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Nasce o Wellington politico?

Política

Nasce o Wellington politico?

Edição n° 06, sábado (4) de Dezembro de 2021


Um dos motivos que contribuem com a desilusão de parte da população com os chamados “Outsides /lado de fora” na política é causada e não em todo sem razão de forma muito apropriada em razão da grande maioria deles, os “Outsides” uma vez no poder, na ânsia desenfreada pela diferenciação e também pela inexperiência, acabam cometendo o grave equivoco de serem iguais no que poderiam ser diferentes e de serem diferentes no que poderiam serem iguais. Iguais quando privilegiam a repetição das velhas práticas tais como o clientelismo, as relações de parentesco e de amizades em detrimento da competência, do currículo e até mesmo da reputação na formação da equipe e diferentes quando negam a política, a boa política como forma pactuação de conflitos e interesses. Sem política resta a paralisia, a barbárie, a guerra aberta e fatal.

Quando tive o privilégio de ser entrevistado na estreia do Programa A voz do Sertão, também deste Jornal, falando com independência e total franqueza, deixamos claro, mas sem a pretensão da posse da verdade, a nossa visão dos sinais trocados, das incoerências e das aparentes idiossincrasias que acometiam a gestão atual do município e hoje, no momento em que escrevemos essa Coluna, percebemos uma clara evolução positiva em parte da flagrante confusão e apatia para a politica, bem como na resistência a correções na formação do time que em ato continuo feririam de morte uma gestão que mal começara a mostrar a sua face. Não se sabe se por aprendizado próprio, através do velho método da tentativa e do erro ou por passar a ouvir e não apenas escutar os “Bons conselheiros”, homens tarimbados que também qualificam a gestão pela experiência crivada pelo tempo, vemos nascer clara e inequívoca estratégia em gestação, cuja continuidade assegurarão tranquilidade ao prefeito para por em prática aquilo a que foi alçado ao cargo que ocupa: iniciar o processo interrupção da estagnação de Arcoverde e por consequência, do Sertão do Moxotó. Vejamos então quais seriam esses sinais?

  • Na Casa James Pacheco, a adesão de Everaldo Lira, situação que garantirá folgada maioria nas votações de interesse do governo;
  • Na administração, ações veladas que motivaram a pedido, a exoneração da Secretaria de Serviços Públicos e Meio de um concorrente em potencial, pondo um freio noutros aspirantes internos que ambicionavam também em antecipar o quadro sucessório;
  • Demonstração pública de realinhamento político com a Ex Prefeita Madalena, fazendo cair em descrédito as versões não oficiais de um possível e iminente rompimento entre ambos;
  • Êxito na negociação, inclusive com integrantes da oposição, para pôr em banho-maria e com tendência a caduquice, o processo de instalação de CPI da AESA, algo que poderia fugir ao controle e terminar com nenhum benefício a nenhuma das partes;
  • Entrevista em Rádio local no mesmo dia e horário em que o maior aspirante da oposição e adversário duro da última eleição também o faria em outra emissora, não apenas fazendo concorrência, mas também mensurando a audiência e a repercussões simultâneas e em tempo real;
  • Fazer correr de forma clara e objetiva entre a equipe que em janeiro promoverá mudanças no secretariado, não apenas com permutas de pastas entre secretários, mas também a substituição de outros que até agora não disseram a que vieram;
    Muito falta ainda a gestão, principalmente na super exposição em redes socias, na melhora dos textos no marketing oficial, na impessoalidade da publicidade dos atos que são do Governo e não de uma pessoa em especial, fatos que uma vez persistindo, logo hão ter a provocação do Poder Judiciário ou dos Órgãos de Controle.
    Como ver-se, com o equacionamento das questões politicas e que ora começam de forma mais nítida, o governo pode almejar um 2022 alvissareiro na administração. Por conta própria ou orientado por alguém, a mariposa começa a sair do casulo, Welington inicia o exercício de fazer politica. A boa política, esperamos e torcemos.

As opiniões da coluna não expressa a opinião da linha editorial do jornal.

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