Turismo
Coluna JPS Turismo & Eventos
Edição 30 – Sábado, 18 de setembro de 2021
TURISMO & CERVEJA!
– Chagamos a 30ª edição da Coluna JPS Turismo & Eventos e, para marcar a data, resolvemos tratar e juntar num mesmo contexto dois assuntos pelos quais temos muita simpatia – Turismo e Cerveja. E tratar desse assunto não ficaria fora do foco da coluna, porque a cerveja – bebida que, ao lado do café, também se transformou em preferência nacional – nos últimos anos tem se constituído num importante atrativo turístico não apenas no Brasil mas no mundo, se encaixando no contexto dos segmentos turísticos como um integrante do Turismo Gastronômico. Mas, para entender como a cerveja se transformou num “atrativo turístico” dentro do segmento de turismo gastronômico precisamos, antes, traçar uma linha do tempo que possa tornar clara e conclusiva essa argumentação.
Inicialmente, precisamos conceitualizar uma definição para TURISMO e, essa delimitação, quem apresenta de forma oficial é a OMT (organização Mundial do Turismo), que em 1994 decidiu que termo seria compreendido como “atividades que as pessoas realizam durante suas viagens e estadas em lugares diferentes ao seu entorno habitual, por um período consecutivo inferior a um ano, com finalidade de lazer, negócios ou outras…”.
Reforçando essa definição estudiosos da área acrescentam que turismo trata-se de um fenômeno mundial com enormes diferenciações em termos de destinos e atividades disponíveis, de culturas anfitriãs e de tipos de visitantes. É natural, portanto, que o leque de motivações turísticas seja muito diversificado propiciando ao turista, como nos esclarece a definição da OMT, várias motivações para suas viagens e, dentre essas, uma que se destaca que é a viagem tendo como motivação a gastronomia, segmento que antes de ser considerado turístico, era apenas um objeto dentro do turismo. Entendia-se que os turistas comiam e bebiam porque se encontravam fora da sua residência habitual e era imprescindível satisfazer suas necessidades básicas. Entretanto, essa visão mudou e ela deixou de ser interpretada como objeto para ser estudada como um produto que tem seu próprio segmento dentro do sistema turístico-cultural, chegando finalmente ao que atualmente entende-se como “turismo cervejeiro” ou “turismo da cerveja”, explicado por estudiosos do turismo como um fenômeno turístico que pressupõe o deslocamento de pessoas motivadas pelas propriedades organolépticas (que vem a ser propriedades características dos materiais que podem ser percebidas pelos sentidos humanos, como a cor, o brilho, a luz, o odor, a textura, o som e o sabor) da cerveja e por todo o contexto de degustação e elaboração, bem como a apreciação das tradições, da cultura e da tipicidade produtiva de cada região visitada.
Para a pesquisadora Sátila Santos de Almeida, graduada em línguas estrangeiras aplicadas às negociações internacionais pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), o “Turismo Cervejeiro” trata-se de um “nicho de turismo gastronômico que tem a cerveja como motivadora da viagem e pode ser divido em duas categorias: uma sendo motivadora primária (quando as pessoas viajam em busca do consumo) e outra como motivadora secundária (quando as pessoas realizam o deslocamento em busca de locais que tem uma relação com a cerveja, mas o consumo não é o principal objetivo)”. Contexto que além da cerveja, pode incluir outros nichos, todos heranças do turismo cultural (gênesis dos segmentos turísticos), onde se sobressaem o “enoturismo ou turismo de vinho”, o “turismo do uísque”, do “chá”, do “saquê”, etc., sendo o turismo cervejeiro o mais recente entre eles e um dos mais interessantes e emocionantes, o que nos motiva a ir além nesta matéria, mostrando um pouco da história da cerveja, dos seus primórdios aos dias atuais.
Relatos de historiadores e pesquisadores sugerem que a primeira bebida alcoólica produzida pelos seres humanos data de 7000 a.C., e isso tem como base análises químicas de antigos orgânicos absorvidos em potes de cerâmica da aldeia de Jiahu na província de Henan, na China, e essas análises teriam revelado que se tratava de uma bebida mista fermentada de arroz, mel e frutas. De lá para cá, as bebidas alcoólicas têm acompanhado a evolução do homem e as evoluções tecnológicas. Na lista de bebidas alcoólicas mais consumidas, a cerveja ocupa a primeira posição, sendo ela uma das três bebidas mais populares no mundo, ficando atrás apenas da água e do chá. Traçando uma linha histórica da cerveja, o pesquisador Ewerton Reubens Coelho Costa explica em estudo recentemente publicado, que apesar de possivelmente ter surgido na China, a primeira cervejaria da qual se tem registro surgiu no Egito Antigo, onde a bebida era muito apreciada como parte importante da dieta e também utilizada como moeda – “ela era o salário dos homens que construíram as pirâmides de Gizé que ganhavam dois jarros por dia e mais três pães como forma de pagamento”, registra Coelho Costa em seu estudo. Os egípcios aprenderam a fabricar cerveja, e a bebida tornou-se parte da dieta diária. A elite egípcia além de ter um funcionário responsável por controlar e manter a qualidade da cerveja produzida, a considerava como um bem de uma importância enorme. “Contam que Ramsés III, um dos maiores faraós do Egito, considerava a cerveja uma bebida tão nobre que ele e seus convidados bebiam em xícaras de ouro”, ressalta Coelho Costa em sua análise. Muitas pinturas do antigo Egito mostram a elite consumindo a cerveja através de um canudo de ouro que eles usavam para sugar a bebida.
Tempos depois, com a consolidação do cristianismo na Idade Média, os monastérios eram o centro do conhecimento da época e também serviam como hospedaria para viajantes andarilhos que trouxeram o gosto pela cerveja. A partir daí os monges também passaram a produzir cerveja, inicialmente em forma de pão, já que à época haviam restrições ao consumo de bebidas alcoólicas dentro dos monastérios por razões religiosas.
Já em à meados do século XIII, o lúpulo entrou na receita da cerveja como novo ingrediente e no início do século XVI o duque Guilherme IV da Baviera, instituiu a “Lei da Pureza”, estabelecendo que a cerveja deveria ser fabricada apenas com água, malte, cevada e lúpulo, o que atualmente conhecemos como cerveja “pilsen”. Retirando a cevada e mantendo-se apenas agua, malte e lúpulo, a cerveja se transforma no que conhecemos como “puro malte”. Em seguida veio o desenvolvimento da máquina a vapor, do termômetro e finalmente da refrigeração artificial, a partir de 1859, que revolucionou os estilos de cervejas produzidas até então. Com esses avanços, a cerveja passou a ser produzida em escala industrial, atravessando altos e baixos durante o século XX devido as duas grandes guerras mundiais. Porém, partir dos anos 50 do século XX, o mercado da cerveja começa a assistir uma aceleração crescente de demanda e segundo dados do Imarc Group (empresa de pesquisa líder de mercado que fornece estratégia de gestão e serviço de pesquisa de mercado em todo o mundo), o mercado de cerveja mundial valia, em 2019, 606 bilhões de dólares. Atualmente, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CERVBRASIL), no Brasil, a bebida é responsável por mais de 1% do PIB do país, que é o 3º maior produtor da bebida no mundo, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos.
No BRASIL, relatos históricos esclarecem que a presença da cerveja em terras tupiniquins começou com a chegada dos holandeses à cidade do Recife, em 1637, sob o comando de Maurício de Nassau, fato que trouxe muito desenvolvimento para a cidade. Junto com Nassau também aportaram em terras da capital da “província” pernambucana, sábios, artistas, médicos, astrônomos e cientistas que acabaram criando a primeira ponte, o primeiro observatório astronômico e a primeira fábrica de cerveja das Américas, pois, na sua comitiva constava a presença de um mestre cervejeiro chamado Dirck Dicx e, com ele, uma planta de cervejaria e os componentes para serem montados. A cervejaria foi instalada a partir de outubro de 1640 na residência chamada “La Fontaine” que Nassau deixou de utilizar após a construção do parque de Vrijburg. Portanto, foi a partir da colonização holandesa que a cerveja foi introduzida no Brasil, fato que se explica, segundo pesquisadores, por serem os holandeses apreciadores de cerveja e de possuírem uma boa organização política bem como de suprimentos, além de gosto pela arte, cultura e lazer. Com a expulsão dos mesmos, em 1654, o país fica sem cerveja por mais de um século e meio e a bebida só reaparece com a reabertura dos portos brasileiros para nações amigas, em 1814, graças à vinda da família real portuguesa que aportou no Brasil em 1808 e, também, pelo fato de ser Dom João VI um ávido apreciador da bebida.
A industrialização de cerveja no Brasil ocorre entre 1870 e 1880, sendo a Friederich Christoffel, localizada em Porto Alegre (RS), a fábrica pioneira que produzia mais de um milhão de garrafas em 1878. Mas o grande avanço na produção de cerveja brasileira veio com a chegada de máquinas compressoras, em 1880, que permitiu instalar duas cervejarias que mais tarde dominariam o mercado nacional: a Companhia Cervejaria Brahma, no Rio de Janeiro, e a Companhia Antarctica Paulista, em São Paulo. Assim, as importações de cerveja internacional praticamente acabaram no início do século XX. A fusão da Companhia Cervejeira Brahma com a Companhia Antarctica Paulista, em 1999, faz surgir a AmBev – American Beverage Company, que leva o Brasil a figurar como o segundo maior produtor mundial de cerveja.
Atualmente, conforme nos ensina o pesquisador Coelho Costa, “as principais atrações do turismo cervejeiro são: eventos ligados ao mundo da cerveja; rotas turísticas cervejeiras onde as experiências ofertadas iniciam, geralmente, com a visitação a cervejarias que oferecem tours guiados que levam o visitante a conhecer mais sobre insumos e o processo de fabricação da bebida; degustações guiadas por beer sommelier e locais específicos contendo oficinas e cursos para aqueles que querem se tornar ou melhorar suas habilidades como cervejeiro”. E sendo a cerveja o principal destaque dessas atrações, várias regiões do Brasil criaram rotas cervejeiras que são verdadeiros atrativos turísticos consolidados, com destaques para as rotas praticadas no Estado do Rio de Janeiro; em Blumenau (SC), Ribeirão Preto (SP) e em Recife (PE), dentre outras, que além de serem reconhecidas pelas fábricas de cerveja comerciais e artesanais, também atraem os turistas por suas paisagens naturais e atrativos históricos e culturais. Blumenau, por exemplo, conta com a famosa Oktoberfest – uma festa cervejeira para nenhum adorador da bebida botar defeito – considerada a maior festa da cerveja no Brasil, que normalmente acontece em outubro e que revive as tradições alemãs. Na edição de 2019 – a última antes da pandemia da covid-19 – o público foi estimado em 500 mil pessoas.
Em todas essas rotas, a fabricação da cerveja e a degustação de rótulos artesanais são os pontos principais de visitação dos turistas, sendo um dos destaques a região serrana do Rio de Janeiro – formada pelas cidades de Nova Friburgo, Petrópolis, Teresópolis, Cachoeiras de Macacu, Santa Maria Madalena e Guapimirim – que possuem conceituadas marcas de cervejas artesanais e comerciais e, dentre elas, primeira fábrica da Bohemia, a cerveja mais antiga do país, que fica na cidade de Petrópolis. Mas, além do Rio de Janeiro, também são destaques rotas cervejeiras criadas em diferentes pontos do país e que se consolidaram ao longo do tempo como destinos turísticos. Dentre elas, temos a Rota “bebida no trem”, no Paraná de onde vem a Bodebrown, uma cervejaria-escola que, além de formar cervejeiros, organiza eventos imperdíveis; a rota “ frio que combina com a cerveja”, originária da serra gaúcha; “na estrada com o amigo da vez”, em Itupeva (SP); “roteiros para diferentes gostos” originária do vale da cerveja, na região de Blumenau (SC); “a linha da cerveja”, uma das principais atrações de Porto Alegre (RS); “uma alternativa à marvada”, criada na cidade de Nova Lima na região metropolitana de Belo Horizonte(MG); “a terra do chope” em Ribeirão Preto (SP); “uma degustação com jeitão praiano”, em Florianópolis (SC); e “Cervejeiros na Suíça Brasileira”, atração da idílica Campos do Jordão (SP), dentre outras.
E, pra fechar a matéria, não poderíamos deixar de destacar Pernambuco, estado que, atualmente, conta com mais de 20 (vinte) fábricas de cervejas artesanal e comercial, algumas delas abertas à visitação. E essas visitações geram roteiros cervejeiros, dentre eles o “RECIFE BEER TOUR”, focado no produto artesanal e um dos mais emblemáticos e consolidados da capital pernambucana. Esse tour cervejeiro começa no bonito Jardim do Baobá, com um passeio de barco pelo rio Capibaribe até o local onde antes funcionava a primeira cervejaria da cidade. Durante o trajeto, o turista toma conhecimento de como a bebida “fincou os pés” em solo pernambucano por meio dos holandeses e, também, possibilita a prova à alguns rótulos. Depois, o turista segue por terra em visita às instalações de fábricas de cervejas artesanais associadas ao roteiro, com inclusão de uma degustação harmonizada com caldinhos de diversos sabores. Em alguns roteiros, a visita termina com um programa para o almoço em alguns dos históricos mercados da cidade, a exemplo do Mercado da Boa Vista, de São José, da Encruzilhada, da Madalena, etc. São muitos os mercados do Recife, verdadeiros atrativos turísticos da bela Capital do Nordeste!
DO BRASIL PARA O MUNDO – É o que pretende o Ministério do Turismo do Brasil (MTur) ao indicar três representantes brasileiras para o concurso internacional de “Melhores Vilas Turísticas do Mundo em Áreas Rurais”. O concurso organizado pela OMT – Organização Mundial do Turismo (agência especializada das Nações Unidas com sede em Madri-Espanha, que desde 2003 é a principal organização internacional de âmbito turístico e um fórum mundial para o debate das questões da política do turismo), permite que cada país, por meio de suas autoridades máximas de turismo, indique até três destinos. E, de acordo com a decisão do Ministério do Turismo, os representantes brasileiros serão: o distrito de São Bartolomeu, em Ouro Preto (MG), o distrito de Alberto Moreira, em Barretos (SP), e a Vila do Enxaimel, localizada em Pomerode (SC). O resultado do concurso deve ser anunciado durante a Assembleia Geral da OMT, que ocorrerá em Marraquexe, no Marrocos, ainda este ano. O objetivo é identificar aldeias ou vilarejos, ou seja, povoados ou cidades de pequeno porte que adotem estratégias inovadoras e transformadoras para o turismo em áreas rurais, alinhadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) – um conjunto de metas em temas fundamentais para o desenvolvimento humano, como redução das desigualdades, padrões sustentáveis de produção e de consumo e crescimento econômico inclusivo.
Distrito São Bartolomeu, em Ouro Preto (MG) – O distrito é conhecido como terra dos doces artesanais, que podem ser encontrados no comércio local, em eventos e nas casas dos moradores. Localizada a cerca de 18 km de Ouro Preto, a vila foi fundada no século XVII por bandeirantes em busca de ouro e é uma das mais antigas do estado de Minas Gerais. Distrito Alberto Moreira, em Barretos (SP) – Com características de uma cidade de interior, o distrito, que fica a 15 minutos de Barretos, tem no turismo um pilar fundamental de sua economia. Vila do Enxaimel, em Pomerode (SC) – Localizado na região do Vale do Itajaí, a Rota Enxaimel é considerada a principal região para a preservação da cultura e tradições germânicas no país.
BENEFÍCIOS – Após a divulgação do resultado do concurso mundial, por meio de um selo, a OMT identificará as “Melhores Vilas Turísticas”, que servirão de exemplo de destinos rurais na relação com bens culturais e naturais, a preservação e a promoção de valores rurais e comunitários e a defesa da inovação e da sustentabilidade nos aspectos econômicos, sociais e ambientais. A OMT também disponibilizará um programa de apoio a aldeias e vilas que não tenham sido classificadas, neste primeiro momento, para obter o selo. E, ainda, criará uma rede para a troca de experiências, boas práticas, conhecimentos e oportunidades de desenvolvimento do turismo rural. (Com informações de Amanda Costa da Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo – www.gov.br/turismo).
CIDADES QUE SE REINVENTAM – É o título da 4ª edição do Seminário Internacional que acontece de 28 a 30 deste mês setembro e cujas inscrições podem ser realizadas através do site www.cidadesquesereinventam.com.br. O evento que reunirá mais de 30 especialistas nacionais e estrangeiros irá apresentar ideias, conceitos, práticas e projetos imperdíveis, com o objetivo de ajudar cidades brasileiras a se tornarem territórios inovadores, mais humanos e criativos, sendo dirigido preferencialmente para Prefeitos, Vereadores, Secretários e profissionais da gestão pública e privada das áreas de planejamento, turismo, educação, cultura, infraestrutura e outras.
Acerca desse importante seminário o Portal Nacional de Seguros e Saúde (www.segs.com.br/eventos), através de matéria de responsabilidade de Simone Gehrke, esclarece que as tendências no pós-pandemia, além de turismo, inovação, saúde, gestão de águas e outros assuntos urgentes farão parte da programação desse evento virtual. Ainda segundo a matéria, a gestão dos municípios nunca foi tão complexa, porém, agora os executivos e legisladores municiais, além de profissionais de nichos públicos e privados, terão acesso à conteúdos reunidos em 24 palestras e painéis e mais de 30 especialistas de referência internacional, distribuídos em três eixos temáticos: tendências (perspectivas que apontam para um futuro repleto de oportunidades), inspirações (casos emblemáticos e transformadores) e instrumentais (um conjunto de ferramentas disponíveis para os gestores alavancarem todo o potencial de seus municípios).
Temas obrigatórios na agenda dos administradores municipais também foram incluídos na grade, como a viabilidade das gestões de resíduos e das águas, educação básica transformadora de fato e a mobilidade no futuro. Haverá ainda painéis com startups que já validaram novas soluções tecnológicas para os desafios municipais. O Seminário Cidades que se Reinventam terá apoio técnico do Sebrae, curadoria da Garimpo de Soluções e realização da Ópera Eventos Corporativos. Informações detalhadas da programação e das inscrições podem ser obtidas acessando o site www.cidadesquesereinventam.com.br. Os participantes terão acesso a todos os conteúdos da plataforma do evento, pelo prazo de seis meses.
SERVIÇO:
O que: 4º Seminário Cidades que se Reinventam
Quando: 28 a 30 de setembro
Como: Inscrições – www.cidadesquesereinventam.com.br
Quanto: R$ 450,00 (individual) e R$ 350,00 (pacotes a partir de 10 ingressos).
MAIS …
O FUTURO DOS EVENTOS – Será amplamente debatido durante o III Seminário Cearense de Aperfeiçoamento para Profissionais de Eventos – Recepcionar 2021, com o tema “RESIGNANDO O MERCADO DE EVENTOS e previsto para acontecer de forma digital no período de 20 a 24 de setembro através do YouTube da W10 Produções e Eventos. As inscrições estão abertas através do site www.recepcionar.com.
Participando do seminário, você poderá interagir em tempo real com profissionais, empreendedores e presidentes nacionais de instituições ligadas à realização e produção de eventos, através de conteúdos leves e rápidos que irão melhorar e aperfeiçoar experiências e o melhor – tudo de forma virtual e gratuito. E os módulos começam no dia 20/09 entre 17 e 19hs (esse horário será mantido até o final), abordando a temática sobre “Novas Profissões que irão Resignar a Industria de Eventos”. No dia 21 a abordagem será “Tech + Inovação e Estratégias x Tech – Educação, Cultura, Tendências, Inovação e Reinvenção”. Dia 22/09 – “Eventos Teste – Os Novos Protocolos de Verificação de Saúde nos Eventos no Brasil e no Mundo”. 23/09 – Futuro do Profissional – O Futuro dos Profissionais de Eventos Pós-Pandemia e Quais os profissionais que as agências irão buscar?” e finalmente no dia 24/09 o espaço reservado para a programação exclusiva de cursos do SENAC/CE. Para maiores informações acesse: www.facebook.com/W10ProducoeseEventos.
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PRIMAVERA-VERÃO – Foi o que motivou de ação integrada lançada na terça-feira (14/09) por São Paulo e Rio de Janeiro, com o objetivo de fomentar o turismo. A iniciativa faz parte da união da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), do Rio Convention & Visitors Bureau (Rio CVB) e do São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB) que, durante coletiva de imprensa virtual, lançaram a ação Primavera-Verão Rio São Paulo, criada para fomentar o turismo doméstico e o intercâmbio de turistas entre os dois destinos vizinhos e que deverá se estender até o começo de 2022. A campanha reúne 55 produtos turísticos criados pela Braztoa e distribuídos entre os dois estados. “São atrações para todos os perfis e, em sua maioria, são roteiros realizados por viagens terrestres. Entre outros estão contemplação de pôr-do-sol, passeios pelos patrimônios históricos do Rio de Janeiro e São Paulo, experiências em cidades do interior, pacotes de réveillon…”, explica o presidente da Braztoa, Roberto Nedelciu.
Potências do turismo brasileiro, Rio de Janeiro e São Paulo, separadas por 400km e principais emissores do Brasil, quase não desenvolviam ações conjuntas para fomentar o turismo doméstico. A lembrança dos realizadores da atual campanha Primavera-Verão Rio São Paulo nesse sentido é da antiga ação que dizia: “Carioca, troque o dia pela noite: venha conhecer São Paulo! Paulistano, troque a noite pelo dia: venha conhecer o Rio! “Não tínhamos uma ação coordenada. Estamos fazendo agora”, celebra Roberto Nedelciu.
Para acessar as promoções, os interessados devem acompanhar as redes sociais e site da Braztoa, Rio CVB e SPCVB com a hashtag #primaveraveraoriosp. (Com informações do Diário do Turismo – www.diariodoturismo.com.br)
PREMIAÇÃO – O belo jardim do Complexo Cultural Gilberto Freyre da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), em Recife, foi o cenário escolhido, na terça-feira 14 de setembro, para a solenidade de entrega da premiação especial aos vencedores do Concurso Nordestino do Frevo, solenidade que ganhou ares de comemoração justamente pelo fato do dia 14 marcar a data em que se celebra o DIA NACIONAL DO FREVO. O concurso promovido pela Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), da Fundaj contou com 272 inscritos, mas só 12 subiram ao palco para receber os troféus de vencedores.
Na abertura da solenidade, coube ao Coral Edgard Moraes a apresentação das composições premiadas na categoria FREVO DE BLOCO: primeiro lugar “É Fantasia”, do artista Getúlio Cavalcanti, o segundo “Boêmio Sentimental”, do músico e educador Alexandre Rodrigues e do mestre Heleno Ramalho e o terceiro, “Martelo”, do diretor musical Rafael Marques e do músico Zé Manoel. Após a execução de cada uma das três colocadas, os compositores vencedores subiram ao palco para receber o troféu de participação. O artista Edcarlos emprestou sua voz para a apresentação de “Biscuit de Elefante”, terceiro lugar na categoria FREVO CANÇÃO, que lhe rendeu o prêmio de Melhor Intérprete. Os segundo e primeiro colocados, “O amor do folião” e “Frevo Rei”, respectivamente, foram apresentados pelos seus compositores e vencedores, os artistas Carlinhos Monteverde e Marcos de Lima. Na categoria FREVO DE RUA os vencedores foram “Três amores” (3º lugar), “Moraes, Carnaval no céu” (2º lugar), homenagem ao músico Moraes Moreira – que também conquistou prêmio de melhor arranjo -, e “Caceteiro” (1º lugar), composição de José Michiles da Silva juntamente com César Michiles Assunção. O artista Rogério Rangel apresentou o novo hino da Turma da Jaqueira Segurando o Talo, também incluído no concurso.
Dentre os ganhadores do Concurso Nordestino do Frevo, figuram nomes cuja contribuição com o ritmo e manifestação é antiga, a exemplo do compositor Jota Michiles, autor de “Diabo Louro”, eternizada na voz de Alceu Valença. Ao lado do filho César, Jota assina o frevo “Caceteiro”. “Fui menino ouvindo os grandes frevistas do passado: Capiba, Nelson Ferreira, Zumba, Levino, o malabarismo de Jackson do Pandeiro. O frevo que nasceu nas ruas do Recife para mim é tudo”, disse, antes de falar da paixão por todas suas composições. César não escondeu a honra de dividir o prêmio com o pai. “Desde menino me encanto com as melodias e fraseados. Hoje sou grato.”
O Concurso Nordestino do Frevo foi lançado pela Diretoria de Memória, Educação Cultura e Arte (Dimeca), em fevereiro de 2021. Ao todo, 272 candidatos de sete estados do Nordeste do Brasil inscreveram composições na disputa. Pernambuco liderou o número de inscrições, com 256. A categoria que recebeu mais composições foi Frevo Canção (92), seguida por Frevo de Bloco de Frevo de Rua, com 79 cada, e o novo hino da Turma da Jaqueira Segurando o Talo, com 19 obras. Além das premiações em dinheiro, um álbum será produzido. Os prêmios foram de R$ 10 mil para o primeiro lugar, R$ 8 mil para o segundo e R$ 6 mil para o terceiro. (Com informações da Assessoria de Comunicação da Fundaj – www.fundaj.gov.br).
SAINDO DO FORNO…
MAIS UMA AERONAVE DA ITA – ITAPEMIRIM TRANSPORTES AÉREOS
– “Saindo do forno” a novíssima aeronave da Itapemirim Transportes Aéreos (ITA). Trata-se do sexto avião adquirido pela empresa que pertence ao Grupo Itapemirim, com chegada ao Brasil prevista para este sábado dia 18 de setembro. A notícia divulgada em primeira mão pelo portal Diário do Turismo (www.diariodoturismo.com.br) – o primeiro jornal diário do pais especializado em turismo – o Airbus A320 decolou às 8h30 da sexta feira (17) de Atenas (Grécia), fazendo escalas técnicas em Marrakech (Marrocos) e Ilha do Sal (Cabo Verde). O pouso em São José dos Campos (SP) está confirmado para a tarde deste sábado (18).
O novo Airbus A320 da ITA, que segundo a empresa, já chega com a pintura da mais nova companhia aérea brasileira, passará por processo de importação, nacionalização e reconfiguração interna, sendo adaptado para ficar com 162 assentos, no caso, 18 a menos do que a configuração máxima do modelo. Dessa forma, os passageiros contarão com mais espaço e conforto em todas as fileiras. A aeronave só deverá entrar em operação em meados de outubro e permitirá que a ITA aumente a frequência de voos para as 13 cidades nas quais já opera atualmente: São Paulo-Guarulhos (SP), Rio de Janeiro-Galeão (RJ), Belo Horizonte-Confins (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Salvador (BA), Porto Seguro (BA), Maceió (AL), Recife (PE), Fortaleza (CE) e Natal (RN).
O que dizem os especialistas?
“Este evento é um ato de resistência. Evidencia que a nossa cultura e os nossos criadores estão mais que vivos, estão mostrando sua enorme força”. (Do Presidente da FUNDAJ, Antônio Campos, por ocasião da entrega da premiação aos vencedores do Concurso Nordestino do Frevo).
Sobre o autor da coluna:
– ALBÉRICO PACHECO DE ALBUQUERQUE é formado em Administração de Empresas e pós-graduado em Planejamento Estratégico do Turismo. Trabalhou no Cinema Bandeirante (o saudoso Gigante da Praça da Bandeira) de 1975 a 1977; no Banco do Estado de Pernambuco (BANDEPE) entre 1977 e 1996 e na Prefeitura de Arcoverde entre 1997 e 2020, onde ocupou os cargos de Secretário de Finanças, de Finanças e Administração, de Desenvolvimento Econômico e Turismo, de Diretor de Turismo e Eventos e de Secretário de Turismo e Eventos, durante as gestões Rosa Barros, Zeca Cavalcanti e Madalena Britto.