Cultura
Vertin estreia na direção com curta-metragem experimental que será lançado no Cine Arcoverde
Filme “Histórias que se cruzam” tem exibição virtual marcada para o dia 27 de março
Imerso no mundo da arte, Vertin Moura é um múltiplo artista em ascensão na carreira, iniciada em 2004. No próximo sábado (27), ele estreia como diretor em seu primeiro filme, o curta-metragem “Histórias que se cruzam”. A obra experimental será lançada virtualmente no 2º Cine Arcoverde (Mostra de Cinema Independente do Sertão pernambucano), a partir das 10h, com exibição gratuita. Além da direção, é ator, roteirista e produtor.
Natural de Juazeiro, Sertão baiano, Vertin (30 anos) mistura documentário e ficção no trabalho cinematográfico, que tem a atriz Camilla Rios como protagonista, além de uma trilha sonora composta por músicas de artistas pernambucanos.
“Considero esse curta-metragem como experimental justamente pelo misto de cenas documentais com ficção. A obra foi feita de maneira totalmente independente, mas digo também que todo esse trabalho é dependente dos amigos e amigas que estão nesse mundo da arte”, define.
Em “Histórias que se cruzam”, que se passa no centro de São Paulo, um casal de jovens artistas forasteiros – personagens são Vertin e Camilla Rios – tenta superar seus dramas pessoais e encontrar sentidos para um mundo irremediavelmente belo e aterrador.
“O filme é um diálogo entre o problema privado, do indivíduo, e o público, do coletivo. O casal de jovens é forasteiro porque ambos são nordestinos que estão em São Paulo tentando desenvolver suas carreiras artísticas”, explica Vertin.
Os traços, as cores, os ritmos e os
sons da Capital paulista, bem como suas múltiplas vozes, enredam sujeitos e objetos, ao mesmo tempo em que são a cura e o alimento.
“O casal de jovens está em crise no relacionamento, quando no meio disso eles enxergam o problema público, que é coletivo. A gente se questiona sobre o que é a crise principal… Se é a privada, do amor do indivíduo, ou a pública, um problema social da injustiça, da desigualdade, do racismo, da mulher, da fome e dos gêneros”, destaca o diretor.
No ano passado, Vertin foi protagonista do longa aclamado pela crítica especializada “Sertânia”, dirigido pelo baiano Geraldo Sarno, sendo também premiado na categoria de “melhor ator” no Festival Guarnicê de Cinema 2020, pela interpretação do personagem Antão/Gavião.
Em 2015, fez a sua estreia como ator no festival de Brasília compondo o elenco do filme premiado “Big Jato”, de Claudio Assis. No ano de 2018, participou da 2ª temporada da série “3%” da Netflix, interpretando o personagem Ezequiel Jovem. Em 2019, também atuou no longa “Marighella”, do diretor baiano Wagner Moura.
Protagonista
Personagem principal do curta-metragem, Camilla Rios (30 anos) é pernambucana do Recife. Radicada em São Paulo, ela já esteve em peças de teatro como a do coletivo “A Motosserra Perfumada”. Pelo grupo, está à frente do espetáculo “Res Publica 2023”.
“Minha formação vem do teatro, do tablado, dos palcos. O contato com as câmeras é mais recente, buscando entrar mais na linguagem audiovisual, que está cada vez mais presente”, pontua.
Camilla Rios começou como atriz em seu estado natal, no ano de 2011 pela Escola Sesc Piedade de Teatro. Desde sempre trabalhou com perfomance na arte. Integrou também a Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, em Brejo da Madre de Deus, no Agreste de Pernambuco.
Há dez anos em São Paulo, ela passou por diversas experiências artísticas, com vivências no Teatro Oficina, Ágora Teatro e Teatro do Incêndio. No cinema, conta com uma formação curta no Studio Fátima Toledo. Em 2018, se formou no Núcleo Experimental de Artes Cênicas do SESI-SP, além de concluir um curso de fotografia.
FICHA TÉCNICA
Direção: Vertin Moura
Roteiro: Vertin Moura
Fotografia: Lucas Carduz
Produção: Vertin Moura e Epahey Produções Culturais
Empresa produtora: TinTon Criações
Elenco: Camila Rios e Vertin Moura
Montagem: Rhaissa Bittar
Desenho de Som: Estúdio Casa do Kaos
Projeto Gráfico: Bianca Carvalho
Distribuição: Tarrafa Produtora
Trilha Sonora: Nilo Goncalves, Helton Moura, Flaira Ferro e Igor de Carvalho