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Coluna JPS Turismo & Eventos

Turismo

Coluna JPS Turismo & Eventos

Edição 10 – Sábado, 1º de maio de 2021.

 

O DIA DO TRABALHADOR E O PROGRAMA ARCOVERDE EM MOVIMENTO

O mestre e historiador Cláudio Fernandes Ribeiro nos ensina que o DIA DO TRABALHADOR ou DIA DO TRABALHO (as duas formas são aceitas), surgiu em face de um evento histórico ocorrido em Chicago (capital do Estado de Illinois, situada na bela região dos grandes lagos, no chamado Meio-Oeste dos Estados Unidos, sendo, atualmente, a terceira maior cidade americana e segundo maior polo econômico, só perdendo para a cidade de Nova York), no final do século XIX, mais precisamente em 1886. Exatamente no dia 1º de maio desse ano, foi iniciada uma greve que paralisou o parque industrial da cidade e provocou uma onda de manifestações e conflitos que duraram vários dias com baixas, inclusive mortes, ocorridas entre trabalhadores e policiais. Portanto, os eventos desencadeados em Chicago a partir da greve iniciada em 1º de maio de 1886, deu origem à comemoração, em vários países do mundo, inclusive no Brasil, do Dia do Trabalhador.

Para entender como se chegou a esse evento histórico – o Dia do Trabalhador – faz-se necessário voltar um pouco no tempo e relembrar um fato importante que foi a “Revolução Industrial” ocorrida durante o século XVIII, a princípio em solo inglês, mas que alastrou-se também pelo resto da Europa e por outros continentes. A revolução industrial foi responsável pela formação de grandes centros urbanos com grandes concentrações de pessoas em seu entorno, principalmente, dos chamados operários que faziam as industrias funcionarem. No rastro desse processo e do surgimento da “classe operária”, fruto da revolução industrial, vieram os sindicatos e, com eles, as relações trabalhistas nem sempre muito amistosas entre o empregado e o empregador e, daí, os conflitos de classe que motivaram movimentos grevistas dentre os quais o de Chicago, em 1886, que inspirou a criação do Dia do Trabalhador.

No Brasil, ainda segundo o historiador Cláudio Fernandes Ribeiro, as primeiras menções ao dia 1ª de maio já aconteciam no década de 1890, quando a república já estava instituída (15 de novembro de 1889), época em que a indústria brasileira dava seus primeiros sinais de desenvolvimento. Porém, os movimentos organizados de trabalhadores só apareceriam a partir da primeira década do século XX, a princípio nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. “Em 1917, a cidade de São Paulo protagonizou uma das maiores greves gerais já registradas. A força que o movimento dos trabalhadores adquiriu era tamanha que, em 1924, o então presidente Arthur Bernardes acatou a sugestão que já ventilava em várias partes do mundo de reservar o dia 1º de maio como Dia do Trabalho no Brasil, passando a data, desde então, a ser feriado nacional”, esclarece o professor Cláudio Fernandes.

Mas, afinal, qual a relação do DIA DO TRABALHADOR com o PROGRAMA ARCOVERDE EM MOVIMENTO? Em verdade, o Arcoverde em Movimento – uma política pública criada no início da segunda gestão do governo Madalena Britto – teve como inspiração o dia do trabalhador e o desejo do governo de oferecer ao homenageado, no seu dia, um conjunto de ações que lhe propiciasse um dia repleto de lazer através de atividades recreativas, esportivas, culturais e de entretenimento, além prestação de serviços de saúde, assistência social e cidadania, dentre outros. Atividades que já vinham sendo realizadas antes, inclusive nas administrações anteriores, porém, a partir desse momento da aprovada gestão Madalena Britto – através de um programa oficial planejado e estruturado em cima de critérios de inovação e criatividade – reunindo o conjunto de secretarias do governo, a exemplo das de Saúde (Andréia Britto), Educação e Esportes (Patrícia Padilha/Zulmira Cavalcanti), Assistência Social (Regina Manzi/Patrícia Padilha), Serviços Públicos e Meio Ambiente (Freed Gomes), Cultura e Comunicação (Teresa Padilha), Administração (Aloísio Brito) e Turismo e Eventos (Albérico Pacheco), dentre outras, sob a coordenação geral do Comitê Gestor de Eventos, à época comandando pela Secretária de Saúde Andreia Britto.

E como a primeira edição – a do Dia do Trabalhador – foi exitosa e recebeu respaldo positivo da população em geral, logo o programa foi ampliado, tornou-se temático e passou a atuar em duas frentes – uma edição mais enxuta e realizada aos domingos (pelo menos um domingo por mês) com atividades esportiva, recreativas e de prestação de serviços, e outra edição mais abrangente, de caráter temática, incluindo atividades culturais e de entretenimento, realizada em datas festivas e oficiais como dia internacional da Mulher, dia das Mães, da Independência, da Criança, Proclamação da República e outras.

O ARCOVERDE EM MOVIMENTO, portanto, que iniciou sua trajetória como um evento público concebido para homenagear o DIA DO TRABALHADOR, ao longo do tempo se consolidou como um importante atrativo turístico da cidade, atendendo não apenas o público local mas, inclusive, demandando visitação de pessoas das cidades da nossa, desculpem a modéstia, “região metropolitana” e alhures.

O CURSO – Como previsto e anunciado aqui na coluna, nas edições 06 de 03 de abril e 09 de 24 de abril, o curso de ROTEIROS PARA O TURISMO RELIGIOSO NO NORDESTE (Fé, Tradição e Turismo), promovido pela FUNDAJ (Fundação Joaquim Nabuco), foi um sucesso de conteúdo, participação e interação, contribuindo de forma positiva para esclarecer e abrir novos horizontes sobre um dos mais importantes e emblemáticos segmentos do turismo – o TURISMO RELIGIOSO.

Dividido em módulos, o curso foi oficialmente aberto na manhã do dia 26/04 (segunda-feira) pelo Presidente da Fundaj – Antônio Ricardo Accioly Campos. Na sequência a Professora de Turismo, Andrea Berenguer, que foi responsável pela coordenação do curso, ministrou a palestra do primeiro dia, sendo sequenciada pelas palestras da Antropóloga e Professora Ciema Mello (terça-feira – 27/04), pelo Historiador e Antropólogo Mário Hélio (quarta-feira – 28/04), pelo Jornalista e Arqueólogo Múcio Aguiar (quinta-feira – 29/04) e, finalmente, pela Professora e especialista em Turismo Olga Fernandes (sexta-feira – 30/04).

Pra mim, enquanto profissional da área de turismo, foi uma honra poder interagir e aprender com professores do mais alto nível de conhecimento e comprovada expertise e, também, com os alunos, a maioria velhos conhecidos da militância do turismo. E pra marcar minha participação e atender as exigência para comprovação da efetiva participação no curso, tive a oportunidade de elaborar um “protótipo” de um roteiro de turismo religioso, com base no potencial turístico existente na nossa cidade. Com o título “FÉ, COM ARTE E EMOÇÃO – TURISMO RELIGIOSO NA CAPITAL DO SÃO JOÃO” propus um roteiro incluindo o Santuário da Divina Misericórdia e a Comunidade Vida dos Servos de Deus da Fundação Terra (parte religiosa), oferecendo ainda atrativos agregadores como visitas aos equipamentos históricos como a Estação Ferroviária de 1912 e o Cinema Rio Branco de 1917, passando por visitação à Casa do Artesão e ao Centro de Gastronomia e Artesanato e, como a cereja do bolo, uma performance do samba de coco genuíno de Arcoverde (parte de arte e cultura que, no contexto do turismo religioso, pode considerada a parte profana).

Diante do fato, gostaria de parabenizar à Fundaj nas pessoas do seu presidente Antônio Campos; da coordenadora do curso, Professora de Turismo Andrea Berenguer, e ao responsável pela produção, Pedro Coelho, Coordenador de Conteúdos e Publicações da Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ).

A OFICINA – E a semana não poderia deixar de ser mais movimentada, pois, na quinta-feira (29/04), no período da tarde, participei da “oficina de noções básicas sobre edição de vídeos para redes sociais”, promoção do Programa Bora Pernambucar (SETUR-PE e EMPETUR), realizada de forma remota através do Google Meet. Ministrada pelos especialistas Mike Wendell e Dalvy Pedro, da equipe de Bernardo Mendes, Diretor de Comunicação da EMPETUR (Empresa de Turismo de Pernambuco), a oficina traçou um panorama global da evolução dos vídeos nas redes sócias nos últimos dez anos, nas plataformas como facebook, instagram, twitter, whatsapp e outras, mostrando números, nichos e identidades. Uma oficina voltada para aqueles que estão iniciando no processo de elaboração de vídeos e, também, para aprimorar os conhecimentos de quem já desenvolve e tem experiência no nicho.
Para Graça Novaes, Coordenadora do Programa Bora Pernambucar, “essas oficinas virtuais estão sendo realizadas objetivando facilitar, cada vez mais, a ligação dos municípios e equipamentos turísticas com seus potenciais visitantes, principalmente, porque as redes sociais têm sido fundamentais para divulgação do turismo em época de pandemia”.
Para saber mais sobre esta e outras oficinas, cursos e casos de sucesso, acesse as redes sociais do Bora Pernambucar (https://www.meudestinobrasil.com.br/pernambuco).

MAIS …

FECHANDO –A competente jornalista Mirella Martins, no seu Blog Social 1, que também é publicado no Jornal do Comércio, esclarece a situação de penúria financeira da Sociedade Teatral de Fazenda Nova, fato que, inclusive, pode levar ao fechamento do teatro de Fazenda Nova (localizado no município pernambucano de Brejo da Madre de Deus). Recentemente o Governo Federal, através do Ministério do Turismo, comandado pelo pernambucano Gilson Machado Neto, prometeu ajudar a entidade, porém, até o momento, a prometida ajuda não chegou e a situação tornou-se extremamente crítica e, provavelmente, insustentável.

Sem realizar espetáculos há dois anos (2020 e 2021), a Sociedade Teatral de Fazenda Nova, presidida por Robson Pacheco, possui o equipamento considerado o “maior teatro ao ar livre do mundo”, sendo um consagrado destino turístico no período da semana santa, já tendo seu espetáculo – a Paixão de Cristo de Nova Jerusalém – sido assistido por mais de 4 milhões de pessoas. Em nota divulgada em janeiro, o STFN divulgou que os espetáculos só deverão retornar, se o teatro não fechar por falta de apoio financeiro, em 2022.

ABRINDO – Enquanto a covid-19, o mal do século, continua grassando por aqui de forma mais letal possível, inclusive ultrapassando a triste marca de 400 mil mortes, nos Estado Unidos – que apostou na ciência e já vacinou mais de 30% de sua população – a situação, ao que parece, começa a voltar ao normal. Um dos exemplos dessa volta à normalidade é a boa notícia divulgada no site Panrotas (maior revista especializada em turismo no Brasil) informando que o setor hoteleiro da cidade de Nova York acaba de ultrapassar os 100 mil quartos em todas suas cinco regiões, com novas propriedades programadas para abrir e favoritos estabelecidos voltando à atividade para receber viajantes de negócios e lazer em seus quartos e comodidades. Segundo a revista, “devido à pandemia, o número de quartos abertos tem mudado constantemente em resposta às oportunidades e necessidades em toda a cidade. Nos meses de primavera e verão de 2021, a maioria das propriedades deve voltar a funcionar, juntamente com uma série de novas propriedades”.

Entre os hotéis que irão abrir em Nova York agora em 2021, a Panrotas destaca uma unidade do Pestana, aberto em parceria com o astro do futebol mundial Cristiano Ronaldo. Outros destaques são unidades das redes Margaritaville, Casa Cipriani, Six Senses, Hard Rock Hotel e a volta do Waldorf Astoria, além de novas marcas, inclusive as econômicas, para atender todos os tempos de viajantes. A previsão é que 81 (oitenta e um) equipamentos sejam inaugurados e/ou reabram após fecharem devido aos efeitos da pandemia na área central e na região da grande Nova York. Para conferir o nome, a quantidade de quartos e a data de abertura e/ou reabertura de cada equipamento, acesse o site www.panrotas.com.br.

REQUALIFICANDO – O amigo e devotado filho da cidade de Bezerros, Serginho Brayner – artista, produtor cultural e profissional de turismo dos bons –, comemora em suas redes sociais – e nós compartilhamos de sua alegria – o início dos trabalhos de requalificação da estrutura física da unidade de Bezerros do Centro de Artesanato de Pernambuco. Segundo ele, as obras que há muito tempo eram aguardadas pelos artistas, profissionais e trade de turismo da região agreste, será importante para revitalização e retomada do crescimento turístico da região.

O CAPE Bezerros tem 18 anos de história e conserva a sua curadoria e acervos originais de peças de artesanato de todo o Estado, do litoral ao sertão, com representações artísticas dos mais importantes polos produtores de artesanato. O equipamento fica no km 107, às margens da BR 232, sendo composto de loja, museu, auditório para 200 pessoas e amplo estacionamento, totalizando 1,6 mil metros quadrados de área construída. No espaço o visitantes encontra mais de cinco mil peças artesanais à venda, todas elas produzidas por artesãos pernambucanos. O Centro foi planejado pela AD Diper – Agência de Desenvolvimento de Pernambuco.
Parabéns Serginho, parabéns Bezerros e região!

 

SAINDO DO FORNO…

FRANCO-BRASILEIRO – O portal Divulga Recife (www.divulgarecife.com), divulga matéria informando que numa articulação interinstitucional, Brasil e França se unem para diagnosticar e traçar alternativas para o setor de Turismo no período pós-pandemia. A Embaixada da França no Brasil, o Consulado da França em Recife, as Alianças Francesas de Salvador, Recife e Fortaleza promovem, entre os dias 5 e 7 de maio, um seminário virtual intitulado Turismo Sustentável, os Encontros Franco-brasileiros: uma das respostas à crise provocada pelo COVID-19. O objetivo do evento é discutir soluções para a retomada das atividades do trade turístico regional, nacional e internacional, estimulando uma necessária dinâmica de troca de experiências. As inscrições são gratuitas e já podem ser feitas pelo site projetoturismosustentavel.com.br .

A programação foi definida com base nos resultados de uma pesquisa que traçou um panorama do segmento, na perspectiva de representantes de organizações dos setores do Turismo e da Cultura nos estados da Bahia, Ceará e Pernambuco. “Com a pesquisa foi possível ter uma melhor visibilidade da situação e da expectativa dos atores do setor. Juntar profissionais dos dois países permitirá consolidar os laços e pensar no desenvolvimento de projetos estruturantes entre França e Brasil para o Nordeste”, destaca Amina Mazouza, diretora executiva da Aliança Francesa de Recife. “Esses três dias de mobilização ajudarão a analisar e superar os desafios atuais e co-construir soluções para a crise mundial que enfrentamos”, antecipa Mamadou Gaye, diretor da Aliança Francesa da Bahia.

Com a participação de representantes de organizações dos setores do Turismo e da Cultura do Brasil e França, o ciclo de palestras virtuais abordará temas como: “Para um turismo mais respeitoso ao meio ambiente e às populações locais”, “Como o turismo pode valorizar a cultura nas dimensões simbólicas e financeiras”, “Preparar os profissionais para as novas evoluções do setor do turismo – Formação contínua e inicial”, além de cases do segmento nos dois países. Em sintonia com o atual cenário, a série de encontros será realizada em formato webinar, na plataforma Zoom Meeting.

O que dizem os especialistas?

“Turismo criativo é muito mais que uma viagem. É uma plataforma de transformação social, revelando a riqueza cultural do lugar, integrando iniciativas e espalhando desenvolvimento de forma sustentável” (Por Larissa Almeida, professora de turismo, pesquisadora, escritora e expert em turismo criativo).

Sobre o autor da coluna:
– ALBÉRICO PACHECO DE ALBUQUERQUE é formado em Administração de Empresas e pós-graduado em Planejamento Estratégico do Turismo. Trabalhou no Cinema Bandeirante (o saudoso Gigante da Praça da Bandeira) de 1975 a 1977; no Banco do Estado de Pernambuco (BANDEPE) entre 1977 e 1996 e na Prefeitura de Arcoverde entre 1997 e 2020, onde ocupou os cargos de Secretário de Finanças, de Finanças e Administração, de Desenvolvimento Econômico e Turismo, de Diretor de Turismo e Eventos e de Secretário de Turismo e Eventos, durante as gestões Rosa Barros, Zeca Cavalcanti e Madalena Britto.

 

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