Fulô do Barro), comidas e bebidas. “Lá teremos uma verdadeira mostra das tradições manifestadas pelo Coco Fulô do Barro, que se fará presente ao público com o melhor de suas práticas culturais”, enfatiza o Secretário-Executivo de Turismo e Eventos da Prefeitura de Arcoverde, Pedro Brandão.

O grupo de Samba de Coco Fulô do Barro, foi fundado em 28 de julho de 2016 por Marcelo Cavalcanti da Silva, artista e brincante desde 2003, em busca de trilhar novos caminhos, ampliar e fortalecer a história do samba de coco. O mesmo traz o nome “Fulô” em homenagem as energias da natureza, força, essências e os cânticos dos povos que habitam e habitavam a região. O “Barro” é para simbolizar a busca pelo domínio da matéria prima, da qual o homem cria fatos de sobrevivência em grupo e fortalecimento da raça nas festividades comemorativas de domínio do barro.

SERVIÇO:
2ª Sambada da Rota dos Cocos de Arcoverde
Atração: Samba de Coco Fulô do Barro
Data/hora: Domingo dia 20 de março de 2022 – 19h.
Local: Sede do Grupo – Travessa Nilo Claudino Felipe, 58 – Bairro São Cristóvão – Arcoverde –PE. Contato: (87) 991820056.

AGORA VAI – Em 2020 e 2021, a Cidade-Teatro de Nova Jerusalém ficou deserta. Sem atores, sem figurantes, sem produtores, sem curiosos, sem público. A pandemia da covid-19 interrompeu um ciclo de 53 anos de realização do espetáculo da Paixão de Cristo, no município de Brejo da Madre de Deus, no Agreste pernambucano. Este ano, com o avanço da vacinação e um maior controle dos casos da doença, a Paixão volta a ser encenada, entre 9 e 16 de abril. E para trazer o público de volta, a organização do evento aposta na venda de ingressos online, na possibilidade de parcelamento da compra e na oferta de descontos. Do ponto de vista da saúde, o espetáculo vai cumprir o protocolo sanitário, exigindo comprovante de vacinação e oferecendo testagem no local. “Foi muito difícil passar 2 anos sem nenhum tipo de receita, mas estamos entusiasmados e motivados para a retomada da Paixão de Cristo. Vamos renascer das cinzas, numa espécie de Paixão da Fênix”, diz Robinson Pacheco, presidente da Sociedade Teatral de Fazenda Nova – realizadora do evento – e gestor do Teatro de Nova Jerusalém.

Uma das novidades este ano é a venda dos ingressos pela internet para evitar que as pessoas tenham que se deslocar e enfrentem aglomeração no momento da compra. O ingresso custa R$ 200 (inteira) e R$ 100 (meia) e pode ser adquirido pelo site www.novajerusalem.com.br. Antes, as vendas eram realizadas em estandes nos shopping centers do Estado, em agências de viagem e na bilheteria do teatro, que ainda continuam sendo opções de compra. “Estamos fazendo uma promoção entre os dias 10 e 20 de março. Neste período, quem comprar um número mínimo de dez ingressos terá um desconto de 10%. Na prática, isso quer dizer que um ingresso sairá de graça”, calcula Pacheco. Nas compras feitas pelo site, o valor das entradas poderá ser parcelado em até 12 vezes nos cartões de créditos, com juros da operadora.

Historicamente, nos últimos 5 anos, o público médio da Paixão de Cristo ficou entre 55 mil e 60 mil espectadores por temporada. Para este ano, a expectativa dos organizadores é alcançar 40 mil pessoas. Em reunião com representantes do governo de Pernambuco, da Prefeitura de Brejo da Madre de Deus, do Ministério Público de Pernambuco e empresas prestadoras de serviços (Celpe e Compesa) foram definidos os protocolos de acesso às dependências do teatro. Os visitantes devem trazer o cartão vacinal ou o exame negativado realizado com até 24 horas de antecedência. Quem não tiver esses documentos poderá fazer o teste de covid-19 em dois estandes, que estarão à disposição da população. Se o resultado do exame der negativo, o visitante terá seu acesso liberado à cidade-teatro.

PAIXÃO MOVIMENTA A ECONOMIA: Realizada desde 1968, a Paixão de Cristo é uma das indutoras do turismo no Agreste. Cálculos do governo de Pernambuco apontam que o evento movimenta entre R$ 280 milhões e R$ 320 milhões na economia estadual. O evento gera entre 1,3 mil e 1,5 mil empregos diretos e outros 8 mil indiretos. Só no espetáculo são 50 atores, 500 figurantes e entre 600 e 700 produtores, coordenadores, seguranças, pessoas da área de hospedagem, dentre outros. Neste momento, inclusive a Nova Jerusalém está convidando todos os figurantes que trabalharam na Paixão de Cristo de 2019 e outras pessoas interessadas em trabalhar na Paixão de Cristo 2022 para comparecer nesta sexta-feira (4) na Nova Jerusalém para participar da seleção de figurantes. A partir das 8 horas, em frente ao Portão de Cazé do Teatro-Cidade. A orientação é levar cópia do RG, do CPF, da CTPS (Carteira Profissional), comprovante de residência e Carteira de Vacinação da covid-19, com duas doses para quem tem até 60 anos.


“Entramos em fase de pré-produção e esperamos deixar tudo pronto para o espetáculo até o dia 30 de março. Hoje estamos com 100 pessoas atuando nessa pré-produção. Sobre os patrocínios, conseguimos manter o que captamos em 2020 e abrimos mais três cotas, que estão em negociação”, adianta Robinson Pacheco. Cheia de efeitos especiais e realizada a céu aberto, a Paixão de Cristo demanda um investimento de R$ 8 milhões. Desse total, metade é aplicado na estrutura do evento e a outra parte em mídia. Nesta temporada, estão no elenco os atores Gabriel Braga Nunes (Jesus), Christine Fernandes (Maria), Luciano Szafir (Herodes), Thaynara OG (Herodíades), Sérgio Marone (Pilatos) e Marina Pacheco (Madalena). Os VTs do espetáculo já foram lançados, mas a expectativa é intensificar a mídia a partir deste mês. (Com informações de Adriana Guarda, da Editoria de TURISMO do portal JC NE 10 – www.jc.ne10.uol.com.br).

TURISMO RELIGIOSO – Apesar de todos os reflexos negativos da pandemia da Covid-19, o Santuário de Fátima, em Portugal, acolheu 2,4 milhões de peregrinos durante o ano de 2021. Esse volume equivale a pouco mais de um terço do registrado em 2019, último ano antes do início da pandemia, quando o Santuário recebeu 6,3 milhões de peregrinos. Os números foram apresentados pelo reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, durante o 43º Encontro de Hoteleiros e responsáveis por Casas de Acolhimento em Fátima, realizado na quinta-feira, dia 3 de março, com grande número de participantes. Na sua apresentação, ele realçou as dificuldades dos dois anos da pandemia, mas deixou um discurso mais focado na retomada que se espera seja possível em 2022. O Santuário existe “por causa dos peregrinos e pelos peregrinos” e “sem eles é difícil”, destacou o reitor do importante santuário mariano.

Depois de quase seis meses sem qualquer movimento, entre 2020 e 2021, e de três meses com grandes restrições à movimentação das pessoas, ainda assim o Santuário encerrou 2021 com o registro de 2,4 milhões de peregrinos, um milhão a mais do que no primeiro ano da pandemia. Em 2021, foram registradas 1.036 peregrinações organizadas (72.398 peregrinos), 500 a mais do que em 2020. Apesar das restrições às viagens internacionais, as peregrinações organizadas estrangeiras foram maioria no ano passado, somando 601, com a participação de 23.618 peregrinos, ante 435 peregrinações e 48.780 peregrinos de Portugal. Embora seja quase o dobro do registrado em 2020, esse volume representa uma queda de 76,4% na presença de peregrinos organizada e em grupo quando comparado com o de 2019.

O total de peregrinos recebidos em 2021 foi de 2,4 milhões, ante 6,3 registrados em 2019. Desde 2010, ano do início das comemorações do Centenário das Aparições de Nossa Senhora de Fátima, a média anual se situa entre os 5 e os 7 milhões de peregrinos. Em 2017, ano em que foi comemorado o Centenário, com a presença do Papa para a canonização dos Santos Francisco e Jacinta Marto, foram registrados mais de 9 milhões de visitantes em Fátima. Os resultados poderiam ter sido melhores, pois durante 2021 foram canceladas 177 peregrinações: 47 de Portugal e 130 estrangeiras, num total de 131.452 peregrinos. Já em relação à origem, a Espanha foi o país responsável pelo maior número de grupos (319) e de peregrinos (13.024), seguida pela Polônia e a Itália. O Brasil, que normalmente tem participação relevante entre os visitantes ao Santuário de Fátima, foi responsável por apenas oito grupos organizados, totalizando 211 peregrinos. (Por Amadeu Castanho, especial para o Diário do Turismo – www.diariodoturismo.com.br).

SAINDO DO FORNO…

Novas regras sobre trabalho de gestantes na pandemia:
FBHA comemora publicação da Lei

Enfim, uma boa notícia para o setor de turismo: foi publicada nesta sexta-feira, a Lei 14.311/22, que diz respeito às mudanças das regras sobre o trabalho de gestantes durante a pandemia da Covid-19. A nova norma visa regular a possibilidade de retorno ao trabalho presencial da empregada grávida. A mudança atinge em cheio as empresas que atuam na atividade turística, de forma especial de hospedam e alimentação, que empregam majoritariamente mulheres. “Temos sofrido muito com a pandemia e esta medida vai minimizar um pouco as consequências econômicas da crise”, afirma Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA).

Na prática, a Lei 14.311/22 altera a Lei nº 14.151, de 2021, que garantiu o afastamento das gestantes do trabalho presencial com remuneração integral durante a emergência de saúde pública provocada pela pandemia. Pelas novas regras, enquanto durar o estado de emergência da saúde pública de importância nacional decorrente do coronavírus (SARS-CoV-2), as trabalhadoras gestantes que ainda não tenham sido totalmente imunizadas contra a COVID-19, deverão exercer as suas atividades em domicílio. (Com informações do Portal do Diário do Turismo – www.diariodoturismo.com.br).

O que dizem os especialistas…

“Hoje já existem regiões no Nordeste onde a precipitação de chuvas já caiu 20% e a temperatura média já subiu 2,4°C. Ao agravar a situação das mudanças climáticas, este quadro pode se tornar muito mais crítico para a sustentação de populações no nordeste brasileiro. O Brasil vai ter que pensar aonde e o que vamos fazer com os milhões de brasileiros que vivem no agreste nordestino e que pode ter sua capacidade de sobrevivência prejudicada naquela região” (De Paulo Artaxo, professor da Universidade de São Paulo (USP) e autor de um dos capítulos do relatório do IPCC – Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU, em entrevista ao portal ((o)) eco).

Sobre o autor da coluna:

  • ALBÉRICO PACHECO DE ALBUQUERQUE é formado em Administração de Empresas e pós-graduado em Planejamento Estratégico do Turismo. Trabalhou no Cinema Bandeirante (o saudoso Gigante da Praça da Bandeira) de 1975 a 1977; no Banco do Estado de Pernambuco (BANDEPE) entre 1977 e 1996 e na Prefeitura de Arcoverde entre 1997 e 2020, onde ocupou os cargos de Secretário de Finanças, de Finanças e Administração, de Desenvolvimento Econômico e Turismo, de Diretor de Turismo e Eventos e de Secretário de Turismo e Eventos, durante as gestões Rosa Barros, Zeca Cavalcanti e Madalena Britto.
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais em Turismo

Topo