Turismo
Coluna JPS Turismo & Eventos
Edição 09 – Sábado, 24 de abril de 2021.
ARCOVERDE E O FUTURO DO SAMBA DE COCO!
Nos dias atuais, três grupos de Samba de Coco de Arcoverde se destacam mundo afora: o Samba de Coco Raízes de Arcoverde (fundado em 1998 por Lula Calixto, no Alto do Cruzeiro, que a princípio reunia as famílias Calixto Montenegro e Gomes em torno de um grupo que ganhou fama, protagonismo e que há 23 anos faz sucesso no Brasil e até no exterior), o Coco Trupé de Arcoverde (nasceu de uma “costela” do raízes, quando o Mestre Cícero Gomes, em 2009, resolveu criar seu próprio grupo) e o Coco das Irmãs Lopes, o mais emblemático, pois se insere no contexto de uma tradição de mais de 100 anos, com a chegada à Arcoverde, em 1916, dos precursores da família Lopes, marco do início da história do samba de coco genuíno de Arcoverde, que tem no “trupé” o seu diferencial, sua marca. Uma tradição que passou pelo lendário Ivo Lopes (Ivo do Coco, como era conhecido, e que tem até um museu em sua homenagem, na sede do coco das Irmãs Lopes, na Cohab I) e que atualmente é liderado pela Mestra Severina Lopes, matriarca da família. E essa tradição centenária, foi homenageada com o tema do São João de 2016, intitulado de “SAMBA DE COCO COM ARTE E TRADIÇÃO, COMEMORA 100 ANOS NA CAPITAL DO SÃO JOÃO”. Uma ano em que a cidade realizou uma das melhores, mais animadas e criativas festas juninas de sua história.
Arcoverde, todavia, tem muito mais. Tem aqueles grupos que não são tão conhecidos mas também contribuem para a fama da cidade como “CAPITAL DO SAMBA DE COCO”, título que lhe foi concedido, de pleno direito e total justiça, em 07 de julho de 2011, através da Lei Estadual nº 14.435. Durante todos esses anos de história e tradição, além dos grupos tradicionais e reconhecidos alhures, Arcoverde viu nascer grupos como o “Quebra Coco Aliança”, em 2004, através de Marcelo Cavalcanti (que vai aparecer mais pra frente nesta narrativa) e seus companheiros; o Coco Raízes Negras em 2005 (que deixou de existir após a morte do seu líder, o saudoso Mestre Rafael), o Samba de Coco da Malhada (projeto da Fundação Terra, criado por Marcelo Cavalcanti e Ednelton Barros), Coco Pisada Segura em 2015 e, mais recentemente, em 2016, o Samba de Coco Fulô do Barro, este que vamos nos deter mais, objetivando mostrar que, a partir daí, o nosso samba de coco começa a mostrar traços de uma renovação e de uma atualização que se faz necessária para a sobrevivência e vida longa do nosso principal e mais importante atrativo de turismo cultural.
Dentro desse contexto de renovação que abordaremos pelo menos uma vez por mês nesta coluna – onde vamos analisar o processo de sucessão das lideranças nos grupos tradicionais e da possível introdução de novos ritmos e de novos conceitos propostos pelos novos grupos que vêm e vão surgindo ao longo do tempo – na de hoje vamos destacar o grupo COCO FULÔ DE BARRO, criação do Mestre em processo de consagração – Marcelo Cavalcanti. O grupo foi criado em 28 de julho de 2016 em homenagem, segundo seu criador, ao Dia do Agricultor. “Foi fundado para trilhar novos caminhos, ampliar e fortalecer a história do samba de coco. O mesmo traz o nome de fulô em homenagem as energias da natureza força e essências e os cânticos dos povos que habitam e habitaram a região. O barro é para simbolizar a busca pelo domínio da qual o homem cria laços de sobrevivência e domínio da matéria-prima em grupos e fortalecimento da raça nas festividades comemorativas de domínio do barro”, esclarece Marcelo. Porém, antes de partir para esse novo projeto, Marcelo atuou na criação do Quebra Coco Aliança (recebeu esse nome devido a uma composição musical dele), participou decisivamente no projeto de criação do grupo de Coco da Malhada, da Fundação Terra, e, entre 2010 e 2014, também fez parte do elenco do tradicionalíssimo Samba de Coco das Irmãs Lopes.
Me lembro bem de Marcelo, lá pelos idos de 2005 (à época eu atuava como Diretor de Turismo e Eventos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, então comandada por Marco Antônio Pedrosa, de saudosa memória), era início da primeira gestão de Zeca Cavalcanti e ele, jovem franzino de apenas 21 anos, me solicitava uma “audiência” para falar dos projetos para o Quebra Coco Aliança e dos seus sonhos e “ambições” com o futuro da arte do samba de coco. Me lembro que conversamos por várias horas e confesso que aprendi muito com ele. Um jovem com muitos sonhos, muitas esperanças e, pelo visto, com muitas certezas.
Nascido e criado numa comunidade muito carente do bairro de São Cristóvão (principal bairro de Arcoverde e que detém aproximadamente 30% da população da cidade), JOSÉ MARCELO CAVALCANTI DA SILVA cresceu, como ele mesmo afirma, ao lado dos pais, tios e avós, ouvindo e aprendendo sobre coco de embolada e forró tradicional. Se orgulha de ter sido vizinho do Mestre Antônio Moura que, segundo nos ensina, “colocou o ganzá no samba de coco”, e que vinha a ser compadre do Mestre Ivo Lopes. Atualmente, no comando do seu grupo de coco, o Fulô de Barro, Marcelo se declara um artista brasileiro, cantor, compositor, percussionista, arte educador e produtor cultural, encontrando tempo para, na medida do possível, também exercer a profissão de Professor de Educação Física. Também se orgulha de ser pai dedicado dos jovens Marcelo Urielton e Urielly, frutos do casamento com Reyka Daniela, que ele considera musa inspiradora do seu trabalho e leal companheira que o ajuda e o apoia na organização dos projetos artísticos e culturais.
Prestes a completar 37 anos e há 05 anos à frente do Coco Fulô do Barro, Marcelo se prepara para lançar em breve, em plataformas digitais, o primeiro CD do grupo intitulado de “Pré-Urbano” que, segundo ele, será totalmente autoral, “trazendo os costumes do cotidiano da comunidade” em que vive com família e convive com vizinhos e amigos – muitos deles seus alunos e integrantes do seu grupo de samba de coco. “Quero deixar frisado também que sou o primeiro Mestre a colocar os tamancos na dança de roda. Somos o primeiro grupo a fazer os passos, para os quais já coloquei os nomes – o ‘cravado partilhado e ataque de folguedos’. Fui crescendo de forma espontânea nas características que carrego, no jeito novo da nossa dança e acabei percebendo que o povo gosta e aprova porque é simples e prazeroso”, conclui o Mestre Marcelo Cavalcanti.
Voltaremos ao tema!
CONFIRMADO – Pedro Coelho (pedro.coelho@fundaj.gov.br) – da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira e Coordenador de Conteúdos e Publicações da FUNDAJ (Fundação Joaquim Nabuco) – envia e-mail à coluna confirmando a realização do curso “Roteiros para o Turismo Religioso no Nordeste do Brasil” (Fé, Tradição e Turismo), nos dias 26, 27, 28, 29 e 30 de abril (de segunda a sexta-feira da próxima semana), entre 10 e 12h, de forma remota, através do Google Meet (meet.google.com/sem-erxg-qet). Todavia, para participar, a pessoa teria que ter realizado à inscrição até a sexta-feira dia 23 (ontem), conforme anunciamos aqui na edição nº 06 da coluna, publicada em 03 de abril no Jornal Portal do Sertão.
O curso será ministrado através de módulos, pelos Professores André Berenguer (mestre em Direito, bacharel em Turismo e professora do curso de Turismo do IFPE há 23 anos); Ciema Melo (antropóloga do Museu do Homem do Nordeste, doutora e mestre em Antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco e graduada em Comunicação Social pela Faculdade de Comunicação Hélio Alonso); Mário Hélio (diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundaj, doutor em Antropologia, mestre em História e bacharel em Comunicação Social); Marcio Aguiar (doutorando em Arqueologia, pela Universidade de Coimbra, mestre em Ciências da Religião, teólogo, jornalista e presidente da Associação da Imprensa de Pernambuco e Olga Santos (monitora da Coordenação de Ações Educativas do Museu do Homem do Nordeste, especialista em Produção e Gerenciamento de Eventos e graduada em Turismo). Os participantes terão direito à Declaração de Participação, desde que comprovem frequência de, pelo menos, 75% do curso.
A FUNDAJ (Fundação Joaquim Nabuco) é uma tradicional instituição pública com sede em Recife-PE (Av. Dezessete de Agosto, 2187 – Casa Forte), vinculada ao MEC (Ministério da Educação). Para maiores informações acesse o site: www.fundaj.gov.br.
TURISMO INTELIGENTE – Informações vindas do Ministério do Turismo (MTur), informa que, de forma inédita no Brasil, será adotada política pública destinada à promoção de “Destinos Turísticos Inteligentes (DTI)”. O anuncio veio através de uma videoconferência realizada nesta quinta-feira (22.04), entre o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, e representantes das primeiras nove cidades – de um total de 10 – que irão fazer parte do projeto-piloto a ser conduzido pela Pasta. Ao todo, serão duas capitais representando cada uma das cinco regiões do Brasil: Rio Branco/AC e Palmas/TO (Norte); RECIFE/PE e Salvador/BA (Nordeste); Campo Grande/MS e Brasília/DF (Centro-Oeste); Florianópolis/SC e Curitiba/PR (Sul); e Rio de Janeiro/RJ (Sudeste).
“Vamos agora, usando a tecnologia, mudar a realidade do turismo para o turista internacional que chega no Brasil e, também, para os brasileiros. Com a pandemia, cerca de 11 milhões de brasileiros que viajavam para o exterior agora estão conhecendo o próprio país. Temos o desafio de fidelizá-los para que cada vez mais o brasileiro se orgulhe do seu país e viaje dentro dele porque temos um país maravilhoso”, destacou o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto.
DESTINOS TURÍSTICOS INTELIGENTES – Em janeiro deste ano, o Ministério do Turismo firmou parceria com o instituto argentino Ciudades Del Futuro (ICF) e com a Sociedade Mercantil Estatal para a Gestão da Inovação e as Tecnologias Turísticas (SEGITTUR), da Espanha, instituições pioneiras no segmento. O objetivo é promover e estimular o desenvolvimento de Destinos Turísticos Inteligentes no Brasil, transformando cidades turísticas em destinos que possibilitem experiências inovadoras e únicas aos visitantes.
A partir do projeto-piloto, que contará com 10 cidades (a 10ª será anunciada em breve), será possível analisar os procedimentos atuais e implementar estratégias, considerando as especificidades regionais. (Com informações do site: www.gov.br/turismo)
CASO DE SUCESSO – “Casa de Taipa: inovando e preservando nossas raízes”, será a história a ser contada na próxima terça-feira dia 27, às 16h, do RANCHO LUA CHEIA, equipamento de turismo ecológico e rural, localizado no município de Bonito-PE. A apresentação, dentro do contexto da programação de CASOS DE SUCESSO, faz parte do elenco de atrações do Programa Bora Pernambucar da Secretaria de Turismo e Lazer do Estado e da EMPETUR (Empresa de Turismo de Pernambuco).
Segundo o anúncio, nas redes sociais do programa bora pernambucar, o equipamento surgiu em plena pandemia, inicialmente como acampamento, integrando os sitiantes vizinhos que, atualmente, oferecem alguns serviços aos visitantes e hóspedes. E a ideia de ampliar o tipo de hospedagem, fez surgir uma casa construída com a ajuda de hóspedes e dos que vivem ao redor do Rancho Lua Cheia. “Todo esse contato com o ambiente natural e toda essa energia de troca e de compartilhamento foram os responsáveis pelo sucesso do empreendimento em 2021” afirma Graça
Novaes, Assessora da Secretaria Estadual de Turismo e Lazer e Coordenadora do Programa Bora Pernambuco.
Os interessados em conhecer mais esse CASO DE SUCESSO, podem fazer a inscrição através do link: https://forms.gle/KajcYiSgzsDwvi8A6 e o acesso, no dia da apresentação, será pelo Google Meet, cujo link será enviado logo após a inscrição. Bora?
MAIS …
VOANDO ALTO – Na terça-feira dia 20, em suas redes sociais, o Prefeito do Recife – o jovem e competente João Campos – comemorou o fato do Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freyre (localizado no bairro da Imbiribeira, Recife-PE) ter subido três posições no ranking da Anac, assumindo a posição de melhor aeroporto do Nordeste e, inclusive, ficando acima de outros aeroportos importantes como os do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Pará. “Na última sexta-feira (16/04) visitei o aeroporto para ver de perto as melhorias que a @aena.es está fazendo e que vão viabilizar nosso plano de expandir as conexões com o Recife”, assinalou o Prefeito.
Conforme publicação do site Aeroin.net, especializado em turismo e aviação, com base em informações da Aena Brasil (empresa originalmente espanhola e que administra o Aeroporto Internacional do Recife – Guararapes/Gilberto Freyre), o aeroporto da capital pernambucana agora é o 5º maior em número de embarques e desembarques nos pais, de acordo com o ranking da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), fechando o primeiro trimestre de 2021 com 6,09% da movimentação aérea brasileira e subindo três posições em comparação com o mesmo período de 2020.
Ainda segundo o site especializado, de janeiro a março deste ano, 1,7 milhão de passageiros passaram pelo aeroporto da capital pernambucana. No indicador Pousos e Decolagens, o equipamento também está em 5ª colocação, registrando 15,6 mil operações nos três primeiros meses de 2021. Já no quesito cargas, o Aeroporto do Recife, que tem sido importante centro logístico de recebimento e envio de insumos para o combate à pandemia, está em 4º lugar, com registro de 15 mil toneladas no período citado.
Por fim, a matéria destaca que que desde o ano passado, tão logo anunciada a pandemia, o terminal passou a adotar rigorosos protocolos de segurança contra a disseminação do coronavírus. No fim de 2020, o equipamento recebeu os Selos Turismo Seguro, idealizados pelo Governo Federal, Governo do Estado de Pernambuco, e Safe Travel, da World Travel & Tourism Council (WTTC), em reconhecimento às medidas adotadas. (Com informações de Murilo Basseto do Site Aeroin.net)
VOANDO BAIXO – Outro destaque das redes nesta semana vem do amigo, pesquisador e especialista em turismo criativo – Professor Sérgio Xavier. Com base em dados dos sites: https://www.dailymail.co.uk/ e https://www.foxnews.c.gom/, Sérgio esclarece que desde o domingo dia 18 de abril a máscara facial não é mais de uso obrigatório em espaços públicos abertos em Israel (Estado Judeu localizado no Oriente Médio, ao longo da costa leste do mar Mediterrâneo, fazendo fronteira com Líbano, Síria, Jordânia e Egito), devendo ser usada apenas em transportes públicos e em estabelecimentos fechados. Com isso, aos poucos, as atividades turística, os shows e eventos culturais também estão sendo retomados. “Por lá, aproximadamente 53% da população receberam as duas doses da vacina, o que corresponde a pelo menos 80% da população acima de 20 anos”, acrescenta Sérgio em seu post.
Portanto, ainda segundo Sérgio em sua publicação, “o Brasil deve focar os esforços em duas frentes: A primeira frente é de nossa responsabilidade, isto é, devemos ter como um mantra ‘os protocolos de segurança’: Máscara, distanciamento etc. A segunda frente cabe aos nossos gestores públicos: É deles a responsabilidade da compra e vacinação da população”. Afinal, pergunta ele no início da publicação, “sabe quando voltaremos ao ‘normal’ no turismo e nos eventos?” Ele mesmo responde: “olhando o exemplo de Israel e projetando nosso futuro”.
Tive a satisfação de conhecer Sérgio Xavier e me tornar seu amigo já durante a minha gestão do turismo de Arcoverde no Governo Madalena Britto (2013-2020), ficando muito marcada em minha memória uma excelente palestra proferida por ele, sobre a gestão do turismo criativo na Prefeitura do Recife, durante a reunião de posse do colega Josenildo Santos (Secretário de Turismo e Cultura da Prefeitura de Agrestina-PE) na presidência da ASTUR-PE (Associação das Secretarias de Turismo de Pernambuco), lá pelos idos de 2016, na Pousada Lar de Glória na cidade de Cupira-PE. Sergio, portanto, é um competente professor e excelente profissional da área de turismo, com expertise em turismo criativo, servindo com destacada performance durante as gestões da Secretaria de Turismo da Prefeitura do Recife (antes Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer e atual Secretaria de Turismo e Lazer) nas exitosas gestões de Felipe Carreras, Camilo Simões (em memória) e Ana Paula Vilaça.
Em tempo, antes que alguém estranhe o título desta matéria, eis o que nos esclarece a respeito do termo “VOANDO BAIXO” o Dicionário Criativo: “ter bom desempenho, ser bem sucedido em algo”.
PRA VOCÊ – O talentoso forrozeiro e poeta pedrense VALDINHO PAES nos envia convite para o lançamento do seu novo show, em formato de live – respeitando as normas e protocolos científicos de preservação da vida diante da pandemia, onde os shows ao vivo ainda não são permitidos -, denominado de “MEU CANTAR É PRA VOCÊ” e previsto para acontecer no próximo dia 28 deste mês de abril (quarta-feira), através do seu canal no YouTube: https://youtube.com/c/ValdinhoPaes.
No texto do convite, Valdinho pede para que os fãs e amigos ajudem na divulgação do show, compartilhando o anuncio em suas redes sociais e, se possível, marcando os amigos. E, no final, conclama a todos a se inscreverem no seu canal do YouTube. Vamos, pois, dar essa força a esse valoroso e competente artista regional (quiçá nacional num futuro próximo) que nunca esquece suas raízes, a partir das músicas que compõe e interpreta com talento e maestria. O show virtual de Valdinho Paes tem o apoio do Governo Federal através da Lei Aldir Blanc, do Governo do Estado através da SECULT-FUNDARPE e do SESC. À todos nós, bom show!
SAINDO DO FORNO…
VIVA SIVUCA – A Lei Federal nº 14.140, de 19 de abril de 2021, que institui o DIA NACIONAL DO SANFONEIRO, foi sancionada nesta sexta-feira dia 26 pelo Presidente da República e, a partir de agora, estabelece a data de 26 DE MAIO para a comemoração anual da efeméride. E 26 de maio é exatamente a data de nascimento do músico Severino Dias de Oliveira, o lendário sanfoneiro SIVUCA, que faleceu, aos 76 anos, no dia 14 de dezembro de 2006.
Severino Dias de Oliveira nasceu em Itabaiana, na Paraíba, e levou a cultura nordestina para o mundo. Como compositor, arranjador, instrumentista, o mestre da sanfona participou de mais de 200 discos de gêneros musicais diferentes como bossa nova, forró, choro, baião, maracatu, frevo, entre outros. A socióloga Flávia Barreto, filha de Sivuca, escreveu um livro biográfico do pai, Magnífico Sivuca: Maestro da Sanfona, no qual detalha a infância, a carreira do músico no Brasil e no exterior, as parcerias musicais. “Sivuca é música, sempre foi música, em casa, fora de casa. Sivuca estava sempre tocando, ouvindo. Ele sempre foi música, desde criança”, disse Flavia em entrevista recente à Rádio Nacional de Brasília. (Com informações do portal agenciabrasil.ebc.com.br.)
E com essa notícia quentinha, saída do forno, a coluna saúda e homenageia os grandes mestres sanfoneiros de Arcoverde que, a partir de agora e sempre no dia 26 de maio, também terão seu dia pra comemorar – o DIA NACIONAL DO SANFONEIRO. Viva os mestres Zezinho do Acordeom, Valdeci Vicente, Zé do Peba, Cícero do Acordem, Inácio Pé de Greia, Zé Coco, Fernando Mamede, Giovane do Acordeom, Paulinho do Forró, Zezito Santos e tantos outros, em memória do grande mestre que, a exemplo de Sivuca, atualmente toca sanfona no céu – o saudoso sanfoneiro Gildo Moreno!
O que dizem os especialistas?
“O Brasil deve focar os esforços em duas frentes: a primeira frente é de nossa responsabilidade, isto é, devemos ter como um mantra ‘os protocolos de segurança’: máscara, distanciamento etc. A segunda frente cabe aos nossos gestores públicos: é deles a responsabilidade da compra e vacinação da população”. (Por Sérgio Xavier, turismólogo, professor e pesquisador de turismo, em publicação sobre a atividade turística em época de pandemia).
Sobre o autor da coluna:
– ALBÉRICO PACHECO DE ALBUQUERQUE é formado em Administração de Empresas e pós-graduado em Planejamento Estratégico do Turismo. Trabalhou no Cinema Bandeirante (o saudoso Gigante da Praça da Bandeira) de 1975 a 1977; no Banco do Estado de Pernambuco (BANDEPE) entre 1977 e 1996 e na Prefeitura de Arcoverde entre 1997 e 2020, onde ocupou os cargos de Secretário de Finanças, de Finanças e Administração, de Desenvolvimento Econômico e Turismo, de Diretor de Turismo e Eventos e de Secretário de Turismo e Eventos, durante as gestões Rosa Barros, Zeca Cavalcanti e Madalena Britto.